Capítulo 242 – Momento para o extermínio
Alexander
Dentro do que foi possível, resolvemos as coisas e decidimos, por enquanto, deixar os problemas lá fora. Aqui dentro, a única coisa que importava era o que estava prestes a acontecer:
A união do meu irmão com Alessa.
Mas, em uma ligação com Tommaseo, acabei descobrindo que Lorenzo Mancini estava em Nova York. O velho era mais esperto do que eu pensava. Só que talvez precise de um lembrete sobre com quem está lidando.
Decidi contar ao Brandon, mas precisava de uma oportunidade, e com a bagunça que isso aqui virou hoje, seria difícil.
Evelyn me pediu para cuidar da Rachel enquanto organizava os detalhes finais da cerimônia. Mas, quando a vi entrando no quarto do meu irmão, algo gritou dentro de mim.
Fúria. Ciúmes. E… medo.
Medo dela descobrir que, mesmo depois de tudo, ainda amava Brandon e não a mim.
Deixei minha filha com Amélia e fui atrás dela, abri a porta com cuidado e… eles nem mesmo me notaram.
— Obrigado, Evie. Por tudo… — Brandon dizia, com a testa colada na dela.
Queria mostrar que eu estava ali. Mas algo me segurou. Parte de mim queria quebrar a cara do Brandon, mas outra precisava ver até onde isso ia.
— Diz pra mim… uma última vez.
Meu coração parou. E, claro, minha mulher respondeu.
— Eu te amo.
Assim que ouvi essas palavras saindo da boca da Evelyn, dei um passo à frente, pronto para intervir.
Mas então… ela disse que tipo de amor era. E, naquele instante, eu entendi.
Depois que Brandon voltou, os dois nunca conversaram de verdade. Nunca se entenderam. E no fundo, eu sabia: todos nós precisávamos disso. Resolver o passado para sermos felizes no futuro.
Quando terminaram, claro que a senhora Sterling fez algum comentário sobre mim. E ainda se achou no direito de me chamar a atenção por ter deixado nossa filha com Amélia, enquanto ela estava ali com Brandon.
Evelyn sempre consegue me fazer exatamente o que eu não quero. E é sempre!
Me tirou do quarto, e no momento em que a porta se fechou atrás de nós… ela me agarrou, e me beijou como se fosse a primeira vez. Sussurrou um “eu te amo” e disse que eu era o homem da vida dela.
E, pra mim… aquilo bastou.
Ela foi resolver o que faltava, mas eu ainda tinha um assunto com Brandon. E, infelizmente, não dava pra adiar.
— Brady… Lorenzo Mancini está aqui. Em Nova York.
— Desgraçado!! — Ele disse, irritado. — Precisamos contar ao Enzo. Será que esse velho maldito já sabe do casamento?
— Provavelmente sim. Eu convidei o Tommaseo, o Leonardo e o Gaetano.
— Por quê?
— Não sei o que Lorenzo pretende, e ter esses caras aqui nos traz uma segurança temporária.
— Ou não. Todos reunidos em um só lugar... é o momento perfeito para um extermínio.
— Lorenzo não é burro.
— Espero que não. Você chamou os Piccolo?
— Esses aí nem precisaram de convite. Já estão na sala.
Ouvimos batidas na porta. E assim que se abriu…
— Brandon Anderson, eu te dei cinco minutos. Perdeu a noção de tempo?
Evelyn estava furiosa.
— Não, Evie. Mas seu noivo precisava falar comigo.
— Falando em noivo… Seus convidados chegaram. E ainda bem que Pietro os conhecia, porque foi ele quem me ajudou a recebê-los.
— Pietro fez o quê?! — perguntei, irritado.
— Me fez um favor. Já que você, que deveria estar lá, não estava.
— E tanta gente naquela sala… você tinha que pedir ajuda pra aquele idiota?!
— Alexander, não temos tempo para suas crises de ciúmes.
— Diga, mio amico.
— Convidei os representantes de cada família para o casamento.
— Foi inteligente.
— Brandon não acha. E estou começando a pensar como ele.
— Como assim, Alexander?
— Enzo, seu avô está em Nova York. E, pelo visto, desde a morte de Filippo.
— O que está dizendo?
Mas antes que eu pudesse responder, Hugo apareceu.
— Chefe.
Fiz sinal com a cabeça para que falasse.
— Temos um problema — disse, entregando o tablet.
Nas imagens, não havia dúvidas… Tínhamos problemas.
— Onde é isso? — perguntei ainda olhando as imagens.
— A três quarteirões daqui.
Passei a mão no cabelo, tentando me acalmar.
— Qual o problema? — Enzo perguntou. Entreguei o tablet pra ele.
— Non può essere… — Enzo sussurrou, incrédulo.
— Parece que Brandon estava certo… — comentei.
— Como assim, chefe? — Hugo perguntou confuso.
— Esse é o momento perfeito para um extermínio.

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