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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 138

Alexander

Eu era puro caos e fúria.

Hugo conseguiu o que precisávamos, e Enzo rapidamente cedeu seus homens. Quando Giuseppe avisou que tinham a localização exata e que os haviam interceptado, por um instante... o alívio me tomou.

Minha família, em minutos, estaria em meus braços.

— Sterling.

Giuseppe veio em minha direção.

— Ele as levou pelo beco, mas Alessa foi com dois dos nossos melhores atrás deles.

— Alessa?

— Sim. Parece que ela se tornou amiga da sua irmã… e da sua mulher.

Aquilo me intrigou por um segundo. Mas não havia tempo pra questionamentos. O foco era um só: minhas garotas.

— Quantos homens foram com ela?

— Dois.

Bufei, e Jackson também.

— Brandon derruba dois até de olhos fechados — resmungou Jack.

Não podíamos perder tempo.

Avançamos. O beco estava estreito, escuro... mas à frente, vimos movimento. Corremos.

E então, eu a vi.

Evelyn.

Nossos olhos se encontraram e, por um instante, tudo parou. O mundo silenciou.

Mas ao me aproximar, o que vi fez meu coração parar.

Sangue.

Não pouco.

Uma poça.

As pernas dela, cobertas.

— Alex… — sua voz saiu num sussurro fraco.

— Nosso bebê… — ela murmurou, e o terror em seu rosto dilacerou meu peito.

Segurei suas mãos. Estavam geladas.

Pelo medo... ou pela perda.

— Salva nosso bebê… —

Foram suas últimas palavras antes de desmaiar em meus braços.

— Amor… — chamei com a voz embargada, mas ela já não me ouvia.

— Precisamos de um hospital! — A voz da Jordan me trouxe de volta à realidade.

E a relidade era brutal. Cruel.

Mas clara:

Salvar meu filho.

Agarrei Evelyn em meus braços e corri. Benjamin e Giuseppe vieram ao meu encontro.

— O que aconteceu? — Benjamin perguntou.

— Estávamos fugindo... mas um dos homens pegou Alessa. Tentamos ajudar, mas ele nos empurrou. Caímos juntas no chão… — explicou Jordan, com os olhos cheios de lágrimas, enquanto Jackson encostava o carro ao nosso lado.

— Benjamin, cuide de tudo. Ajude Enzo com Alessa. — dei a ordem firme.

Entrei no carro com Evelyn, a segurando com todo o cuidado do mundo.

Jackson e Jordan vieram conosco.

Ela chorava, se culpando.

Mas por mais que doesse vê-la assim, meu foco era um só:

Evelyn. E nosso filho.

Acariciava seu rosto. Beijava sua testa.

Sussurrava promessas de que tudo ficaria bem.

Mas toda vez que meu olhar escorregava para o sangue…

…era como se minha alma congelasse.

Chegamos ao hospital, e não me deixaram acompanhá-la.

Meu peito apertava. Cada minuto sem notícias era como se o meu coração definhasse aos poucos.

O sangue em suas pernas. Sua súplica.

“Salva nosso bebê.”

Nada disso saía da minha mente.

Ao meu lado estavam Jackson e Jordan.

Minha irmã estava tão arrasada quanto eu.

Perder meu filho doía.

Mas para minha mulher… isso a destruiria.

Evelyn não suportaria mais essa perda.

O tempo parecia se arrastar.

Horas passaram ou talvez fossem só minutos tortuosos.

Jordan mal olhava para mim, se manteve agarrada a Jackson como se fosse seu único porto.

Benjamin e Rosario chegaram pouco depois, buscando notícias.

— Alguma novidade, Alex? — perguntou Benjamin.

Só consegui balançar a cabeça.

Nem palavras eu tinha. Era como se meu corpo tivesse esquecido como falar.

Rosario tentava consolar Jordan como uma mãe faria.

E então, minha irmã levantou o rosto e nossos olhares se encontraram.

A dor nos olhos dela era a minha dor.

— Precisamos ser extremamente cuidadosos a partir de agora.

Assenti com um nó na garganta.

E quando ele abriu a porta...

Meu mundo inteiro estava ali.

Entramos um a um, e o som dos nossos passos parecia alto demais naquele quarto tão silencioso.

Evelyn estava ali.

Pálida. Frágil. Dormindo sob o efeito da medicação.

Mas ainda assim… linda.

A mulher da minha vida.

A mãe do meu filho.

Fui o primeiro a me aproximar.

Meus pés mal tocaram o chão enquanto cruzava a distância até a cama.

Ela parecia em paz…

Mas eu sabia.

Por dentro, Evelyn estava quebrada.

E se algo acontecesse com nosso bebê, ela não voltaria a ser inteira.

Sentei na beirada da cama com cuidado e segurei sua mão.

Estava mais quente agora.

Graças a Deus.

Inclinei meu corpo até que minha testa tocasse a dela.

Fechei os olhos por um instante, como se o simples contato fosse o suficiente para costurar as partes do meu coração que ela mantinha vivas.

— Nosso bebê está bem, amor… — murmurei.

Minha voz saiu baixa, rouca, carregada de um medo que eu raramente deixava escapar.

— Você conseguiu. Vocês conseguiram.

Suspirei contra sua pele.

— Mas a partir de agora, sou eu quem vai carregar o mundo por você.

Me afastei só o suficiente para encarar seu rosto adormecido.

Beijei sua testa com ternura, e deixei que as palavras saíssem como uma promessa selada com sangue:

— Eu vou proteger vocês dois com tudo o que eu sou.

Mesmo que isso signifique destruir tudo o que me tornei.

Ela não respondeu.

Mas a forma como seus dedos se moveram levemente nos meus... foi o suficiente.

Ela ouviu.

E por agora, isso bastava.

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