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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 172

Capítulo 172 – Boa noite, Papai.

Brandon

Peguei na mão da Alessa e tentei ao máximo manter a postura. Não podia me perder, deixar meus fantasmas me assombrarem… Essa noite não.

Tinha muita coisa em jogo. A vida da minha irmã, da Evelyn... que até pouco tempo era a mulher que eu amava , e claro, dos meus dois sobrinhos… Cara, as duas grávidas, e nas mãos dos malditos Blacks.

Minha garota se mantinha firme, com sua postura elegante. Uma felina caminhando com beleza e graça. Mas atenta e pronta para o que fosse preciso. Assim que paramos na porta, ela se virou pra mim.

— Tá pronto pra isso?

— Não. — respondi sem hesitar. — Mas quero minha irmã de volta, então… — apertei a campainha. — Vamos assim mesmo.

E foi aí que a porta se abriu. E lá estava ele. E com um sorriso malicioso e com a certeza de que hoje… era o fim dele. E eu disse:

— Boa noite, papai.

Ele não estava surpreso. Não… o maldito sempre soube que eu estava vivo. Ele me deixou acreditar que tinha uma vantagem só pra me assistir cair. É hora de mostrar a ele que derrubar é fácil. O difícil… é não ser arrastado junto.

— Por que veio?

Não respondi à pergunta. Avancei porta adentro, arrastando Alessa comigo. Me virei para ele:

— Onde está a mamãe? Quero apresentar a ela a minha garota. — Disse com um sorriso debochado. Daqueles que eu sabia que ele odiava em mim.

Foi aí que ouvi a voz dela, e meu coração parou de bater por um segundo. Eu amava minha mãe…

— Meu bem, quem é?

A pergunta dela morreu quando os olhos encontraram os meus. Ela derrubou o copo que carregava nas mãos. As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto. Soltei a mão da Alessa por um instante e me aproximei.

— Oi, mamãe… — minha voz saiu embargada. Não queria me mostrar vulnerável, não agora, não na frente dele. Mas foi impossível segurar.

Ela não se moveu, nem mesmo piscou. Coloquei a mão em seu rosto.

— Me desculpe por mentir. Eu precisei me esconder por um tempo.

Sem dizer uma palavra, ela avançou e me abraçou. Chorava, ria, me tocava como se quisesse ter certeza de que eu era real. E eu… por um minuto, esqueci o motivo de estar ali. Me esqueci diante de quem eu estava.

Virei para Alessa, estendi as mãos, e ela entendeu o recado.

— Mamãe, conheça Alessa Mancini. Minha mulher.

— Mancini?! — a voz do meu pai cortou o momento, mas eu ignorei.

— Que moça linda… É um prazer, querida.

— O prazer é meu, senhora Anderson.

— Você vai dizer à Evelyn que está aqui? — minha mãe perguntou, sem graça. A abracei de lado.

— Evie já sabe. E ela está noiva do Alex. — sorri — Mas eu vim aqui pra apresentar minha garota… e quem sabe jantar, hein, papai? Como nos velhos tempos…

Minha mãe se animou e correu para a cozinha. Assim que ela saiu da sala, o verdadeiro Robert, aquele que eu só via nas sombras, apareceu. Ele avançou e me agarrou pela gola, me pressionando contra a porta.

— Acha que pode vir até aqui, fingir que nada aconteceu? Sentar à minha mesa, comer da minha comida?

— Solta ele! — Alessa gritou.

Ele riu. Um riso sarcástico, confiante.

— A essa altura, ela e Evelyn já devem estar a caminho dos seus destinos.

— Que destino?! — bati ele contra a porta de novo. — Do que você tá falando?! — perguntei, com a raiva já tomando conta de mim.

— Você é um cretino que só me atrasou. A Sophia já devia ter cumprido o papel dela. Mas por sua culpa... — ele rosnou para mim — tive que acalmar as coisas. E, claro, levar a Evelyn no processo.

Meu pai começou a rir. Agora era cruel. Eu não entendia nada do que ele estava dizendo, mas os risos dele… gelaram a minha espinha.

Foi nesse instante que ouvi um barulho vindo da cozinha, seguido de um grito. Em segundos, o maldito do Steve apareceu com uma arma apontada para a cabeça da minha mãe.

— Solta ele, Brandon, ou sua querida mamãe vai pro lugar que você devia estar.

— Robert... Brandon... — minha mãe disse, com a voz embargada e carregada de medo. — O que está acontecendo?

Encostei meus lábios no ouvido do meu pai e sussurrei, com puro ódio:

— Manda esse cretino soltar a minha mãe... ou eu quebro seu pescoço aqui e agora.

— Faz isso, meu garoto. Me mata. E carrega mais uma morte nas suas mãos. — a voz dele era puro veneno. — Rachel, Sophia, Evelyn... e da minha doce e adorável Susan.

— SEU CRETINO! — bati a cabeça dele com força na parede, fazendo-o gemer. Mas ele... ele não estava blefando. Ele nunca está.

— Steve, faz.

Assim que as palavras saíram da boca dele, o som seco veio.

Steve matou a minha mãe.

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