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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 140

Thomas

Eu nunca fui de fugir da guerra.

Mas também nunca imaginei que a mais difícil delas não seria no campo de batalha… e sim dentro do meu peito.

Quando Alexander me ligou, com seu jeito Sterling de ser, e disse:

“Ela está viva, Tom. A Sophia.”

…não lembro da última vez que minhas pernas fraquejaram daquele jeito.

Sophia.

Rachel.

Brandon.

E o pacto que juramos com sangue e que, no fim, não conseguimos manter.

Tudo veio à tona como se o passado tivesse sido desenterrado à força.

Ela… a nossa pequena.

A menina que carreguei no colo. Que jurei amar, cuidar, proteger. Que pensei ter perdido para sempre.

Estava viva.

Nossa pequena Sophia estava viva.

Talvez tenha sido a primeira vez em muitos anos que chorei. Sozinho. No escuro do meu quarto. Como um moleque.

Mas assim como veio a alegria, veio também a dor.

A dor de ter confiado cegamente na pessoa errada.

Por tanto tempo, eu quis acreditar que os erros do Brandon não o definiam.

Ele errou, sim. Todos erram. E foi nisso que me agarrei durante anos.

Até ouvir de Alexander toda a verdade.

Peguei o primeiro voo para Madri.

Quando cheguei na casa do Alex, nem tirei a mochila do ombro. Fui recebido por Amélia, com aquele sorriso acolhedor, o olhar que abraça. Um lar em forma de gente.

Ela me pôs a par dos acontecimentos:

A caixa.

A verdade revelada.

Sophia fugindo.

Brandon capturando-a outra vez.

E, por fim...

— Evelyn foi levada ao hospital, com risco de perder o bebê.

As palavras dela foram uma flecha certeira.

E o alvo era meu coração.

Amei Evelyn em silêncio por todos esses anos. Um sentimento que guardei só pra mim.

Quer dizer… quase só pra mim.

Alexander sempre enxergou tudo, até aquilo que a gente não diz. E notou isso no instante que me viu perto dela.

Mas mesmo sendo difícil, mesmo doendo, jamais ousaria interferir no que eles têm.

Alexander merece ser feliz. Evelyn merece paz.

O Thomas homem, está quebrado por isso. Mas o Thomas, amigo, irmão… está feliz por eles.

Esperei pelo retorno de todos. Não avisei que estava na cidade. Queria fazer surpresa. Principalmente à minha pequena.

Será que ela se lembraria de mim?

Nunca tive a chance de vê-la pessoalmente antes da verdade vir à tona.

Mas Evie, Jack e até Ben sempre falaram dela com tanto carinho nas nossas conversas...

Ouvi o barulho dos carros lá fora. Me levantei num pulo e fui até a porta.

E então… eu a vi.

Sophia.

Os traços de Rachel.

O olhar afiado de Alexander.

Mas com aquela presença única…

A mesma que sempre nos desmontou.

Notei, mesmo que suavizada, a marca em seu rosto. Aquela que meu melhor amigo deixou.

Me aproximei com cuidado. Não sabia se ela se lembraria de mim. Nem se me aceitaria, por saber da minha amizade com Brandon, e talvez pensar que eu compactuava com as loucuras dele.

Porque… pra fazer isso com a nossa menina… ele só podia estar louco.

— Oi, pequena… — sussurrei, tentando conter a emoção de vê-la ali, viva, bem diante de mim.

E então…

Ela veio.

Sem pensar.

E eu, sem esperar.

Sophia se jogou nos meus braços.

E eu a segurei como se carregasse o mundo inteiro.

O laço que uni eu e meus irmão de alma, foi a dor de lares destruídos.

E o que nos separou também foi a dor... de uma confiança quebrada.

Mas eu estava disposto a tudo para reconstruir essa ponte.

— Oi, Tom. — ela sussurrou, agarrada a mim.

Ficamos assim por um tempo, até Jackson Reynolds nos interromper para declarar que era namorado dela.

Namorado dela?!

Alex sabe disso?!

Trocamos algumas palavras e, claro, ainda vamos ter uma boa conversa sobre isso.

Logo conheci Rosario, a mulher que cuidou de Sophia nos anos afastada de nós.

Estava com Ben. E pelo visto, era exatamente o que ele precisava depois de tudo com Emily.

Rosario era o oposto da Emily. E isso, pra mim, já era um ponto a favor.

Se meu irmão está feliz… eu também estou.

Amélia apareceu, nos acolhendo do jeito que só ela sabe: com uma refeição feita com amor.

Os caras me atualizaram dos acontecimentos, mas muita coisa Amélia já havia me contado.

Quando todos se recolheram, Jackson e Sophia subiram juntos.

Me incomodou saber que já dividiam o mesmo quarto.

Mas engoli em seco. Ela não era mais a menininha de antes.

Ainda assim, eu não consegui dormir.

Desci até a piscina. O céu de Madri era escuro, mas as estrelas pareciam acesas só pra mim.

Precisava organizar meus pensamentos.

Benjamin foi o primeiro a aparecer, com aquele sorrisinho de canto de quem sabe que tem história acumulada pra contar.

— Não conseguiu dormir, capitão? — perguntou, entregando uma das cervejas que estava na sua mão.

— Só organizando as ideias.

— Então vamos juntos.

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