Capítulo 259 – Não é a mim que ela quer.
Enzo
As palavras de Alexander reverberavam dentro de mim.
“Você vai ter que batalhar muito pelo seu perdão. E se prepare, porque pode ser… que ele não venha!”.
Eu errei, e quando percebi… era tarde demais.
Mandei Giuseppe reunir meus soldados, iria atrás da minha mulher. Mas quando cheguei na sala.
— Já estamos prontos, Ethan disse que estão no apartamento do senhor Fontana. — Chen dizia para Alexander.
— Onde fica? — Entrei perguntando. Mas fui ignorado pelo chinês, e todos os outros homens ali começaram a se dirigir ao elevador.
— Passei a localização para Giuseppe. — Alexander me respondeu, eu somente assenti.
— Vamos nós cinco no mesmo carro. — Jackson disse pegando as armas.
— É possível que eu vá com vocês?
— Eu vou com o Chen, Enzo vai no meu lugar no carro. — Benjamin disse, e eu agradeci com um aceno.
Seguimos para os carros, Thomas estava no volante e Brandon ao seu lado. Jackson avaliava cada canto por onde o carro passava.
O telefone de Alexander tocou e ele atendeu, e colocou no viva-voz, era Hugo.
— Chefe, temos um problema.
— Diz uma novidade. — Jackson retrucou.
— Vito acabou de chegar no prédio.
— Vito?! — perguntei confuso. — Mas ele não estava fora do país?
— Parece que não senhor Mancini. O Chen já avisou o Ethan.
— Vou ligar para o Ethan. — Alexander avisou, e logo desligou.
Quando ligou para Ethan, ele também colocou no viva-voz e pude ouvir a voz da mia donna. Meu coração apertou ao me lembrar da forma como a tratei. Mas não ousei dizer uma única palavra, conhecendo Elena, se soubesse que eu estava a caminho faria de tudo para me impedir. E tenho certeza que os caras do Sterling, iriam adorar fazer isso.
Porque sentia que nem mesmo Alexander gostou da forma como tratei Elena.
Como ele disse, em cinco minutos estávamos no prédio. Todos desceram armados e prontos para a guerra.
— Chefe… — Hugo disse se aproximando. — No caminho acessei as câmeras internas do prédio.
Ele mostrou as imagens. Elena e Ethan atiravam nos cretinos, mas aí o rapaz foi atingido, disse algo para ela e a porta se fechou.
— Qual andar? — Alexander perguntou correndo para a porta do prédio.
— Sétimo! Um casal ouviu e ajudou Ethan. Elena está presa no elevador com o pai e a garotinha.
Entramos e vimos o porteiro morto, algumas pessoas desciam as escadas e saíam correndo do prédio.
— Chen já subiu com os outros. — Benjamin avisou.
— Secundária encontrou soldados ao redor, já estão finalizando. — Andrew informou.
— Don. — Giuseppe disse se aproximando, me entregando um colete e minha arma.
— Soldados?
— Ajudando os homens do Sterling lá fora Don.
Assenti e seguimos atrás do Alexander e de seus homens. O som da sirene de alarme do prédio ecoava pelas paredes. Conseguimos chegar somente no primeiro andar, até que a porta do corredor se abriu.
O primeiro homem surgiu armado, Brady atirou antes mesmo que ele erguesse a pistola.
Mais dois vieram. Jackson e Thomas avançaram com precisão, só que haviam mais.
— Chefe a cada andar tem um grupo, só nos esperando. — Disse Hugo.
— Enzo, Brandon, Andrew comigo. O restante vai subindo e abrindo caminho até chegarmos no sétimo. Andar limpo, subam para nos encontrar — Alexander deu a ordem. Meu corpo seguia no automático, mas minha mente só ia até ela. Minha Elena, mia donna.
A cada andar, homens nos atacavam.
— Enzo, cuidado. — Brandon advertiu, mas meu sangue já estava fervendo. Quando me virei, nem dei chance para o miserabile.
Subimos correndo. O som de tiros ecoava. O clarão dos disparos iluminava o metal das grades. Chen surgiu no quinto andar com Owen e Javier, suas armas já fumegavam.
— Vito trouxe a tropa toda. — Chen disse.
— Então vai morrer todo mundo aqui. — Alexander respondeu.
Continuamos subindo, e a cada andar meu coração dava uma batida a mais.
No sexto andar, as coisas se intensificaram.
— Cuidado! — Andrew puxou Brandon para o lado quando uma granada foi jogada, mas era de fumaça. Os tiros começaram, mas não conseguimos ver de onde vinham.
Alexander continuou subindo, Chen e os outros surgiram.
— Onde está o Ethan? Eu quero falar com ele.
Olhei para onde o rapaz estava sendo atendido por Andrew.
— Amore mio, ele está ocupado.
— Enzo?! — Coloquei a mão na porta como se ela pudesse me sentir.
— Sim, ragazza mia.
— Como assim ocupado? Eu quero falar com o Ethan, preciso ouvir a voz dele.
Aquelas palavras dela me atingiram em cheio, eu estava ali, mas não era a mim que ela queria… era outro.
Ethan mesmo com dificuldade se aproximou da porta, mas eu não saí dali.
— Ei, minha garota… — Ele disse com dificuldade. Eu apertei a arma na minha mão, ele ainda estava vivo, mas se chamasse mais uma vez mia ragazza de “minha”, em segundos não estaria mais.
— Ethan… Graças a Deus. — Pude ouvir as lágrimas em sua voz. — Se prepara, que assim que essa porta se abrir, eu vou te dar uma surra por me prender aqui.
Ele riu, assim como todos os outros pela forma como ela falou.
Todos… menos eu.
Hugo entrou correndo e ofegante.
— Temos um problema.
— Será que consegue falar outra coisa? — Jackson disse em deboche.
— Não temos tempo para brincadeiras. O sistema foi totalmente danificado, o pessoal vai demorar e o elevador está… — ele não conseguiu terminar.
— AAAAAAH — Ouvimos uma voz infantil gritando. Seguida de um barulho de ferro batendo.
— Não me diz que… — Alexander começou, mas foi Hugo quem completou.
— O elevador está caindo.
E mia ragazza estava presa naquele maledetto...
E foi nesse exato momento, que ouvimos um barulho alto, que vinha do elevador e gritos.
Ethan e eu gritamos ao mesmo tempo…
— ELENA!!!!

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