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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 221

Capítulo 221 – Uma hora…

Enzo

Meu desespero só aumentava a cada vez que o aparelho apitava ou o médico gritava:

— O ritmo persiste! Segundo choque! 300 joules! Carregando!

Com a cabeça baixa, eu repetia para mim mesmo, como um mantra... ou talvez como uma promessa:

— Eu vou matar todos eles! Eu vou matar todos eles!

O zumbido preencheu o ar, novamente um aviso. O corpo da Elena estremeceu com o segundo choque, mas o monitor… ainda era um caos.

— Amiodarona, 300 mg IV! Continuem as compressões!

Eu ouvia tudo, cada ordem do médico para a equipe, mas nada fazia sentido. Sentia o celular que a piccola Jordan me deu vibrar no bolso, mas nada fora daquele quarto importava. Nem se alguém entrasse agora para me matar.

Eu só queria ela. Respirando. Viva. Comigo...

Rezei em silêncio, implorei a Dio que a salvasse, e ao Diavolo... que me desse tudo o que fosse preciso para fazer cada um daqueles malditos pagar.

Então, vi o médico se inclinar, os olhos fixos no monitor.

— Ritmo sinusal! Pulso presente! Pressão subindo!

O médico disse em um tom tranquilo, aquilo parecia ser uma coisa boa. Levantei na hora, mas continuei encostado na parede, como se meu corpo ainda não acreditasse.

Uma das enfermeiras tocou o pulso dela, enquanto o médico não tirava os olhos dos sinais. Olhei para minha ragazza. Ela estava pálida, frágil... mas respirava. Fraco, mas respirava.

O médico se virou para mim. Havia suor escorrendo pela testa dele. Um lembrete claro: ele e Elena tinham lutado pela vida dela.

— Conseguimos reverter a parada, senhor Mancini. Foi uma arritmia causada por um pico de pressão.

— E a visão? — perguntei, dando um passo à frente.

— Como assim? — Ele franziu o cenho.

A enfermeira se aproximou:

— Sim, doutor. Eles me chamaram porque ela não enxergava. Mas... não deu tempo de avisá-lo.

— Provavelmente é uma cegueira temporária causada pelo inchaço e pela pressão intracraniana. Vamos observar. Assim que ambos diminuírem, é provável que a visão volte.

Ele olhou para Elena, que estava sendo monitorada e ajeitada na cama, e depois para mim.

— Tivemos sorte. Muita sorte.

Assenti. Minhas pernas mal respondiam, não sei como estava conseguindo ficar em pé. Meu celular voltou a vibrar no bolso.

— Permitirei que o senhor permaneça aqui — disse ele, como se eu precisasse de permissão pra isso.

— Agora ela precisa de monitoramento constante e muito, muito repouso.

Só acenei com a cabeça.

— Quanto tempo para ela acordar? — perguntei, com a voz baixa. Eu ainda não tinha me recuperado do que havia acontecido aqui. Era a segunda vez que quase a perdia.

— Uma parada cardiorrespiratória, mesmo que revertida rápido, causa privação de oxigênio no cérebro. Esse sono é uma resposta do corpo. Não posso dar horas exatas. Podem ser três horas... como podem ser doze.

— E acredita que quando ela acordar... a visão vai ter voltado?

— Há boas chances. Mas não posso dar certeza. O que eu disse ontem, hoje se mantém. Tudo depende da senhorita Fontana e da forma como o corpo dela vai reagir.

Ele colocou a mão no meu ombro e apertou de leve. Era o gesto dele pra tentar me dar esperança.

Capítulo 221 – Uma hora… 1

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Capítulo 221 – Uma hora… 3

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