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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 199

Capítulo 199 – Ragazza mia…

Brandon

A morte me abraçou, e mesmo eu sendo um cara sociável, tive que recusar sua carícia. Não, obrigado. Eu não tô afim de morrer.

Passei quase três meses no hospital. A recuperação foi mais lenta do que eu gostaria, mas agora estou cem por cento. A morte do meu pai não me trouxe o alívio que eu esperava, porque três dias antes de forjar a minha própria morte, descobri algumas coisas. Planos. Negócios que o maldito fazia.

Nada disso deveria ser problema meu, mas infelizmente eu ainda carrego o nome do desgraçado. E, para quem meu pai deve... o nome importa.

Eu não cheguei a avaliar todos os documentos, porque a chave do cofre estava com a Evie. Então muita coisa que estiver lá dentro também será surpresa pra mim.

Ben casou e descobriu a gravidez da Rosa no mesmo dia. Aquele filho da puta estava feliz pra cacete. E nós estávamos felizes por ele. Depois da tática do capitão com a Lena, ele sumiu com a Aline, e quando reapareceu...

Ah, a cara dele não negava. E a roupa dela, desalinhada, muito menos. Brinquei com eles e acabei apanhando da minha ragazza.

Alessa não ficou longe de mim nem por um dia. Eu me sentia um maldito sortudo. Só que isso gerou um problema entre os Mancini. Enquanto eu estava no hospital, descobri que ela está prometida para Vito Santoro.

Trombei com ele algumas vezes. Não tenho nada contra o cara. Mas vou deixar bem claro: ninguém toca na minha mulher a não ser eu.

E que eles podem tentar o que quiserem… Alessa é minha. E ninguém vai tirá-la de mim.

Eu estava sentado na cama, com os braços atrás da cabeça, só admirando minha ragazza linda desfilando de lingerie pelo quarto.

— Che odio, maledetti vestiti.

— Já te disse o quão sexy você fica irritada, xingando em italiano?

— Amor, seus gostos estão cada vez mais peculiares… — Ela respondeu, sem me olhar, ainda brigando com a peça de roupa.

Eu sabia exatamente o que estava acontecendo. Enzo viria buscá-la, mesmo ela dizendo que não iria. Nós dois não nos separamos desde o primeiro dia que ficamos juntos, e era isso que a estava irritando.

Levantei da cama, fui até ela, envolvi meu braço em sua cintura e sussurrei no ouvido:

— Eu te amo…

Ela encostou a cabeça no meu peito e relaxou por alguns minutos. A primeira coisa que fiz depois que acordei e a vi, foi exatamente isso. Foi uma de suas exigências quando eu estava ferido: que eu não podia morrer sem dizer "eu também".

— Eu não quero ir… — ela suspirou. — Mio nonno não vai me permitir voltar.

Apertei ainda mais meus braços nela. Eu não tinha medo de nada, nem de ninguém. Se tivesse que ir contra a porra da Máfia, eu iria. Mas Alessa não faria nada contra sua vontade, principalmente quando o que eles querem é nos separar.

Ouvimos batidas na porta. Quando fui atender, era o Alex.

— Precisamos conversar. — Conhecia meu irmão bem demais. Essas duas únicas palavras, acompanhadas daquele tom de voz, só significavam uma coisa… problema.

— Vou me trocar e já desço.

— Aqui não. Vamos para a empresa.

Assenti, fechei a porta e fui direto ao closet me trocar. Alessa havia ido ao banheiro, provavelmente terminar de se arrumar. Estava sentado na poltrona, calçando o tênis, quando o telefone dela tocou.

— Amor, atende pra mim… — Alessa gritou do banheiro.

Assim que peguei o aparelho na mão, meu sangue ferveu. Era como se tudo ao meu redor tivesse perdido a cor, e eu só enxergasse vermelho.

— Alô. — atendi de forma seca.

— Quem é?

— Brandon Anderson.

— Anderson? — Senti o desconforto na voz do maldito.

— O que você quer, Vito Santoro?

— Falar com a minha noiva. — ele rebateu.

— Bem… — disse de forma arrastada, fazendo uma pausa em seguida. — Esse telefone é da minha mulher. O que significa que você ligou por engano.

— Sua mulher?

— Exatamente. Como nem eu e muito menos ela temos assuntos com você, estou encerrando a ligação.

— Não ouse… — ele começou, mas não lhe dei oportunidade de terminar.

Desliguei e joguei o telefone na cama. Quando me virei para a porta do banheiro, Alessa estava de braços cruzados, com aquela cara de quem estava pronta pra me matar.

— O que acha que está fazendo?

— Mostrando a ele que você é minha. — respondi no mesmo tom que ela.

— Primeiro, que eu não sou um objeto pra ser sua ou dele. E segundo, eu me entendo com Vito.

— Então você queria falar com ele?

— Claro!

— Brady, vem comigo. — disse Alex.

— Direto pra Sterling? — Ben perguntou.

Alex apenas assentiu e entramos no carro. Alessa encostou na porta, ofegante.

— Você não vai sair assim…

— Conversamos depois.

— Enzo chega em quinze minutos. Não vai ter depois.

Alexander mantinha a mão na ignição, mas não ligou o carro. Estava esperando eu me resolver com ela. Me virei para encará-la. Deus… odiei ver o que vi nos olhos dela.

— Conversaremos quando você voltar.

Não resisti. Passei a mão no rosto dela. Ela beijou minha mão. Me ajeitei novamente no banco, olhei para o Alex.

— Vamos.

Ele ligou o carro, e saímos. Meus olhos ficaram presos no retrovisor. Ela ficou ali, agarrada à própria cintura. Senti meu coração doer, mas ela precisava entender o meu lado também.

Estou disposto a lutar por ela, com quem quer que seja. Mas preciso ter certeza de que é isso que ela realmente quer. Ou se eu sou, na vida dela, o que tantos outros foram.

Só um passatempo.

— Quer me contar?

— Sim. — respondi, sem hesitar. — Mas não agora.

Meus olhos encontraram os dele. Ele apenas assentiu com um aceno e voltou a atenção para a estrada.

Talvez eu tenha me precipitado. Poderia ter perguntado o motivo da ligação... e o porquê dela querer atender. Mas a minha fúria falou mais alto. Meu ciúmes... misturado com aquele sentimento de quem já perdeu muito, e não quer perder o pouco que restou.

"Vou sentir sua falta, ragazza mia..."

Alex e eu permanecemos a viagem toda em silêncio. E assim que o carro foi se aproximando da Sterling nós dois vimos um maldito que não viamos há alguns meses...

— Só pode ser brincadeira. — Eu disse, mas Alex não parecia surpreso. Claro que não, pegar Alex desprevenido é raro. Ele sempre está um passo a frente.

Alexander parou o carro, virou para mim e disse:

— É sobre isso que precisamos conversar.

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