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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 207

Capítulo 207 – Tô indo te encontrar

Brandon

— Vai me falar ou não? — perguntei novamente, a fúria que já existia em mim só se intensificando.

— Primeiro, quero que fale direito comigo. Segundo, quero ter certeza de que ninguém está ouvindo nossa conversa.

— É costume da máfia enumerar as coisas? Aqui você não manda em nada, seu cretino!

Decidi ir para dentro, em busca do Hugo. Quem sabe ele conseguiria rastrear a ligação e assim teríamos certeza de que ele foi mesmo para Nova York.

— Ah, Anderson, eu preciso discordar. No momento, sou eu quem tem a vantagem. E você sabe, né? — ele debochou. — Quem tem a vantagem, manda no jogo.

Assim que encontrei Hugo, fiz sinal para que ficasse em silêncio. Ele só me observou.

— Sabe o que dizem também, Vito? — Olhei para Hugo, que logo entendeu o recado ao ouvir o nome que saiu da minha boca. — Que quanto mais alto se vai, maior é a queda. Cuidado, hein? Quando o tombo vier, pode até matar.

— Não me ameace, Anderson. Você não está em posição pra isso. Gostaria de lembrá-lo de quem eu tirei da casa do Sterling.

Meu coração acelerou, e apertei tanto o aparelho na minha mão que juro que o ouvi ranger.

— Eu quero falar com a minha mulher — disse entre os dentes.

— Sua mulher? Em teoria, ela é minha noiva.

— Acha mesmo que o Enzo vai manter essa merda de acordo depois de você raptá-la e ainda feri-lo?

— O Enzo está ferido? — perguntou, e pude sentir o medo na voz dele.

— Sim, Vito Santoro. E ele já sabe que você é o cara que ajudou o Robert.

— Eu não ajudei aquele cretino! Deixei bem claro que não concordava.

— Ah, claro... você não concordava, mas conseguiu uma forma dele sair do país com a minha irmã.

— Não te devo satisfação. Eu paguei uma dívida. Sou um homem de palavra.

— Palavra? — ri. — O cara que mentiu e enganou a própria família... Você realmente precisa rever seus conceitos sobre o que é ser um homem de palavra.

— Ocultar algumas coisas não tira minha honra como homem. O que eu falo, eu cumpro.

— Isso não vai te livrar. A máfia pode até te defender... Já meu irmão... — Hugo me sinalizou que o havia rastreado. — Sterling vai acabar com você. E eu vou ajudá-lo.

— Ainda tenho o que você quer.

— E você não vai fazer nada com ela. Sabe como eu sei disso?

Ele não respondeu.

— Porque eu vou te encontrar antes mesmo de você tocar em um fio de cabelo dela. E vou te matar. E, até onde eu sei, morto não faz muita coisa.

Ouvi ele bufar do outro lado.

— Quer dizer... a não ser eu. Que teoricamente ainda estou morto. E esse morto aqui, Vito Santoro, pode fazer muita coisa com você. E, cara, eu vou gostar muito disso.

— Você não me mete medo, Anderson. Me entregue os documentos que conseguiu sobre meus negócios com seu pai, e posso até pensar em devolver a Alessa.

Eu ri, um riso frio e cruel.

— Pois devia ter medo, Santoro. Não, eu não vou te entregar esses documentos. E não preciso da sua permissão. Porque eu já tô indo buscar a minha mulher!

Vito ficou em silêncio por alguns segundos.

— Bom, já que não vai me deixar falar com minha ragazza... não temos mais nada pra conversar.

Encerrei a ligação, e assim que fiz isso, deferi um murro na parede. Meu ódio por aquele cretino só tinha aumentado. Coloquei as mãos na cintura e respirei fundo, tentando recuperar o pouco de paciência e sanidade que ainda restavam. Me virei para Hugo, que me observava atento.

— Me diz o que conseguiu?

— Como tenho acesso ao telefone de todos vocês, consegui descobrir o número dele — Hugo se aproximou com o tablet nas mãos. — E mantê-lo na linha me deu o tempo que eu precisava.

Olhei para o tablet, e foi o suficiente para me irritar ainda mais.

— O cretino já tá em Nova York?

— Sim. Ele deve ter pego ela e ido direto para o aeroporto.

— O maldito é esperto — murmurei, e Hugo me olhou confuso.

— O ataque à minha casa não foi por causa da Cassandra. Ele queria me manter ocupado, ou até mesmo me matar. E talvez tenha até causado o atraso do Enzo.

— Faz sentido... E o que pretende fazer agora?

— Falar com o Alex, e seguir agora mesmo para Nova York. — respondi.

— O Alex não vai conseguir viajar — a voz do Tom veio atrás de mim, se aproximando.

— Como ele está?

— Nisso você tem razão.

— E deixá-las vai ser pior. Eles não vão conseguir se concentrar, sabendo que deixaram pra trás suas mulheres grávidas.

— Mais um ponto pra você. E quem você quer?

— Se o Tom aceitar deixar a Aline, gostaria que ele fosse.

— Eu duvido que ele aceite ficar — disse Alex.

— Como eu disse antes: o Hugo. Se a Elo aceitasse, ela seria muito útil. A Lena e talvez o Ethan... ou o Andrew.

— Leve todos eles. E leve o Chen também. Ele conhece tudo. Tenho um apartamento lá, e ele tem acesso.

— Perfeito. Obrigado, irmão.

Levantei e fui até ele. Estendi a mão para cumprimentá-lo, mas Alex me puxou para um abraço.

— Se cuida, irmão — ele sussurrou. — Não tô afim de passar por nada daquilo de novo.

Sorri, ainda abraçado a ele. Quando nos separamos, brinquei:

— Cara, você ficou muito mole!

— Não abusa, Anderson, que mesmo com a perna machucada eu acabo com você.

Ri, levantando as mãos em rendição. Conversamos mais um pouco. Evelyn voltou, mais calma, e os deixei sozinhos para se entenderem.

Quando fechei a porta, meu celular vibrou no bolso.

— Se for aquele maldito de novo... — murmurei irritado.

Mas não era ele. Era uma mensagem.

O nome que apareceu fez meu coração acelerar.

“Também te amo…”

Essas foram as únicas palavras. Uma resposta à mensagem que mandei para ela.

Fechei os olhos, respirei fundo, e mais uma vez murmurei. Só que agora... foi uma promessa.

— Tô indo te encontrar, baby.

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