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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 263

Capítulo 263 – Se é o que quer…

Enzo

O sofrimento de Elena era o meu, e o carinho dela pela criança… também era. Quando chegamos, a peguei no colo e caminhei com ela até o quarto. Ela parecia tão frágil, que por um momento tive até medo de quebrá-la.

Mia donna seguiu para tomar banho e eu fiquei com a principessina. Era isso que ela era, uma princesinha. Estava perdido, olhando para ela, quando ouvi mia ragazza. Sem pensar, corri. A cena me rasgou por inteiro: ela chorava, gritava, batia na parede e então se jogou no chão.

Entrei com ela no chuveiro e a puxei para mim, protegendo-a dela mesma e mostrando que estava ali, para ela…

— Eu te amo… — Ela me disse, e senti meu coração acelerar. No carro, Elena me fez prometer coisas, mas em nenhum momento me disse que me perdoava. Só que agora, essas palavras… eram um perdão.

A ajudei a se trocar e ri da maneira como ela via os Dons. Chamei Aline, e outros vieram. As palavras de Evelyn mexeram não só com mia donna, mas comigo também. Maria era a luz de Elena, e ela… era a minha.

— Você devia fazer o mesmo — disse a ela, que nem por um segundo deixou de acariciar a menina.

— Não consigo, não paro de pensar… Amor, o que vou dizer a ela quando acordar?

Passei a mão em seu rosto.

— A verdade, amore mio.

— Como se diz a uma garotinha de cinco anos, que não tem ninguém além do pai… — As lágrimas dela voltaram. — Que agora, até ele se foi?

Elena me encarou, com seus lindos olhos verdes carregados de dor.

— Você diz a ela como gostaria de ouvir. Não tem ninguém melhor do que você, mia vita, para entender essa principessina.

— Eu tô com medo. E de alguma forma me sinto tão ligada a ela, não sei nem se consigo deixar eles a levarem de mim.

— O que isso significa, amore mio? — No fundo, eu já sabia o que ela queria dizer.

— Eu quero ela… quero ficar com a Maria.

Dei um sorriso para ela, passei com cuidado por cima da principessina, e dei um beijo nela. Sussurrei entre nossos lábios:

— Se é o que quer… assim será.

— Tem certeza? — ela me perguntou preocupada.

— Bem, não pensei que teríamos uma filha antes mesmo de casar.

Mia ragazza sorriu.

— Mas vou adorar participar disso com você, se você permitir, é claro.

Ela estreitou os olhos para mim.

— Desde quando o senhor Mancini precisa que eu permita algo?

Tirei o cabelo do seu rosto, ainda úmido, e o coloquei atrás da orelha.

— Desde o instante em que fui um maledetto e te tratei daquela forma.

— Eu também errei em não te contar.

— É diferente, Elena. A forma como te tratei foi como mio nonno me tratou por toda a vida.

Foi a vez dela me acariciar. Então concluí.

— E não quero ser como ele, quero ser o melhor para você.

— Você já é melhor que Lorenzo, amor. Se não fosse, eu nem teria me apaixonado.

— Não, mia vita. Eu quero ser o melhor em tudo. E estou prestes a conseguir.

Elena me olhou confusa.

— O que quer dizer?

— Eu vou te contar, mas não hoje. Não é porque quero esconder, mas porque quero respeitar seu luto. — Dei um beijo em sua testa. — Mas em breve você vai saber.

Elena assentiu e se ajeitou na cama. Ela envolveu os braços na pequena cintura da nossa Maria.

Nossa? Sim… nossa Maria.

Acariciei mia donna até que ela pegasse no sono. Dei um beijo em cada uma delas e saí do quarto em busca de Alexander. Quando cheguei na sala, Giuseppe estava ali conversando com Benjamin.

— Don… — Ele disse se aproximando. — Já ia chamá-lo.

— Para quê?

— Seu tio chegou e já está no hotel. Como você pediu, ninguém mais sabe. Garanti isso.

— Perfetto. Contou a ele o que aconteceu com mio sogro?

— Sim, ele disse que aguardará passar seu luto.

Assenti e me virei para Benjamin.

— Sabe onde está Alexander?

— Evelyn o obrigou a descansar. O carregou para o quarto e disse que ele só sai de lá para o almoço. — Nós três rimos.

— Quem diria que mio amico Sterling um dia seria domado.

— Benjamin Carter… — Ouvimos uma voz raivosa atrás de nós.

Quando olhamos, Rosario estava de braços cruzados, batendo os pés e com um olhar claro: “o primeiro que se mover, morre”.

— Chica, eu disse a você que já estava indo.

— Me disse isso há quase uma hora.

Benjamin bufou, derrotado.

— Parece que não é só o Sterling. — Giuseppe disse rindo, e Benjamin saiu resmungando.

Quando ficamos sozinhos…

— Como está a senhorita Fontana?

— Ainda abalada e entristecida.

— Confesso que vê-la daquele jeito, e a menina… mexeram comigo.

— Com todos nós.

— Preciso que descubra tudo sobre o pai da menina, e veja a possibilidade de adotarmos ela.

— Adotar?

— Sim.

— Don, sabe bem o preço disso.

— Eu sei, Giuseppe.

— Está mesmo disposto a seguir com os planos com seu tio?

— Não estou disposto, Giuseppe. Estou certo disso.

Conversamos mais um pouco, acertamos os últimos detalhes para meu encontro com meu tio, que aconteceria em breve. Também pedi para que descobrisse onde está Paola. Se a acharmos, conseguiremos descobrir onde estão os outros.

Como, pelo visto, todos os homens que eu precisava conversar tinham sido trancafiados por suas donne, fui atrás da minha.

Abri a porta com cuidado e, assim que a fechei e me virei, encontrei dois lindos olhinhos castanhos me encarando.

— Shiii — Ela disse, colocando o dedinho na boca e na ponta do nariz. — A tia Lena tá dormindo.

Sorri para ela e caminhei em sua direção.

— Achei que você também estivesse, principessina. — Ela franziu a testa para mim.

— Prici o quê? — Tentei conter a risada, mas não consegui.

— Acho que você não parla italiano. — Sentei ao lado dela. — Eu disse que você também devia estar dormindo, princesinha.

Capítulo 263 – Se é o que quer… 1

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