Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 214

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Capítulo 214 – Rei da Máfia

Enzo

Ainda estava digerindo tudo o que tinha acontecido. Tudo o que tinha ouvido de Alexander e Brandon.

Mas quem mais tomava conta dos meus pensamentos era Elena.

E no instante em que Giuseppe me disse que os cretinos estavam atacando a ambulância que carregava a mia ragazza, a fúria que já havia me tomado só se intensificou.

A última vez que fiquei assim foi quando os malditos Morozov sequestraram minha irmã. Cresci no berço da máfia, os Mancini estão aqui desde a primeira sociedade siciliana, mas eu, Enzo Mancini, fujo da violência, do campo... a não ser que seja necessário.Tenho homens para fazer isso por mim.

Só que, quando mexem com a minha família, não existe santo e muito menos diabo que me segure.

Cheguei onde a ambulância estava. Meus homens já cuidavam de algumas baratas e, claro, os caras da Sterling também faziam um excelente trabalho.

Mas estávamos falando da minha mulher. Aquela que eu escolhi no instante em que coloquei os olhos nela. Então, precisei mostrar a esses cretinos quem eu era. E o que eu fazia com quem mexia no que era meu.

Quando tudo acabou, ouvi o barulho das sirenes. A polícia se aproximava. Brandon avisou Giuseppe, que logo veio me dizer para irmos embora.

Claro que tenho homens dentro dos departamentos. Muitos deles estão na minha folha de pagamento.

A questão é que eu tinha uma reunião com as Famílias amanhã, e isso acabaria me prejudicando.

Eu vou...

Mas Elena, mia ragazza... vai comigo.

— Enzo, eu entendo você. De verdade. Se fosse a Alessa, eu também a queria ao meu lado — Brandon dizia, achando que suas palavras me fariam mudar de ideia. — Mas a Lena está muito ferida. Perdeu sangue. Em um hospital, ela terá o atendimento necessário.

— Brandon Anderson — falei, me aproximando. — Eu disse que vou levar minha mulher. E nem suas palavras... — levantei a mão, e meus homens cercaram ele e seus colegas — nem você, nem seus homens vão me impedir.

Meus homens engatilharam suas armas. Os homens da Sterling, assim como Brandon são bons. Mas estávamos em maior número.

Antes que eu chegasse até a porta, ela se abriu, e uma desesperada Eloisa apareceu.

— ANDREW!! — ela gritou.

Rapidamente, ele correu até ela. E eu fui junto. Os homens da Sterling me deram passagem sem questionar. E, no momento em que entrei… o medo. Aquele que eu odeio sentir. O da perda. Me consumiu.

O rosto da mia ragazza estava pálido, quase azulado. E seus lábios, os que eu amei sentir nos meus, tremiam.

O sangue espalhado pelo ombro e por seu cabelo dourado.

— Qual a situação? — Andrew perguntou ao homem que já estava na ambulância.

Um aparelho ligado a ela começou a apitar freneticamente. Os números despencavam.

— Perdendo a saturação! A respiração está falhando. Precisamos de oxigênio! — o homem gritou.

Andrew se mexeu rápido e ajustou uma máscara no rosto da minha Elena.

Eu nem ao menos conseguia me mover. Hugo entrou na ambulância puxando Eloisa para si.

— Vamos ter que entubar — Andrew disse com urgência.

— Como assim? O que vai acontecer com ela? Entubar o quê? — a bambina Eloisa perguntava desesperada. E, por um momento, o desespero dela também era o meu.

— Elo, por favor, se acalme. O Andrew é bom no que faz — Hugo disse a puxando para mais perto e beijou sua cabeça.

Meus olhos voltaram para ela, que parecia estar lutando pela vida.

Andrew olhou para Eloisa, depois para mim. Voltou seu foco para Elena e falou direcionado a nós dois:

— Ela não está conseguindo respirar sozinha. Mas vamos ajudá-la.

Os dois homens agiam em sincronia, com a destreza de quem já havia feito aquilo centenas de vezes. Andrew pegou algo parecido com uma lâmina, enquanto o outro preparava um tubo.

Cada movimento era preciso e rápido, mesmo com a ambulância balançando. A adrenalina pulsava no ar.

Meu medo, misturado ao desespero e ao desejo de trocar de lugar com ela. Mia ragazza está ali por minha causa. Por me salvar. Porque, pela segunda vez desde que nos conhecemos, ela escolheu a mim em vez da própria vida.

— Precisamos de um de vocês — Andrew disse.

Eu nem esperei a bambina se mexer. Já estava ao lado dele.

— O que eu faço? — perguntei, tentando manter a voz firme. E falhando miseravelmente.

— Vá para trás dela e segure a cabeça, firme.

Assenti, e logo estava fazendo o que ele pediu. Fiquei hipnotizado pela minha ragazza. Mesmo ferida, ela era linda.