Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 24

Evelyn

Ainda não acreditava que estava indo para Berlim assim, do nada, simplesmente porque Alexander decidiu. Algo dentro de mim gostava desse jeito mandão e possessivo dele. Mas havia outro lado que me dizia para não ceder, para não permitir que ele me dominasse dessa maneira.

Entramos no avião como ele ordenou, e fiquei sem ar. Era enorme, dividido em cinco seções. Havia nele um quarto, salas de jantar e de reunião. Os banheiros eram espaçosos, como era possível um avião assim? Deve custar uma fortuna!

Emily nos mostrava o lugar e apresentava a tripulação. A comissária Scarlett era uma mulher bonita, com um olhar afiado. O piloto, Arthur, e o copiloto, Vince, pareciam bem simpáticos.

Assim que as apresentações terminaram, Alexander e os outros se juntaram a nós. Benjamin seguiu para a cabine, enquanto Jackson, carregando uma maleta preta, foi até o bagageiro. Já Alexander foi interceptado por Scarlett.

— Querido, quando soube do seu acidente, fiquei tão preocupada.

A voz dela era sedutora, e o olhar que lançava para ele praticamente o despia. Aqueles lábios falsos, cobertos por um batom vermelho chamativo… Ela passava as unhas pelo braço dele, ignorando todas nós, como se só existissem eles dois ali. Meu coração disparou tanto que parecia prestes a saltar do meu peito.

Alexander não reagia às provocações dela, mas também não afastava suas mãos.

Benjamin surgiu logo em seguida.

— Arthur pediu para nos prepararmos para a decolagem.

Todos seguimos para uma das seções onde havia poltronas. Abby se sentou ao lado de Jack, que já estava lá. Emily e Benjamin, é claro, escolheram ficar juntos. Mas antes que eu me acomodasse ao lado de Alexander, Scarlett foi mais rápida.

A fuzilei com os olhos. Alexander ia dizer algo, mas a voz do piloto ecoou pelo ambiente:

— Espero que todos estejam acomodados. Apertem os cintos. Vamos decolar.

Fui para as últimas poltronas, me recusando a sentar perto de Alexander e daquela abusada.

Ouvia Abby e Jack rindo, era a primeira vez dela em um avião, e isso aquecia meu coração. Benjamin sussurrava algo para Emily… Parece que minha amiga tem medo de voar.

Fechei os olhos e senti aquele friozinho na barriga de sempre. Lembrei-me da primeira vez que voei com meus pais… Eu estava tão ansiosa que não conseguia ficar parada.

Minha mente, como sempre, também me levou até Brandon. Nossa primeira viagem junto foi com os pais dele, comemorando o aniversário de casamento deles. Brandon passou a viagem inteira flertando com a comissária. Ele dizia que era coisa da minha cabeça, e eu quase acreditei. Até vê-la colocar algo no bolso dele quando voltava do banheiro…

Quis fazer uma cena, mas, como sempre, ele disse que eu estava louca. Que, se a mulher deu em cima dele, a culpa era minha, por não me impor e mostrar a ela quem eu era.

Ainda de olhos fechados, suspirei. Nem percebi quando Alexander se sentou ao meu lado.

Ele beijou minha têmpora, fazendo-me abrir os olhos e encará-lo. Ele era tão lindo que, às vezes, eu me perguntava se era real. No começo, achava que ele não era meu tipo de homem, bruto, dominante, completamente diferente do Brandon. Mas agora… olhando bem para ele… Acho que poderia até me apaixonar.

Será?

Scarlett parou ao lado dele, pousando a mão em seu ombro.

— Precisa de alguma coisa, querido?

A voz melosa dela começava a me irritar. Eu não queria fazer uma cena , Alexander e eu não éramos um casal. Quer dizer, não oficialmente. Ele estava me dando tempo, mas isso não dava a ela o direito de se jogar em cima dele de forma tão descarada.

— Não precisamos de nada — disse, pousando a mão na perna dele.

— Pode retornar ao seu posto. Se ele precisar de algo… — encarei aquela abusada.

— Eu mesma te aviso.

Senti os olhos de Alexander sobre mim. Ele não se moveu nem disse nada. Scarlett, visivelmente furiosa, saiu, deixando-nos sozinhos.

Tirei minha mão de sua perna e me voltei para a janela, esperando pela bronca. Porque, se fosse o Brandon, ela com certeza viria.

Alexander se aproximou, afastou meu cabelo do ombro e deslizou o nariz pelo meu pescoço, roçando a barba contra minha pele. Um arrepio percorreu meu corpo. Com o braço sem gesso, envolveu minha cintura e me puxou para mais perto, apoiando o queixo no meu ombro antes de sussurrar em meu ouvido:

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