Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 275

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Capítulo 275 – Saudade…

Elena

Ela ouviu…

Maria me ouviu falando sobre o pai. E a reação que ela teve foi exatamente como eu previa.

E para ajudar, ela fugiu. Só que Enzo conseguiu achá-la. Claro que ele conseguiu, estamos falando do italiano mais teimoso e persistente que existe. Além do homem mais atencioso, carinhoso e também o amor da minha vida.

Alex me disse que ele não só a tinha encontrado, como a estava levando até sua casa. Sem pensar muito, pedi para um dos meninos me levar até lá, e foi o próprio Alexander quem se prontificou.

Quando chegamos ao apartamento, ouvi a vozinha da Maria.

— E por que ele não me levou? Eu também queria ir com a mamãe.

Meu coração acelerou, e eu nem mesmo consegui sair do lugar pelo peso que aquelas palavras tiveram sobre mim. Senti Alex apertando minhas mãos.

O encarei, e ele me puxou para um abraço. Não tive coragem de entrar, nem de interromper o momento deles. Ficamos ali no corredor, ouvindo eles conversarem.

Cada palavra da Maria era como uma estaca em meu coração, enquanto as de Enzo… eram um bálsamo. Alex não chorou, mas eu senti como aquilo mexeu com ele também. Nossa Jo tinha a mesma idade que meu pequeno raio de sol quando a mãe deles morreu.

Depois daquela conversa difícil, mas ao mesmo tempo reconfortante, Enzo soltou um:

— Jura de mindinho.

Alex e eu não resistimos e, mesmo em meio a tudo aquilo, rimos. Acho que encontramos a Kryptonita do Don Mancini.

O telefone de Alex tocou. Ele leu a mensagem, depois virou para mim.

— Vou ter que voltar, garota, acho que você ficará bem aqui.

Peguei em sua mão.

— Vou sim, irmão.

Ele deu um beijo na minha testa e depois saiu, e eu entrei no quarto. No instante em que coloquei os pés ali, os olhos de Enzo encontraram os meus. E a pequena Maria nem ao menos olhou para mim.

Ele bateu ao seu lado na cama, um sinal para que eu me sentasse. Caminhei até eles, com medo da reação dela quando me visse. Assim que me sentei, ele virou o rosto até mim e deu um selinho.

Ela se manteve agarrada a ele. Era possível ouvi-la fungar. Enzo tinha dito as palavras certas, mas a dor não iria embora. Infelizmente, ela não iria deixá-la nunca mais.

Passei a mão por seus cabelos, e no instante em que ela sentiu meu toque, se virou para me olhar.

— Oi, tia Lena…

— Oi, meu raio de sol.

— O papai não vai mesmo voltar…

— Sinto muito por isso, minha princesa — Disse, passando a mão por seu rostinho, secando suas lágrimas e sentindo em meu rosto as minhas.

— Agora eu vou morar nessa casa sozinha… — Ela disse com tristeza.

Enzo deu um beijo em sua cabecinha.

— Eu nunca a deixaria viver sozinha, amore mio.

— Mas essa é a casa do papai, quando eu for especial, e o papai do céu vier me buscar, como ele vai me encontrar?

Meu coração partiu em dois.

— Ah, mia bambina, o papai do céu saberá onde te encontrar. Mas espero que isso leve muito tempo, lembra do que combinamos…

Maria deitou a cabecinha no peito de Enzo.

— Eu vou cuidar de você, italiano, assim vou ser especial igual o papai e a mamãe.

— Muito bem, amore mio — Ele depositou um beijo em sua cabecinha, e por uma fração de segundo, tive inveja do que os dois estavam construindo.

Como se ele tivesse ouvido meus pensamentos, me puxou para participar daquele momento. Envolveu seu braço em minha cintura, e me colei a ele. Deitei minha cabeça em seu ombro e acariciei o rostinho da pequena Maria.

— E nós dois vamos cuidar da tia Lena — Enzo concluiu.