Entrar Via

Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 141

Evelyn

Desde o dia em que Brandon supostamente morreu, minha vida virou de cabeça pra baixo. Mas, preciso ser sincera: eu não mudaria absolutamente nada, nem mesmo os surtos, os sofrimentos. Porque tudo isso me moldou para o que estou vivendo hoje.

Sei que ainda tem muito pela frente, e não serão coisas fáceis. Os problemas que estão batendo à nossa porta são grandes… e mais reais do que gostaríamos. Só que agora eu tenho uma coisa comigo que sempre sonhei, mas nunca tive de verdade:

Família.

Tive meus pais, mas sempre foi só nós três. Depois, tive os Anderson.

Só que meu sonho sempre foi uma grande família. Almoços de domingo com muita comida, implicâncias entre irmãos, o tio das piadas ruins, a prima que não sabe o que quer da vida, o namorado nervoso no primeiro encontro em meio à bagunça… Risos, brincadeiras, cumplicidade. E o mais importante:

Amor.

E eu sei que é exatamente isso que o Alex também quer. Pra nós, pro nosso filho. E sei que foi por esse motivo que ele chamou Thomas, que o convenceu a pedir dispensa do Exército e fazer parte da sua equipe.

Porque, no fundo, meu noivo quer de volta a sua família.

— Espero não estar atrapalhando — a voz da doutora Aline me tirou do transe. Eu tinha me perdido nos pensamentos, especialmente depois de perceber o interesse velado de Thomas por ela.

— Claro que não, doutora — respondi com um sorriso. — Estou aguardando a enfermeira com os papéis da minha alta.

— Fico feliz em saber que está melhor. Minha mãe já conversou com o doutor Andrade… Ela me disse que vai te fazer uma visita na segunda.

Aline falava, mas seu olhar não estava preso em mim, e sim nele. Thomas.

— Sua mãe é uma querida. Agora entendo de onde você puxou isso.

Ambas sorrimos. Os outros observaram nossa interação, mas ninguém comentou nada. Ouvimos batidas na porta e, em seguida, a entrada da enfermeira, anunciando minha alta. Alex assinou os papéis, me ajudou a sentar na cadeira de rodas, e saímos todos juntos.

Assim que chegamos à porta do hospital e eu tentei me levantar da cadeira, Alexander me impediu.

— Vou buscar o carro com o Thomas. Fique sentada até voltarmos.

— Acha uma boa deixá-las sozinhas? — Thomas questionou.

— Tem razão. Não tinha pensado nisso.

— Fique aqui, eu busco — disse Tom. Alex assentiu, e Jordan seguiu com ele. Era estranho vê-la tão próxima dele assim, considerando que acabaram de se conhecer. Mas, pensando bem, eles já se conheciam. Isso aqui era apenas um reencontro.

Percebi o desconforto de Aline em relação ao Thomas e, claro, não resisti:

— Vocês já se conheciam?

— Ãh… Não entendi? — ela retrucou, confusa.

— Você e o Tom. Já se conheciam?

Notei que ela ficou vermelha, e Alex me olhou de lado.

— Não… Na verdade tivemos um pequeno incidente no estacionamento.

— Que mundo pequeno, não é? — perguntei, divertida.

Ela me respondeu com um sorriso sem graça:

— Sim… Bem pequeno.

Nesse instante, Thomas encostou o carro. Alex notou a batida e foi logo até ele.

— O que aconteceu?

Thomas desceu, olhou para Aline e, com um sorriso, respondeu:

— Bateram no meu carro enquanto eu estacionava.

— Como assim? — Alex perguntou, surpreso.

— Então… — começou Tom, ainda olhando para Aline — ela tentou roubar minha vaga… e acabou batendo em mim.

— Roubar a sua vaga?! — Aline disse, indignada, e Jordan riu.

— Tá tudo bem, querida. Já conversamos sobre isso — disse Thomas, piscando pra ela.

— Você é um cretino! — rebateu Aline, fazendo Alex intervir.

— Está tudo bem, doutora. Vamos reparar qualquer dano que o carro tenha sofrido.

Aline apenas assentiu, e depois fulminou Thomas com o olhar.

— Bom… Eu gostaria muito de ir pra casa — chamei a atenção de todos.

Alexander me ajudou a levantar da cadeira, mas antes de entrar no carro, me voltei para Aline:

— Vem almoçar com a gente amanhã. Assim compensa o furo do jantar de ontem. E traga a Lyu, por favor.

— Não quero atrapalhar o domingo de vocês…

Segurei suas mãos.

— Por favor. Vou adorar ter vocês lá. A Amélia é uma cozinheira incrível e adora casa cheia.

Aline apertou minhas mãos com carinho. Olhou pra mim, ainda um pouco sem graça pela interação com o Thomas.

— Nós iremos. Obrigada pelo convite.

Nos abraçamos. Ela também abraçou Jordan, cumprimentou Alexander com um aperto de mão, mas… quando chegou em Thomas, só murmurou:

— Babaca.

E saiu.

Alexander colocou a mão no ombro de Thomas.

— Parece que ela gostou de você.

Tom olhou com aquele sorriso encantador, os olhos refletindo a alegria das palavras de Alex.

— Preciso dizer que senti a mesma coisa.

— Ela te chamou de cretino, babaca, quase te matou só com o olhar… — Jordan se aproximou dele — tá no caminho certo, Tom.

Os três riram, e eu balancei a cabeça em negação.

— Só vocês mesmos pra ver interesse amoroso nisso.

Alex me abraçou por trás e deu um beijo no meu ombro.

— Amor, você me achava irritante. E olha onde estamos.

Ele colocou as mãos na minha barriga. Virei o rosto para encará-lo.

— Meu bem… eu ainda te acho irritante.

Todos rimos. Quer dizer, menos ele, meu homem irritante.

O resto do dia passou e eu nem percebi. Alexander não me deixou sair do quarto. Os meninos trabalharam de casa, mas não deram folga nem por um minuto. Rosario e Benjamin tinham brigado feio e estavam se evitando, o que a fez não sair do meu quarto.

A noite chegou, Alex voltou e logo estávamos agarrados, dormindo nos braços um do outro.

Acordei na manhã de domingo com o sol da janela aquecendo minha pele. Alex não estava ao meu lado, provavelmente estava na academia. Mesmo aqui em Madri, ele não mudou sua rotina. Valorizava seus músculos… e eu, mais ainda.

Avisei a Amélia que ajudaria no almoço. Quero tudo perfeito para o nosso almoço em família. Só que o pequeno Sterling crescendo dentro de mim não me dava muita folga pelas manhãs.

Estava sentada no chão, escorada no vaso sanitário, depois de ter jogado tudo pra fora, quando senti as mãos dele afastando meu cabelo e um beijo na orelha antes de sussurrar:

— Bom dia, amor.

— Espero que ele melhore, porque nesse momento... — respirei fundo. — Ele não tem nada de bom.

Alex sorriu pra mim, foi até a banheira e começou a enchê-la. Jogou alguns dos meus sais preferidos, depois veio até mim e me ajudou a levantar.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo