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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 261

Capítulo 261 – Eu tô aqui…

Enzo

Ver Elena presa naquele elevador foi desesperador. Mas também me fez ver e entender algo. Ela faz parte desses caras, de cada um deles… e eles fazem parte dela.

E no instante em que ela quis trocar de lugar com o pai, Dio mio, eu queria pular dentro daquele elevador. Porque se for para viver sem ela, eu preferia morrer.

Todos tentaram, mas ela não desistiu. No entanto, bastaram algumas palavras de Alexander para que mia donna… aceitasse. Eu sei bem como é a dor da perda, eu também perdi um dia, e ela não passa… nunca. A gente só aprende a viver com ela depois de um tempo.

Mas eu precisava que Elena soubesse que eu estava ali, que me perdoasse pelo maledetto cretino que fui, e me desse a chance de me explicar e provar que ela é donna della mia vita.

— PAPAIII! — Elena gritava, e meu coração se rasgava por sua dor.

Eu a puxei a tempo, antes que o elevador a atingisse.

— Eu tô aqui, amore mio — sussurrei agarrado a ela.

Elena me batia, me xingava, mas ainda assim não me soltava. Vê-la sofrer daquela maneira não atingiu só a mim, mas sim a cada um dos que estavam ali. Por alguns segundos, ela se acalmou. Dei um beijo em seu rosto, e ela se virou para me encarar com aqueles olhos verdes, carregados de dor.

Coloquei a mão em seu rosto, encostei minha testa na dela.

— Sinto muito, amore mio, por tudo… — sussurrei para que só ela ouvisse.

— Meu pai… — foram as últimas palavras dela antes de me agarrar, como se quisesse se fundir a mim. Dio… por que isso estava acontecendo com ela? Mia donna não merecia. E a culpa só me consumia, porque eu também havia lhe causado dor e sofrimento.

Algo explodiu dentro dela.

Elena se soltou de mim, levantou, olhou para mim e depois para cada um ali presente. Notei o sangue em seu rosto.

— Está ferida? — perguntei, mas ela não me respondeu.

— Que andar estamos?

— Quarto andar, Lena — Chen a respondeu.

— Então… ele pode ter sobrevivido! — Ela pegou a ferramenta que Alexander usou para abrir a porta e, sem dizer mais nada, correu em direção à escada.

— Elena! — gritei e saí correndo atrás dela.

— Amore mio, você está ferida. Seu pai… — Ela virou para me encarar.

— NÃO! — gritou para mim.

Alexander e os outros desciam correndo ao meu lado. Owen vinha um pouco mais atrás, ajudando Ethan, que tinha um ferimento na perna e outro no ombro.

Quando chegamos ao hall, Benjamin lidava com a polícia.

Droga!

Mas eu não sairia dali de jeito nenhum, não vou abandonar Elena de novo.

— AAAAH! — Ela forçava a porta.

— Elena…

— Não, Enzo! Se o elevador não seguiu até o fosso, ele ainda tem chance! São só quatro andares!

— Amore… — tentei mais uma vez.

— NÃOOO! — Ela gritava e dizia que não ia desistir.

— PAPAI, CONSEGUE ME OUVIR? — Elena batia desesperada e insistia em abrir a porta.

Tentei argumentar, Alexander e os outros também. Mas nada, ela não saía da porta, gritava e chorava. Ethan chegou ao hall e foi até ela.

— Ei, minha garota… — Os olhos dela encontraram os dele.

— Eu sei que ele pode, Ethan! São só quatro andares, talvez… talvez…

Ele colocou a mão na ferramenta que ela segurava.

— Sinto muito, Lena, mas nada teria amortecido a queda. Nós podemos abrir, mas você vai ver que ele realmente caiu.

— Não, por favor. Ele pode estar lá desmaiado. Precisando de mim…

Tentei me aproximar dela.

— Amore… Sinto muito, mas não tem como ele ter sobrevivido.

— Enzo… por favor. É meu pai… — Passei a mão em seu rosto.

— Eu sei, la mia vita. E você não tem ideia de como está me doendo te ver assim.

Elena voou em meus braços, e eu a agarrei como se minha vida dependesse daquilo. Ela soluçava, agarrada a mim. Eu a acariciava como se aquele gesto, de alguma maneira, pudesse acalmá-la.

— LENA! — A bambina Eloisa entrou no prédio gritando.

Ela se separou de mim. Olhou para a irmã, e Hugo logo se aproximou da mulher dele.

— Lena, você tá ferida? Você está sangrando! — Eloisa olhou para mim. — Por que ainda não a levou para o hospital?

— Amor… — Hugo disse segurando a mão dela.

— Qual o problema? — Ela olhava para Elena, que só chorava e não respondia. — Cadê… cadê o papai?

Elena só balançou a cabeça, e aquilo foi o suficiente para a irmã entender.

— Não, você está mentindo!

— Elo… — Hugo disse se aproximando.

— NÃO! — Hugo tentou abraçá-la, mas ela o batia.

— Você é um mentiroso! Por que está fazendo isso comigo? — Ele a puxou e a abraçou. Eloisa chorava, assim como minha Elena.

Capítulo 261 – Eu tô aqui… 1

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