Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 253

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Capítulo 253 – Me conhece bem

Alexander

Essa noite eu participei de um casamento, um ataque e um parto.

E cada uma dessas coisas me trouxe uma emoção diferente.

Agora, tudo que eu queria era chegar no meu apartamento e curtir algumas horas de paz ao lado da minha mulher e da minha filha.

Meu coração ainda estava apertado pelo pequeno Andrew… quer dizer, pequeno Jack.

Mas eu sabia que ele era um vencedor. Isso estava no sangue dele.

Nos despedimos da nossa pequena. Elena, que veio comigo e ficou o tempo todo aguardando, preferiu ir embora comigo. Perguntei se queria ficar no hotel com o Enzo, mas ela recusou.

No caminho, me lembrei da conversa de antes, da mensagem que ela recebeu, de mais um problema que apareceu pra resolver.

— Já decidiu se vai contar pro Enzo?

Ela me olhou e suspirou, visivelmente cansada.

— Não é problema dele, é meu. Com o Lorenzo tentando matá-los a cada segundo, só vou trazer mais preocupação.

— E a minha ajuda, você aceita?

— Alex… — Mas eu não deixei que ela terminasse.

— Lembra do que eu te disse quando te chamei pra trabalhar comigo?

Ela ficou em silêncio, então continuei:

— Minha Elite é mais que equipe. São minha família.

Paramos no semáforo, e me virei pra ela.

— Vocês arriscam a vida por nós, estão ao nosso lado nos momentos bons e nos ruins. Moram na minha casa, fazem parte da nossa vida.

Ela riu com ternura.

— Então, sinto em te informar que só tentei ser educado perguntando… porque, a partir de hoje, esse problema se tornou nosso.

Os olhos dela se encheram de lágrimas.

— Obrigada…

Peguei sua mão. A Evie sempre diz que esse é um gesto de consolo.

— Tudo por você, garota.

O farol abriu, e seguimos em silêncio. Mas minha mente… ah, essa não calava a boca.

Chegamos. Ela se encantou com o apartamento, era maior, tinha dois andares.

Amélia, claro, mesmo sendo madrugada, nos aguardava.

— Meu garoto… Como estão o Jack e a Jo? — A preocupação estava estampada no rosto dela.

— Eles estão bem. Nosso pequeno vai ficar alguns dias na UTI, mas em breve terá alta.

— Deixei algo para vocês comerem. Os rapazes trabalharam até agora há pouco. Tive que puxar a orelha deles pra comerem e irem descansar.

Abracei Amélia.

— Obrigado por isso, mas estou sem fome.

— E você, querida?

— Amélia, eu aceito… se não for incômodo.

— Ah, meu bem, claro que não!

Ela pegou a mão da Lena e a levou pra cozinha. Antes que se afastasse:

— Amélia, e a Evie?

— Ah, querido… Rachel estava agitada, e ela, preocupada com todos vocês. Com muito custo acabou dormindo.

Agradeci, desejei boa noite e fui pro quarto.

Abri a porta com cuidado. Rachel dormia no cesto ao lado da cama, levei uma bronca quando o chamei assim, Evie diz que é um berço, pra mim... ainda é um cesto.. Ela também já estava dormindo.

Beijei as duas. Minha princesinha resmungou baixinho, mas um carinho bastou pra que voltasse a dormir.

Tirei a roupa e fui pro banho, precisava relaxar, e lavar os restos de uma noite intensa.

Depois me troquei e deitei ao lado da minha mulher.

Assim que me ajeitei, ela se virou, jogando os braços pela minha cintura e deitando no meu peito.

Dei um beijo no topo da cabeça dela.

— Achei que estivesse dormindo.

— Como se eu conseguisse dormir sem você… — respondeu com a voz cansada.

— Mas devia ter tentado. — Ela ergueu os olhos até os meus.

— Eu tento… faz um ano que tento. — Ela me beijou devagar. Um beijo doce, cheio de saudade. — Mas você é um pedaço de mim, e ninguém consegue dormir com algo faltando.

Sorri pelas suas palavras.

— Eu te amo.

— Te amo mais… — Ela disse com tanta ternura que meu peito aqueceu.

Deslizei os dedos por seus cabelos, sentindo aquela calma que só ela me traz.

Mas então, ela subiu um pouco mais o corpo sobre o meu, roçando a perna entre as minhas, os seios cobertos pelo tecido leve do pijama pressionando contra o meu peito nu. Senti o arrepio tomar conta de mim, e sei que ela também sentiu. Nossos corpos estavam famintos, mesmo que o amor entre nós nunca tivesse deixado de ser saciado.

Evie levou a boca até minha mandíbula e deixou ali uma sequência de beijos suaves, depois mais demorados, molhados. Eu fechei os olhos e soltei um suspiro baixo, o corpo já respondendo. Ao seu toque. Ao seu amor.