Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 198

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Capítulo 198 – Hoje ela vai ser minha

Thomas

As coisas haviam atingido a normalidade. Bom… dentro do que é normal para nós. Mesmo com o pequeno contratempo,"o sumiço da noiva" , o casamento aconteceu, e posso dizer que nunca vi Benjamin tão feliz assim. De um jeito louco, Rosa o completava e ele a ela.

Depois que os noivos fugiram, a festa continuou. Eu tentei, juro que tentei focar em outras coisas: nas conversas, no jeito desajeitado do Mateo chamando a prima da Rosa para dançar, em Owen, Ethan, Andrew, Wyatt e Chen tentando criar uma boy band, e na Jordan os frustrando, dizendo que isso não existe mais. Só que tudo isso era inútil, porque meus olhos só encontravam ela.

Minha loira deslumbrante. Três meses tentando. Três malditos meses tentando. E o máximo que consigo é um jantar, às vezes um cinema, e uma pegação de adolescente no banco do carro. A Aline estava me matando com esse chove e não molha. Mas eu não queria desistir. Não quero.

Ontem eu dei um ultimato nela: se não quer me assumir, vou arrumar quem queira. E ela, por um instante, deixou de ser a loira deslumbrante para virar uma loira furiosa. Só que eu não voltei atrás. Hoje faço essa mulher se decidir. Se me quer ou não.

— Cara, vai lá falar com ela — Brandon disse.

— Não tenho o que falar — respondi, dando um gole na minha bebida.

— Você disse que estava esperando uma resposta. Então vai lá saber o que ela decidiu.

— Eu disse que estava esperando uma atitude — rebati. — Deixei claro o que quero, mas não vou ficar esperando por alguém que não me quer. Passei muito tempo fazendo isso, e não estou disposto a fazer novamente.

Brandon e eu conversamos. Me desculpei com ele por ter chamado a Evie pra almoçar naquele dia. Mesmo que hoje eles não estejam mais juntos, quando aconteceu ainda estavam. Claro que ele me perdoou, disse que via meus sentimentos, mas sabia que eu jamais faria qualquer coisa pra magoá-lo.

— Então o que pretende? — Ele me perguntou, e um sorriso brincou nos meus lábios. Desviei meus olhos da Aline e encarei ele.

— Incentivá-la a tomar uma atitude.

Por um segundo, ele não entendeu. Até que viu para onde meus olhos desviaram.

— Cara, você não teria coragem…

— Ela sabe sobre mim e a Aline. E a ideia partiu dela.

Brandon balançava a cabeça, incrédulo, quando Alex e Jack se aproximaram.

— Qual o problema? — Jack perguntou.

— O capitão tá querendo acelerar as coisas com a doutora, usando uma tática arriscada — Brandon apontou com a cabeça para Elena.

— Ciúmes? — A pergunta veio do Alex.

— Não. A gente só tem ciúmes de quem gosta — dei de ombros. — E ela deixou claro que não gosta, então…

— Eu ainda não entendi essa dela — Jack disse, indignado.

— Até tentei entender o lado dela. Não deve ser fácil ser abandonada no altar e ainda ser trocada pela melhor amiga — entreguei meu copo ao Brandon, que me olhou confuso. — Só que ela não pode generalizar as coisas, e muito menos me comparar com aquele cretino.

— Acha que ela vai pensar o quê quando ver você dando em cima da Elena? — Alex perguntou, arqueando a sobrancelha.

— Bom… a Lena se tornou minha amiga primeiro. E ela deixa sempre claro que não temos nada — ajeitei a camisa. — Não estou traindo ninguém e muito menos trocando. Só tô seguindo em frente. — Levantei o pulso e eles bateram rindo.

— Boa sorte, capitão — disse Jack.

— Eu vou precisar, porque aquela loira irritada… — Os caras gargalharam e eu segui para minha missão.

Elena conversava com Alessa quando me aproximei.

— Capitão — disse ela.

— Lena… — respondi, com um sorriso.

Alessa olhou para nossa interação, confusa. Provavelmente meu amigo fofoqueiro já deve ter contado sobre mim e Aline.

— Que bom que chegou, Tom, pra fazer companhia à Lena. Eu preciso ter uma palavrinha com Brandon — assenti e Alessa se retirou.

Elena entregou sua bebida pra mim e dei um gole.

— Você precisa relaxar — ela disse.

— Passei tanto tempo sozinho, sem me relacionar com ninguém, que meio que desaprendi essas coisas.

— Não tem segredo.

— Me sinto meio ridículo em usar essa tática.

— Bom… — Ela se aproximou, colocando a mão no meu ombro e levando os lábios até meu ouvido. — Acredita em mim, ela é muito eficaz. — Elena se afastou, mas deixou a mão em mim e foi descendo lentamente do meu ombro até meu peito. — Acredita em mim, capitão… essa é uma técnica que não tem idade.

Ela segurou o tecido da camisa, me puxando um pouco pra ela, me fazendo rir.

— Preciso confessar… — minha voz saiu num sussurro. — Você é muito boa nisso.

Elena me deu um sorriso travesso. Estávamos tão entretidos, encarando um ao outro, que não percebemos Aline se aproximando.

— Estou atrapalhando? — Aline perguntou, e nos separamos.

— Não… — Elena disse, passando o braço pela minha cintura. — Só estava tentando convencer o capitão a dançar comigo. — Ela apertou a mão ao meu redor. — Mas ele prometeu que buscaria outro barril na despensa, então vamos lá dentro que eu vou ajudar com os copos.

— Bom, então estou atrapalhando a ida até a despensa — Aline respondeu, irritada.

— Ah, claro que não — Elena disse num tom tranquilo.

— Lena… — Eloisa gritou, fazendo sinal pra que ela fosse até lá. Será que ela tinha contado à Elo sobre nosso plano?

— Mas já que você está aqui, se importa em ajudá-lo? Vou ver o que minha irmã quer e, pelo tom dela, parece urgente.

— E… Eu… — Aline começou, mas Elena não deu tempo pra protestos. Tirou o braço da minha cintura.

— Obrigada, doutora — ela disse, deu um beijo no meu rosto e seguiu até a irmã.

Olhei pra Aline, que me fulminava com os olhos. Eu não disse uma palavra e comecei a caminhar em direção à despensa. Claro que ela veio atrás de mim, em silêncio, e eu também permaneci calado. Assim que chegamos, eu abri a porta, entrei, e ela ficou do lado de fora.