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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 230

Capítulo 230 – Só precisa casar

Brandon

Mais uma vez, esse velho maldito quis usar a minha mulher como moeda de troca.

Na primeira vez, ele me pegou desprevenido. Mas hoje… ele vai ter que me matar!

Jackson contou os andares até a porta se abrir. Coloquei Alessa atrás de mim e me preparei ao lado de Enzo e dos caras. Meu irmão, assim como eu, era pura fúria quando viu quem estava dentro do elevador.

— Não atirem… — ele disse com um sorriso.

— Eu vim em paz.

Pietro Piccolo.

O cara que teve a audácia de desafiar Alexander, agora aparecia aqui para levar minha mulher. Ele realmente tá pedindo pra morrer.

Deu mais um passo e, no mesmo instante, um tiro ecoou. Meu irmão nem se mexeu, o que claramente pegou Pietro de surpresa.

— O primeiro foi um aviso. O próximo, eu prometo que vai ser em cheio — Alex disse num tom que não deixava espaço pra dúvida.

Mesmo que Pietro e seus homens abrissem fogo, ainda assim teríamos a vantagem. Todos sabiam disso.

— Como eu disse, eu vim em paz!

— Podia ter pedido pra ser anunciado. Furar a segurança não foi muito inteligente, já que veio em paz — Benjamin disse, com a arma ainda apontada pra ele.

Eu tava me segurando pra não enfiar uma bala no meio da cara desse cretino. Mesmo que o acordo com o velho maldito do Mancini me tirasse do sério, pro que estamos prestes a enfrentar… precisávamos dos Piccolo. Assim como dos Franchetti. E todos nós ali sabíamos disso.

— Se eu tivesse pedido, Alexander teria deixado? Depois do nosso pequeno desentendimento no hospital… E claro, sabendo que eu vim buscar minha noiva?

Quis avançar, mas Alessa me segurou. Alex me olhou confuso, e foi então que Enzo decidiu falar:

— Eu não concordei com esse acordo. Mio nonno precisa se lembrar que eu sou o Capo agora, e essa decisão tem que ser minha.

— Ah, ele se lembra. Mas diante dos últimos acontecimentos, decidiu intervir.

— Isso não é revogável. Não fiz nada pra que mio nonno me interdite. Ainda quero o nosso acordo, Piccolo, mas não usando minha sorella como moeda.

— Então vamos conversar. Tenho permissão para caminhar, Sterling? — ele perguntou com um sorriso debochado.

— Acho melhor você não brincar com a morte, garoto. Meu irmão não vai hesitar em acabar com você. E muito menos eu! — falei, irritado.

— Sei disso, Anderson.

O telefone do Alex tocou. Ele atendeu sem desviar os olhos do Pietro.

— Chen.

Passou alguns segundos em silêncio antes de responder:

— Ok.

Alex abaixou a arma e fez um sinal para os caras atrás dele, que entenderam o recado.

— Entreguem suas armas. Seus homens lá embaixo já foram rendidos pelos meus. — Ele guardou a arma. — Agora, Pietro Piccolo… — continuou.

Jackson se posicionou na porta do elevador, enquanto Tom, Ben, Wyatt e Owen desarmavam Pietro e os homens que o acompanhavam.

— Você só sai daqui quando eu quiser — Alex fez uma pausa, depois deu um sorriso de canto. — E se eu quiser.

Notei o garoto engolindo seco. O sorriso anterior desapareceu do rosto.

— Tudo bem… só não se esqueça de quem eu sou, Sterling.

— Ah, não se preocupa com isso. Também tenho algo pra te lembrar — Alex disse, se aproximando de Pietro. — Sobre o que te disse no hospital… que eu não tenho medo de nada, nem de ninguém.

Alexander prendeu o olhar nele por um instante. Depois olhou pra mim.

— Vamos ao meu escritório. Enzo, você, eu e esse moleque.

— Também vou — disse Alessa.

Olhei pra ela, como quem diz “não, você não vai”.

E ela me respondeu:

— Como você disse antes pra mim... nem começa!

E foi caminhando até o corredor.

— Bem-vindo ao meu mundo. E preciso te dizer que essa teimosia só piora — Enzo murmurou pra mim, a seguindo.

— Cuidem deles até terminarmos — Alex disse a Thomas, que assentiu.

Assim que entramos no escritório, meu irmão, com toda a calma do mundo, foi até o aparador.

Enzo se sentou em uma das poltronas. Alessa ficou parada, próxima à mesa do Alex.

— Claro que não. O casamento é amanhã, a não ser que vocês viajem hoje pra Zurique.

— Minha mulher ainda não pode viajar. E a filha do Alex também não. — Enzo informou.

— A bebê da Evie nasceu?

— Problemas com o óbvio, garoto? Se ela não pode viajar, é porque nasceu — Alex respondeu, ríspido.

— Foi só um jeito de falar, Sterling.

— Acho que você já enrolou demais, Pietro. Diz logo qual é a solução pro casamento. — perguntei já irritado.

— É simples. Alessa só precisa casar.

Olhei confuso pra ele, mas Enzo e Alessa pareciam entender.

— Pode dar certo — Enzo disse.

— Que porra é essa?! Ele acabou de dizer que desistia do casamento!

— Amor… não é com ele — Alessa disse, e havia algo diferente no olhar dela.

— Parece que você vai sair de namorado pra marido, irmão — Alex disse, com um sorriso.

— A gente... casar? — perguntei surpreso, me desencostando da mesa. Alessa deu um passo pra frente.

— É isso mesmo. Casamento é sagrado para os velhos da Cosa Nostra. Compromissos devem ser honrados. Esposas respeitadas, eles nunca nos obrigarão se ela já estiver casada. — Pietro concluiu.

— Algum problema com isso, Anderson? — Enzo perguntou, claramente irritado.

— É só que... — Olhei para Alex, que levantou a mão como quem diz: “a decisão é sua.”

— Brandon… — Alessa me chamou.

Passei a mão no cabelo. Não consegui responder de imediato. Vi as lágrimas brilharem nos olhos dela. Sem dizer uma palavra, Alessa deu as costas… e saiu do escritório.

— Então é isso, Anderson? Depois de gritar ao mundo que mio nonno não a levaria… você se recusa a casar com minha sorella?

E, pela primeira vez…

Logo eu, o cara que sempre tem algo a dizer…

Fiquei sem palavras.

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