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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 215

Capítulo 215 – Timing

Hugo

Os primeiros a chegarem foram Andrew e Ethan. Assim que abri a porta da ambulância, finalizei um dos inimigos com um tiro certeiro, enquanto Ethan cuidava do outro.

O restante chegou acompanhado de Enzo que, Dios mío, estava o verdadeiro diablo. As coisas aconteceram rápido, mas o Don parecia agir em câmera lenta. Seus movimentos arrepiavam quem assistia… e matavam quem cruzava seu caminho.

Quando tudo acabou, Enzo e Brandon deram aquela leve desentendida, e todos nós sabíamos que, se eles seguissem por aquele caminho, sangue amigo ia escorrer. Mas Elo apareceu, e as coisas mudaram. Andrew e Enzo entraram rapidamente na ambulância, e eu senti uma necessidade louca de ficar perto da Elo.

Sabia que ela precisava de alguém ao seu lado. E esse alguém... só podia ser eu.

Nosso amigo Andrew não é bom só com armas, ele também é bom em salvar vidas. Salvou a da Jordan. E agora, da Elena. Só uma pessoa poderia acompanhá-la, e vi nos olhos do Enzo que ele não sairia dali. Então convenci a Elo que fôssemos nós a sair.

Ela aceitou, e seguimos para um dos carros. Fomos com Ethan, e perguntei se ele se importava em dirigir, enquanto eu ia com a Elo no banco de trás.

Claro que ele não viu problema e seguimos viagem.

Elo chorava silenciosamente. Passei meu braço por trás dela e a puxei para mim.

Ela colou a cabeça em meu peito, e o braço ao redor da minha cintura, como se quisesse se fundir a mim.

— Vai ficar tudo bem, Elo — sussurrei em seu ouvido.

Ela não respondeu. Mas apertou minha cintura de leve, como se fosse um "eu sei".

Dei um beijo em sua cabeça e a segurei com mais força.

Eu precisava que ela soubesse: eu estava ali. Com ela. Por ela.

— Chegamos — Ethan nos avisou. — Podem descer e irem ao encontro do Andrew. Vou estacionar o carro.

Assentimos e descemos.

— Vou ligar para o Andrew e descobrir por qual entrada eles foram.

— Não precisa… — Elo disse. — Eu conheço bem esse hospital.

Senti uma tristeza a mais em sua voz. Não era só pela Elena.

Coloquei a mão em seu rosto, forçando um pouco para que ela me olhasse.

— Pode parecer uma pergunta idiota, dadas as circunstâncias… Mas está tudo bem?

— Realmente é uma pergunta idiota — respondeu, tentando sorrir. — Foi nesse hospital que minha mãe passou os últimos dias... E agora…

Entendia o que queria dizer, o hospital que perdeu a mãe, e agora corria o risco de perder a irmã. Eloisa virou o rosto para não me encarar. E as lágrimas voltaram.

A puxei para um abraço. Ela não recusou, pelo contrário, me abraçou com tanta força que sua dor se tornou quase palpável.

— Vai ficar tudo bem, mi preciosa — sussurrei, enchendo sua cabeça de beijos.

— Obrigada… — ela murmurou, ainda agarrada a mim. — Quero entrar... saber da minha irmã.

— Nós vamos — respondi, afastando-me de leve, mas sem soltar sua cintura.

Levei uma das mãos ao seu rosto, e quando encontrei seus olhos verdes nos meus…

Não pensei muito. Só o suficiente para não perder a coragem.

Eu a beijei.

Seus lábios estavam trêmulos, úmidos pelas lágrimas, mas quentes.

Hesitaram por um segundo, até que Elo respondeu, com delicadeza.

Era como se nossas bocas se conhecessem há muito tempo, como se esse beijo tivesse sido esperado, prometido, desejado silenciosamente.

Ela se aproximou mais, pressionando o corpo contra o meu, e minha mão foi parar em sua nuca.

Segurei firme, sem pressa, deixando que ela sentisse cada intenção minha naquele beijo.

Ela gemeu baixinho contra minha boca, e esse som me atravessou como um raio doce e perigoso.

Apertei sua cintura e senti seus dedos deslizando até meu peito.

Ela me tocava como se estivesse se reconhecendo em mim.

O beijo ficou mais profundo, mas ainda assim… terno.

Nada entre nós era bruto, urgente ou selvagem.

Era entrega.

Era carinho.

Era um “fica comigo”, mesmo sem palavras.

Quando nossas bocas se separaram, ainda colados um no outro, nossas testas se encostaram.

Respirávamos ofegantes, como se o tempo tivesse parado só para aquilo acontecer.

— Sei que foi um péssimo timing, mas se eu não fizesse agora... — murmurei.

— Realmente, imaginei isso acontecendo em outro momento — ela disse, sorrindo.

Separei nossas testas, mas continuei abraçado a ela.

— Então você já imaginou isso? — perguntei, arqueando a sobrancelha.

— Desde o dia em que te vi, seu nerd bombado — respondeu Elo, e nós dois rimos.

Tomei sua boca novamente, e nosso segundo beijo foi tão bom quanto o primeiro.

— Te quiero, mi preciosa — sussurrei contra seus lábios, com a voz rouca.

Elo fechou os olhos, como se quisesse guardar aquele instante.

— Eu também te quero, Hugo…

E isso foi tudo que eu precisava ouvir.

Nosso primeiro beijo foi inesquecível.

Desses que começam com carinho...

Mas prometem amor.

— Vamos. Quero saber da Lena.

Assenti, peguei em sua mão e entrelacei nossos dedos.

Elo olhou para nossas mãos e, ao notar que percebi, desviou o olhar.

Puxei-a para mim e sussurrei em seu ouvido:

— Se acostume com isso, mi preciosa.

Ela sorriu, ainda contido, mas foi o suficiente para mim.

Capítulo 215 – Timing 1

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