Capítulo 173 – Fúria em ascensão.
Brandon
Ele matou minha mãe.
O maldito mandou, e o cretino matou a minha mãe.
Tirei a minha .45 da cintura. Apontei para ele, que ria.
— AHH! — Eu gritei, e foi aí que comecei a atirar.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis… Todos no peito.
Steve riu pra mim...
— Idiota — ele disse, puxando a camisa e mostrando o colete.
Aí foi a minha vez de sorrir.
— Sete. — Eu disse e meti a última bala do cartucho bem no meio da testa dele.
Meu pai, que estava se recuperando da batida na parede, gritou e avançou em mim.
— Brandon! — Alessa gritou.
E foi nesse momento que o caos começou.
Blacks começaram a invadir pela porta dos fundos e descendo as escadas, como ratos saindo do esgoto. Alessa tentou correr até mim, mas dois deles a agarraram, puxando-a com força.
— VOCÊS VÃO PAGAR POR ISSO! — urrei, me atirando em dois que estavam mais próximos. Acertei um, mas outro me derrubou no chão.
Em segundos, eu estava imobilizado. Um me prensava contra o chão com o joelho nas minhas costas, enquanto o outro apontava uma arma na minha nuca.
Mais oito entraram, todos armados.
Robert surgiu no centro da sala, ajeitando a camisa amarrotada com o ar superior de sempre.
— Você achou mesmo que podia comigo, garoto?
— Soltem ela! — gritei, tentando me soltar, mas fui contido novamente.
Um dos homens se aproximou de Robert.
— Chefe, ele tem homens lá fora.
Robert sorriu, como se tudo estivesse sob controle.
— Acabem com todos.
Ele então lançou um olhar para mim e para Alessa.
— A garota, vamos levar. Já o meu garoto... Matem!
Ele caminhou até mim, agachou-se para ficar no meu nível e sussurrou:
— Vou cuidar bem dela, MEU garoto! — me disse com desdém, e deu dois t***s na minha cara.
— FILHO DA PU— — tentei avançar, mas a arma pressionada na minha nuca me lembrou da merda em que eu estava.
Robert puxou Alessa pelo braço. Ela se debatia, xingava, chutava, mordia.
— SOLTA, SEU VELHO DESGRAÇADO! EU VOU TE MATAR! — ela gritava.
Eu me contorcia no chão, mas eram muitos. Me seguravam como se eu fosse um animal prestes a escapar.
Foi então que os sons lá de fora começaram.
Tiros. Gritos.
Explosões abafadas.
Um dos homens foi até a janela, puxou a cortina e avaliou o caos.
— Chefe... Sterling chegou. E tá botando o terror lá fora. Tá eliminando os nossos.
— Vou sair com a garota. Vocês lidem com eles. Quero todos mortos. — Ele fez uma pausa, como se ponderasse algo. — Dessa vez... até mesmo meu garoto, Alex.
E com sua ordem final, ele saiu levando a minha mulher com ele.
— NÃO! — gritei. — Seu cretino! Solta ela!
Mas o maldito que me segurava apertou ainda mais a arma contra a minha nuca, me impedindo de reagir.
O cara que estava na janela voltou a falar:
— Sterling tá se aproximando… e ele tá um demônio.
Eu sorri.
Mesmo no chão.
Mesmo rendido.
Eu sorri como um condenado prestes a ser salvo pelo diabo.
E foi aí que a porta da frente explodiu.
Não abriu.
Explodiu.
Alexander Sterling surgiu na abertura.
Um chute. Uma força. Um demônio.
Ele estava com o colete da equipe tática. Dois dos homens apontaram as armas e dispararam. Mas ele nem recuou.
Os tiros que bateram no colete. Só serviram pra irritá-lo.
Num movimento rápido, ele cravou o cotovelo na garganta de um, e com um giro violento… quebrou o pescoço do desgraçado. O estalo ecoou.
O outro tentou fugir. Alexander ergueu a arma e atirou bem no meio da testa dele.
Benjamin e Thomas vieram logo atrás. E quando entraram, a matança começou.
Não deram chance de defesa.
Ben foi direto aos que estavam no lado direito, atirando com precisão cirúrgica. Thomas limpava o corredor com frieza. Em segundos, quatro corpos caíram.
Dois ainda tentaram recuar. Mas Sterling os seguiu.
Thomas tentou me tocar.
— Brandon… —
Afastei sua mão com um empurrão.
Benjamin se aproximou.
— Ei, cara… ela se foi.
— VAI PRO INFERNO! — berrei.
Ninguém entendia. Ela era tudo o que eu tinha. Meu porto seguro. Ela via meus erros, meu jeito e mesmo assim ainda acreditava em mim. E quando voltei dos mortos, ela só me recebeu, me aceitou, não me questionou, ela... ela só me amou.
Então Alex ajoelhou-se diante de mim.
Não disse nada de imediato. Só colocou a mão em meu rosto, firme, forte… presente.
— Eu sinto muito, irmão.
A voz dele veio baixa, mas poderosa.
— Susan era uma boa pessoa.
Eu funguei, ainda em prantos, olhos perdidos.
— Mas agora ela se foi.
Ele olhou em volta, para o rastro de destruição deixado pelo nosso pai.
— E aquele maldito levou nossa irmã...
Alex estreitou os olhos.
— E nossas mulheres.
Com cuidado, ele tirou minha mãe do meu colo. Colocou-a deitada no chão, com um respeito que dilacerou ainda mais meu peito.
Depois, estendeu a mão para mim.
— Levanta, Brandon.
— Alex… — minha voz falhou.
Ele não vacilou.
— Levanta.
Fez uma pausa. Seu olhar me queimava.
— Chora depois. Agora a gente caça. — prendeu seu olhar no meu. — Enterra depois. Agora a gente destrói. — As palavras dele me atingiram. Foi isso que ele fez quando Andrea morreu, ele sofreu, mas não permitiu a dor o dominar. Porque ele tinha um próposito: As meninas.
Meus dedos encontraram os dele.
E quando Alex me puxou pra cima, eu soube que não havia mais volta.
Robert Anderson tinha acabado de criar dois monstros.
E ele não fazia ideia do inferno que estava prestes a enfrentar.

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