Capítulo 251 – Seremos felizes pt 1
Jackson
Eu entrei a tempo de ver meu pequeno Jack chegando ao mundo. Não curti muito a forma como ele chegou, mas o importante é que ele veio, e eu estava bem aqui. Ao lado dele e da marrenta.
Mas, cara... como as coisas são difíceis pra mim.
E depois de tudo que aconteceu, tive que me separar dos dois. E o pior: eles nem foram juntos.
A dor que senti ao ver meu pequeno partir sozinho, nem que eu quisesse... conseguiria descrever em palavras.
Só que a dor de ver o desespero da minha mulher por isso… cara, essa rasgou meu peito, arrancou meu coração e ainda dilacerou a minha alma.
Fiz uma prece a Deus, e sei que assim como me ouviu antes... Ele vai me ouvir agora.
Respirei fundo. Abri os olhos. Encarei a Aline.
— Tudo bem. Então… vamos conversar.
— Ok, eu vou falar o básico. Mas é a Catharina quem vai te dar os detalhes.
Eu assenti. Os caras ficaram ao meu redor, prontos, assim como eu, para ouvir o que ela tinha a dizer.
— Devido à gestação difícil das meninas, minha mãe já as preparou para caso algo assim acontecesse. Ou seja, partos prematuros.
Todos nós olhávamos para a Aline com expectativa.
— Ela deu uma medicação que ajuda no amadurecimento do pulmão dos bebês, para facilitar esse processo de adaptação fora da barriga.
— Mas a Rachel ficou bem, não precisou de nada. Por que o nosso pequeno foi pra UTI?
Olhei para o Alex, confuso. Então meu bebê foi mesmo para a UTI?
— UTI?! — perguntei.
— Sim, Jack. No caso de bebês prematuros, esse é o procedimento. Isso não significa que o caso dele seja grave, mas que demanda cuidados.
Ela olhou para Alexander.
— E respondendo à sua pergunta, Rachel não precisou porque a contagem das semanas era dentro do tolerável. E com as precauções da minha mãe, isso fez diferença.
Agora ela voltou o olhar para mim.
— Já no caso do Andrew, o tempo não era o mínimo necessário. A Jo tinha menos semanas. Resumindo: o bebê não estava preparado.
— E por que ele nasceu então? — Thomas perguntou.
— Amor, são vários fatores. A gravidez não foi fácil. Sustos frequentes, o esforço de hoje, mesmo que mínimo, pode ter contribuído. Ou foi só o organismo dela... é difícil dar um motivo exato.
Ouvimos passos atrás de nós e, quando olhamos, era o Andrew.
— Só consegui vir agora. O bebê nasceu?
— Sim. — Foi o Ben quem respondeu. — Mas o nosso pequeno foi para a UTI.
— Isso é o previsto em casos prematuros — disse Andrew.
Vimos a doutora Green se aproximando e parando bem na nossa frente.
— Jack, certo?
Assenti.
— Sou a doutora Catharina Green. Acho que nos conhecemos na alta da Rachel.
— Vocês querem conversar em particular? — Aline me perguntou.
— Não é necessário. Eles são minha família.
Ambas assentiram.
— Bem, o bebê nasceu prematuro. E mesmo com o histórico que a Aline me passou, dentro do esperado ele é saudável.
— Então ele pode sair da UTI? — perguntei.
— Não, ainda não é possível.
— Por quê?
— Como ele ainda não estava preparado, é necessário que fique na incubadora por alguns dias.
— Dias?
— Sim. O bebê precisa de ajuda para regular a temperatura corporal, umidade e também para ser protegido contra infecções. O sistema do Andrew ainda não está totalmente desenvolvido para lidar com essas necessidades.
— Mas ele vai ficar bem, né? Vai se desenvolver?
— Tenho certeza que sim. A doutora Carson fez um excelente trabalho. Ele vai ficar na incubadora, que ajuda no monitoramento respiratório. E vamos dar todo suporte necessário.
— Vamos poder vê-lo? — Alex perguntou.
— Sim, mas normalmente só é permitido os pais.
— Eles são meus irmãos. Se for possível… — pedi.
— Jordan ainda não foi para o quarto. Vim buscá-lo para ficar um pouco com o bebê. Vou permitir que vocês o vejam hoje. Mas depois, só você e Jordan.
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