Capítulo 250 – Pequeno Jack
Jackson
Tínhamos tudo sob controle. Alex sempre foi bom em estratégias, e nós dois trabalhávamos muito bem em equipe. E Elena… bem, ela era nossa garota. Rápida. Certeira. E de uma inteligência excepcional.
Mas fomos pegos de surpresa, e assim que o clarão me atingiu… eu não vi mais nada.
Acordei confuso e notei que estava em um quarto de hospital. Me levantei, mas senti uma leve tontura, mesmo assim, insisti. Alcancei o botão na parede e, em segundos, uma enfermeira apareceu.
— Senhor Reynolds, que bom que acordou. O médico aguardava por isso para avaliá-lo e dar a alta. Como está se sentindo?
— Estou bem.
— Que bom, vou chamar o doutor.
Minutos depois, o homem entrou, me avaliou, explicou o que havia acontecido e o que foi feito. A enfermeira me conduziu até a porta de saída e, assim que cheguei à sala de espera, estavam apenas Elena, Chen, Alessa e Rosario.
Aquilo já me deixou em alerta imediato. Nem os caras, nem a marrenta?
— Onde eles estão? — Já entrei perguntando.
— Jack, como você está? — Lena se aproximou.
— Estou bem, Lena. Agora, por favor, me diz.
— Mi hija entrou em trabalho de parto.
O mundo parou.
Minha marrenta estava trazendo ao mundo o pequeno Jack. Mas ainda não é hora. E eu nem estava lá.
— Onde?
— Te levo até lá, Jack. Mas não sei se vão deixar você entrar. Os caras, todos, já estão lá com ela.
— Que tentem me impedir de ver minha mulher e meu filho. Que vão me conhecer! — rosnei, irritado.
Chen e eu saímos, e fomos direto aonde ela estava.
A enfermeira tentou me barrar, disse que Jordan estava em um parto difícil, que já haviam se passado algumas horas, mas o bebê ainda não havia nascido. Me aproximei dela, olhei direto em seus olhos.
— Querida… — Meu tom era mortal. — Você tem exatos três segundos pra me levar até ela… ou eu deixo a educação de lado e entro sem a sua permissão.
A moça engoliu seco e me conduziu até a porta.
— É nessa sala, senhor.
Foi nesse momento que escutei a marrenta gritar. Sem pensar, e muito menos esperar, abri a porta com tudo.
— PUTA MERDA!!! — gritei, sentindo meus olhos quase saltarem. Tinha uma cabeça saindo da Jo!
— QUE PORRA É ESSA?! DESSE JEITO VAI DESTRUIR MEU BRINQUEDO!
Falei sem pensar. Eu sei... Mas caralho, ela tava destruindo o playground do papai.
— JACK!! — Jo gritou e corri até ela.
— Oi, amor… Desculpa. Acabei pegando no sono. — Beijei ela.
Jo estava suada, gelada e com uma expressão que doeu na minha alma. Olhei pros caras e, caralho… como eu era grato a cada um deles por estarem com minha marrenta.
— Vamos, Jordan! Ele já está vindo. Preciso de você! — o médico disse, e era possível notar a urgência em sua voz.
— AAAAAAAAA! — ela gritou, apertando minha mão com tanta força que doeu pra caralho. Eu nem imaginava que ela tinha tanta força assim.
Ela se jogou na cama, esgotada.
— Eu não consigo… — me olhou em desespero. — Amor, eu não consigo!!
Encostei minha testa na dela e sussurrei, só pra ela ouvir:
— Claro que consegue, marrentinha… Lembra quando eu disse que você era a mulher mais foda que conheço? Então… você consegue, amor.
Dei um beijo rápido nela, nossos lábios ainda colados quando o médico mandou empurrar. Em um último grito:
— AAAAAAAAA!!
E então ouvimos.
Era um som abafado.
Parecia… um gatinho miando.
Os caras até esqueceram que estávamos em uma sala de hospital e começaram a fazer a maior festa.
Todos nós fizemos um pacto: cuidar, proteger e sempre estar ao lado da nossa pequena Sophia.
E hoje... eles estavam comigo até mesmo no nascimento do pequeno Jack.
Aline se aproximou, entre lágrimas. Ao seu lado, a doutora que conhecemos há alguns dias.
— Jordan, vou deixá-lo com vocês por dois minutos. Depois preciso levá-lo.
As lágrimas da minha marrenta se intensificaram. Vi os caras apreensivos.
— Como assim levá-lo? — perguntei, confuso. Aline veio ao meu lado.
— Jack… conheça seu menino. Depois eu explico.
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