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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 254

Capítulo 254 – Nem aconteceu

Elena

Brady e Alessa se casaram, e mesmo sendo uma cerimônia simples ela foi linda. Só que, claro, Lorenzo Mancini fez questão de atrapalhar. E mandar homens para nos atacar.

No meio dessa confusão, Ben e Jack foram feridos, a Jo entrou em trabalho de parto, e eu… recebi aquela mensagem.

O desgraçado do Robert morreu, mas fez questão de deixar a bomba armada.

Alex, sempre o bom amigo, decidiu me ajudar, e mesmo eu relutando, não teve conversa. Mas no fundo eu gostei, pois não teria que carregar isso sozinha.

Chegamos do hospital, e Amélia sempre uma querida me tratou com todo carinho e assim que terminei de comer sua comida deliciosa, ela me levou ao quarto em que eu ficaria.

Abri a porta, e assim que meus dedos encontraram o interruptor. Meus olhos encontraram a perfeição. Na minha cama havia um italiano lindo, usando uma calça de pijama, deitado de bruços. Ele estava sem camisa, me dando a visão perfeita dos seus ombros largos.

Enquanto fiquei ali o admirando, ele se mexeu, e se virou para mim.

— Achei que ia ter que te buscar.

— Ia perder a viagem, pois só sairia de lá depois que tivesse a certeza de que minha família estava bem.

Caminhei até a cama, e no instante em que parei ao lado da cama, ele me puxou para ele.

— Enzo!! — eu disse, ele me manteve em seu colo.

— Não ragazza mia, se eu tivesse ido te traria nem que fosse amarrada.

— Queria ver você tentar. — sussurrei em seu ouvido.

— Não me provoca Elena, porque você ainda não viu tudo que sou capaz de fazer.

— É sério que depois de tudo que passamos hoje, vai querer discutir comigo?

Ele manteve os braços na minha cintura, e passou o nariz em meu pescoço.

— Tem razão, é que não gosto de ficar longe de você.

Olhei para ele, me perdendo em seus olhos cinzas.

— Enzo, antes de sermos um casal, temos uma vida.

— O que isso quer dizer?

— Que não temos a necessidade de estar vinte quatro horas juntos, eu tenho meu trabalho, você os seus negócios.

— Ainda insiste com essa história de trabalhar para o Sterling?

— Não é uma história, é realidade!

— Era sua realidade, agora tu sei mia donna!

— Isso mesmo, sua mulher não sua propriedade!!

Tirei os braços dele de mim, e me levantei indo direto para o banheiro. Quando vi que ele caminhava em minha direção fechei a porta. Como um sinal de “me deixe sozinha”, mas claro que senhor Mancini não respeita momentos, opiniões, acho que ele tem até dificuldade de entender o que nós falamos.

— Propriedade?! É assim que pensa que te vejo?

Continuei tirando minha roupa, meu vestido novo estava destruído, era melhor ter usado o dá Éclat e não um exclusivo.

— Não vai me responder?

— Acha mesmo que preciso responder a isso Enzo?

Tirei minha lingerie, liguei o chuveiro e entrei debaixo dele. Fechei os olhos e deixei a água cair, levando embora todo o peso desse dia.

Ouvi a porta do box abrir, mas me mantive no meu momento.

— Elena, acha certo agir dessa forma? — O tom dele era ríspido, mesmo em brigas anteriores ele nunca falou comigo assim.

Abri meus olhos e olhei para ele.

— Fui sincera no que eu disse Enzo, eu te amo, e sim sou sua mulher. Mas existe uma diferença entre ter um namorado, e um dono! — Saí do chuveiro por um instante só para me aproximar mais dele.

— E você precisa entender isso.

— Elena, você realmente sabe quem eu sou? O que eu faço? De onde eu venho?

— Claro que sei, conheço bem a Cosa Nostra. E a conheci da pior forma!

Eu disse exaltada, e me arrependi no mesmo instante. Contar a ele essa história, vai acabar levando ele aos meus problemas.

— Como você a conheceu? — A voz dele a suavizou.

— Não quero falar sobre isso, não hoje, não agora.

Voltei para debaixo do chuveiro. Fechei os olhos novamente, precisava me acalmar para que essa discussão não acabasse saindo do controle. Senti seus braços ao redor da minha cintura, seus lábios em meu pescoço, depois em meu ombro.

Suas mãos passeando por meu corpo, se envolvendo em meus seios.

— Fala comigo amore mio. — Ele sussurrou em meu ouvido.

Encostei a cabeça em seu peito, colando meu corpo no dele.

— Não é nada de importante. Estou cansada, só quero tomar um banho e deitar.

— Achei que não tínhamos segredos.

Aquilo mexeu comigo, odiava ter que esconder isso dele. Mas também não posso jogá-lo nessa confusão, Enzo já tem coisas demais para se preocupar e não quero me tornar mais um problema.

Só tinha uma maneira de fazê-lo esquecer disso.

Peguei sua mão e a guiei até onde meu corpo mais gritava por ele.

Enzo soltou um suspiro baixo, rouco, que vibrou contra minha pele.

— Tão quente… tão pronta pra mim — ele murmurou, pressionando os dedos contra meu centro, ainda por cima da pele molhada, como se estivesse admirando a forma como eu reagia ao seu toque.

Arfei, e meu quadril automaticamente buscou mais. Mais dele. Mais do que só aquele toque provocante podia dar.

Mas Enzo era cruel na maneira como me devorava. Dominava cada parte de mim, até me deixar no limite e mesmo assim, queria me quebrar mais.

— Vai me contar? — sussurrou contra meu ouvido, enquanto seus dedos finalmente deslizaram por entre meus lábios molhados.

Mordi o lábio e virei o rosto, capturando sua boca em um beijo urgente, molhado, impaciente. Minhas mãos subiram para seus cabelos, agarrando com força enquanto o puxava para mais perto.

Ele me prensou contra o azulejo frio, o contraste com seu corpo quente me fez estremecer.

— Acha que pode me distrair com isso, huh? — Sua voz era pura provocação. — Pois agora vai aguentar as consequências, bella.

Num segundo, seus dedos estavam dentro de mim, enquanto a outra mão apertava meu quadril com firmeza.

Gemi alto, sem vergonha, sem medo — e ele sorriu contra meu pescoço.

— Isso… mia ragazza corajosa. Grita pra mim.

Ele desceu uma mão entre nós mas eu tirei, e levei a minha até lá e toquei meu clitóris, com ele dentro de mim.

— Dio você é perfetta! — ele disse entre um rosnado, e tomei meus seios me fazendo jogar a cabeça para trás. Eu não perdi o ritmo nem nele, nem em meu toque.

E quando gozei… o corpo inteiro estremeceu. Minhas pernas perderam a força, mas ele me segurou, me manteve firme, me venerou.

— Mia donna. — disse, enterrando-se fundo uma última vez antes de explodir dentro de mim com um grunhido alto, rouco, que ecoou pelo banheiro e causou arrepios até minha alma.

Ficamos ali, os dois arfando, grudados, tremendo.

Ele colou a testa na minha, me abraçando como se o mundo estivesse prestes a desabar e talvez estivesse mesmo.

— Me promete uma coisa, Elena. — ele disse, ofegante, acariciando meus cabelos.

— Qualquer coisa.

— Não importa o que venha a seguir… você não me esconde nada. Você não se afasta de mim. Nunca.

Enzo parecia me ler, talvez ele realmente lesse. Ou sentisse meu medo.

Medo de machucá-lo, de ao invés de ser algo bom pra ele…

Acabar o destruindo.

— Enzo… — Eu comecei, mas meu celular começou a tocar.

Eram três horas da manhã, quem me ligaria essa hora?

— Papai… — murmurei.

Saí do colo do Enzo, me enrolei rapidamente na toalha e corri até o celular. Mas antes que o alcançasse ele parou de tocar.

O peguei, olhei a ligação e não era um número conhecido.

O aparelho vibrou na minha mão, e chegou uma mensagem.

“Se prepare. Estou indo buscar o que é meu…”

Estava presa na mensagem, e na audácia desse cretino, que não vi Enzo atrás de mim. E claro que ele leu a mensagem.

— Che cazzo è questo? — Me perguntou irritado.

— Enzo… — Eu comecei a falar, mas meu telefone tocou novamente.

E antes que pudesse pensar, ele avançou e pegou o aparelho da minha mão.

Ele atendeu.

— Ciao. — seu tom era cortante.

— Chei sei tu? — Ele perguntou.

E quando a pessoa do lado de lá respondeu. Os olhos cinzas dele encontraram os meus, e eles refletiam fúria.

E foi naquele momento que eu vi, o estrago tinha sido feito.

E a tragédia… Nem tinha acontecido, ela só estava começando.

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Dois capítulos que valem por quatro :)

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