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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 265

Capítulo 265 – Só morta

Enzo

Eu não queria ter que sair do lado de mia Elena, não nesse momento em que ela mais precisava de mim. Mas tem hora que não podemos perder a oportunidade. E nesse momento, acabar com Paola, Vito e com todos os cretinos que estiverem aliados a eles está batendo em minha porta. E essa chance… não vou desperdiçar.

Entrei no quarto para pegar meu blazer, e Maria veio correndo até mim.

— Italiano, é agora que vamos fazer panquecas?

Me abaixei para pegá-la no colo.

— Sinto muito, mia principessina, mas vou ter que sair por algumas horas. — Dei um beijo no seu rostinho. — Mas prometo que, assim que chegar, vamos fazer quantas panquecas quiser.

— Jura de mindinho? — ela me disse, levantando o dedinho para mim. Olhei para Elena, confuso.

— É só enlaçar seu dedo no dela, amor — ela me disse, sorrindo.

Fiz como mia donna disse.

— Agora você diz assim. Juro. De. Mindinho.

— Io juro de mindinho — respondi, sorrindo, ainda com seu pequeno dedo preso ao meu.

— Viu? Você aprende rápido.

Elena e eu gargalhamos. Dei um beijo na minha principessina, depois fui direto para minha rainha.

Passei a mão por sua cintura, e ela enlaçou os braços em meu pescoço.

— Desculpa por ter que te deixar. — Olhei para Maria, que agora pulava em cima da cama. — Mas acho que estou te deixando com uma companhia melhor que eu.

— Ela é uma excelente companhia, mas ninguém substitui você.

Puxei-a para mim até nossas bocas se encontrarem. Foi um beijo lento, delicado demais para nós, mas era o beijo que o momento pedia.

— Depois que tudo isso acabar, seremos só nós três.

Elena levantou o dedo para mim.

— Jura de mindinho? — Enlacei meu dedo no dela e encostei nossas testas.

— Para você, amore mio, eu juro de corpo inteiro.

— Te amo…

— Também te amo, mia vita.

Me despedi das mie ragazze e fui ao encontro de Giuseppe. O ar parecia carregar o cheiro da morte.

Entrei no carro que me aguardava. Giuseppe já estava nele.

— Don… — me cumprimentou. Assenti e entrei no carro.

Encostei a cabeça no banco e fechei os olhos por um segundo. Apenas um. E o rosto de mia donna invadiu meus pensamentos. Os olhos dela. A dor por trás deles. Mesmo dizendo que estava tudo bem, eu sabia que ela queria que eu ficasse. Depois, vieram outros olhos, esses eram pequeninos, de um castanho lindo, e que carregavam a alma mais linda e pura que já conheci.

“Tutto per voi, miei amori.”

Abri meus olhos e voltei para a realidade do momento. O carro voava pelas ruas como um demônio guiado pela raiva. Finalmente tinha chegado a hora. Hoje era o começo do fim. Sabia que neste momento não arrancaria a raiz, porque essa se ramificou ao longo dos anos em silêncio. Mas começaria a poda, com um machado bem afiado, cortando tudo como um bom lenhador.

— A cobertura onde estão tem três andares. Paola está no último. Vito está com ela — me informou Giuseppe.

— Alguém mais sabe que eles estão lá?

— Sim, todos os Dons. E avisei os caras do Sterling também.

— Perfetto.

Paramos em frente a um prédio luxuoso. Parece que a maledetta, mesmo deserdada, ainda consegue manter seu status. Desci do carro com Giuseppe ao meu lado, ajeitei minha arma, alinhei meu blazer.

— Vamos dar Buongiorno a esses maledetti.

— Como pretende entrar, Don, pela garagem ou pela frente?

— Ah, mio amico, ainda sou o Don Mancini. — Me virei para encará-lo. — Minhas entradas costumam ser triunfais.

Um sorriso brincou em meus lábios. Giuseppe fez sinal aos meus soldados: alguns caminhavam à minha frente e outros me cobriam por trás. Fomos interceptados por um segurança.

— Bom dia, senhores. Posso ajudá-los?

Ela caminhava com arrogância, como se estivesse no controle.

— Amore mio… — ela começou, tentando manter o charme. — Sabia que iria reconsiderar e vir atrás de mim.

Meus homens abriram espaço para que eu passasse.

— Paola, preciso concordar com você. — Continuei caminhando em sua direção. — Eu realmente reconsiderei.

Quando parei à sua frente, ela colocou as mãos em meu peito e começou a me acariciar, como se tivesse direito a isso.

— Viu, amore mio? Eu disse a Lorenzo. Que logo você perceberia que aquela fuzileira não servia para ser sua donna.

A menção a mio nonno me irritou, mas não mais do que a menção a mia Elena. Tirei as mãos dela de mim, balancei a cabeça para Giuseppe e, em segundos, a sala estava tomada pelos soldados de Vito, que agora… eram miei soldati.

Ela congelou. O terror nos olhos. A respiração presa.

— Algum problema, Paola?

Antes que ela me respondesse, dois soldados entraram arrastando Vito.

— Mancini, seu cretino… — Ele disse, furioso.

— Zitto! — eu disse a ele, que se calou na hora. — Ainda não chegou sua vez, Vito. Agora é o momento de Paola. A deixe brilhar.

Voltei minha total atenção para ela.

— Agora vou te dizer em que reconsiderei.

Minha mão agarrou seu pescoço, levantando-a do chão com um só movimento. Ela se debateu, mas não adiantava.

Me aproximei. Meu rosto colado ao dela.

O olhar, letal.

O sangue, frio.

E então, sussurrei.

— Em não te matar. Reconsiderei no nosso casamento, no dia em que apareceu no quarto de mia donna. Mas não haverá uma terceira vez, Paola, porque hoje, você só sai daqui… morta.

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