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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 209

Alessa

Vito Santoro, esse cretino, apareceu na casa do Sterling fazendo exigências. Se eu não o acompanhasse nem o ajudasse, ele faria parecer que Brandon era o culpado pelas coisas do Robert. E eu sabia bem que ele tinha influência para isso. Mesmo que eu contasse para Enzo, só derrubaríamos Vito com provas concretas.

Minha briga com Brandon ainda ardia dentro de mim. Sei que ele tinha motivos, mas ele devia ter me ouvido. Me dado uma chance, como eu sempre dei a ele. Só que bastou uma única frase, enviada por mensagem:

“Te amo.”

Foi o suficiente para eu esquecer tudo e querer correr para ele. Mas, no momento, isso era impossível. Ouvi uma conversa de Vito e me escondi atrás da porta de uma das seções do avião. Foi aí que vi os drones… o ataque que esse maldito estava armando contra a casa do Sterling. Bem em cima do meu irmão. Bem em cima do meu namorado.

Consegui pegar um telefone, corri para o banheiro e avisei Brandon. Mas então ouvi a explosão e a ligação caiu. Chorei por horas, até descobrir que eles estavam bem.

Já estou há dois dias nas mãos desse desgraçado e, para ajudar, hoje teremos um evento onde preciso fingir que está tudo bem. Me arrumei e fui até ele. O caminho até o hotel foi silencioso. Chegamos e, mesmo contrariada, entrei de braços dados com Vito.

Mas então eu o vi.

Os olhos azuis mais lindos.

Aqueles que me fazem me perder só de olhar.

Mesmo com roupas de gala, ele ainda era o Brandon. O cabelo bagunçado, o jeito despojado, como se nada o importasse, porque ele sabe muito bem quem ele é.

Brandon começou a caminhar em minha direção, mas levantei a mão em sinal para que ele parasse. Primeiro veio a confusão nos olhos dele, depois a fúria.

Mio Dio, por favor, que ele não surte.

— Sorella?! — ouvi a voz do Enzo.

— Fratello — respondi com um sorriso, e Vito se virou para encarar meu irmão. Senti seu corpo enrijecer. Acho que por essa o idiota ao meu lado não esperava.

— Vito Santoro.

— Meu querido cunhado, Enzo Mancini.

— Não me lembro do seu casamento com minha irmã.

— Ah, mas acontecerá em breve.

Vi Brandon fechar as mãos. Era como se… ele estivesse ouvindo a nossa conversa.

— Não, não vai. E não bata de frente comigo, Santoro. Gambino e Morello vão achar interessante as coisas que tenho para contar sobre você — meu irmão passou o braço pela minha cintura e me puxou para ele.

— Você não tem provas, Mancini.

Meu irmão deu um sorriso. Daqueles que eu conhecia bem. Enzo estava se segurando para não acabar com Vito ali mesmo.

— Não duvide do que eu tenho ou não. Agora, se me der licença… estou levando minha sorella comigo.

— Alessa, se der mais um passo… — Vito começou a falar, ao mesmo tempo em que Brandon se aproximava — eu não hesitarei.

Brandon chegou já avançando contra Vito.

— Brandon, não! — eu disse, mas ele não me ouviu. Segurou Vito pelo colarinho, chamando atenção de todos — principalmente de quem não devia. Mas Enzo… parecia não se importar. Era como se ele quisesse que Brandon acabasse com Vito.

— Me diz, Santoro — a voz do Brandon chegou a causar arrepios. — O que acontecerá se ela sair daqui? Com o que você está ameaçando a minha mulher?

— Amor, por favor… — tentei, mas ele me ignorou. — Enzo, faça alguma coisa!

— Anderson, não o mate ainda. E deixe a surra para depois — Enzo respondeu.

Brandon puxou mais um pouco o colarinho de Vito, fazendo-o engasgar. Os seguranças começaram a se aproximar.

Enzo levantou a mão, ordenando que todos se afastassem. Mas, infelizmente, Marcello Gambino se aproximou.

— Don Mancini — Marcello disse.

Brandon soltou Vito na mesma hora e passou o braço pela minha cintura.

— Don Gambino, bom vê-lo — meu irmão respondeu. Vi outros seguranças se aproximando lentamente, e fui reconhecendo os rostos aos poucos: Ethan, Andrew, Chen, Hugo, Javier e Mateo. Assim como minhas gêmeas preferidas também entraram no meu campo de visão.

— Algum problema por aqui? — Marcello perguntou.

— Ah, não — Enzo disse com aquele seu jeito galanteador que não encantava só mulheres. — O meu acordo com os Santoro foi encerrado, e minha irmã está noiva de outro. Mas parece que Vito Santoro está com dificuldades de aceitar.

— O que houve com o acordo?

— Quebra do código — Enzo respondeu, sem hesitar.

— Isso é grave.

— Sim. É sim — o tom do meu irmão mudou. — E já marquei uma reunião para daqui a três dias. Provavelmente o Consigliere o avisará pela manhã.

Marcello assentiu e se retirou. Antes de sairmos, Enzo virou para Vito:

— Seu atentado contra mim ainda está fresco — meu irmão levantou a manga do paletó o suficiente para mostrar o curativo. — Mas não farei nada sem provas. Por isso, nos vemos em três dias. Vou adorar contar a todos, principalmente ao seu pai, o que anda fazendo pelas costas dele.

— Eu também sei jogar, Mancini — Vito respondeu, irritado.

— Mio caro, agora sei por que você nunca ganha no pôquer — Enzo se aproximou. — Porque até no blefe… você é péssimo.

— Vamos — Enzo disse a mim e Brandon, e logo estávamos nos afastando.

— Encerramos por hoje. Vão se retirando. Encontro vocês lá fora em cinco minutos — Brandon disse, e eu fiquei sem entender. Notando minha confusão, ele deu um beijo na minha têmpora.

— Comunicadores, baby. Até seu irmão e Giuseppe estão com um.

Sorri. Claro que ele tinha um comunicador. Por isso sabia o que Vito havia me dito.

— Nós estamos indo — Brandon avisou a Enzo. — A missão hoje era descobrir onde estava a Alessa — ele me puxou mais para perto — e bem… já estou saindo com ela.

— Não posso ir, não depois do seu show. Mas vocês podem seguir. Anderson, preciso dessas provas em três dias — meu irmão disse.

— Alex colocou Jimmy pra trabalhar. E seu prazo está vencendo. Vamos ver o que ele consegue também. O pessoal e eu vamos continuar examinando tudo.

Enzo assentiu e passou o braço na cintura da Elena.

— O que eu perdi nesses dois dias? — perguntei a ela, arqueando uma das sobrancelhas.

Ele se livrou das próprias roupas em segundos, e quando nossos corpos se tocaram pele com pele, senti o mundo inteiro desaparecer. Nossas respirações se misturaram, nossos gemidos escaparam sem controle. Brandon me amava com pressa e com precisão. Me fazia dele, e me lembrava do quanto éramos intensos, do quanto éramos reais.

— Você é minha, Alessa… — ele sussurrava contra meu pescoço, enquanto se movia dentro de mim com força e paixão. — Só minha.

— Seu possessivo, cretino… mas eu sou sua, sua mulher, sua companheira, sua pra sempre.

Ele agarrou meus pulsos e os prendeu acima da minha cabeça, seus olhos cravados nos meus.

— Então goza pra mim, baby. Quero sentir você desabar só por mim.

E eu desabei.

Arqueei as costas, gemendo seu nome como se fosse uma prece. Brandon veio logo depois, jogando a cabeça para trás e rosnando como um animal que finalmente tomava o que era seu.

Caímos exaustos, suados, com os corações descompassados. Ele se virou de lado, me puxando para seus braços, colando minha cabeça em seu peito enquanto acariciava meus cabelos com carinho.

— Isso deveria ser ilegal, sabia? — murmurei rindo, ainda tentando recuperar o fôlego.

— O quê?

— Transar assim. Como se fosse a última vez. Como se o mundo lá fora fosse acabar.

— E se fosse. Eu morreria feliz, com você nos meus braços. — ele disse.

Fechei os olhos, me permitindo sentir aquele instante. A pele quente dele contra a minha, os dedos traçando linhas imaginárias nas minhas costas, e aquele coração batendo como se dissesse "você está segura aqui".

Foi quando o telefone tocou.

Brandon soltou um palavrão baixo e pegou o celular do criado-mudo. O visor mostrava: Alex. E ele atendeu.

— Fala, irmão. Tá no viva. — Ele avisou Alex sobre o viva-voz, como se quisesse avisá-lo para tomar cuidado com o que fosse dizer. Arqueei uma sobrancelha pra ele. Que me deu um selinho rápido rindo.

— Jimmy descobriu algumas coisas. — A voz de Alex surgiu séria do outro lado. — O ataque na minha casa… nunca foi pra você, Brandon, muito menos pra mim. Foi pra Enzo.

Ficamos em silêncio.

— Como assim? — Brandon perguntou, se erguendo um pouco na cama.

— Vito nunca quis te matar. Sempre foi o Enzo. Os planos, os drones, o timing… tudo foi arquitetado pra acertar ele. E tem mais.

Alex suspirou antes de concluir:

— Jimmy está convencido de que Vito quer assumir a posição do seu pai, e depois a do pai dele. Ele nunca quis uma queima de arquivo. Ele quer o controle.

Brandon apertou o lençol com força entre os dedos.

A ligação caiu num silêncio tenso.

Foi quando ouvimos a explosão.

E um grito desesperado.

— LENA!!!

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