Capítulo 304 – Contagem regressiva.
Elena
Faltavam dez minutos.
E a resposta que eu precisava veio de onde eu menos esperava. Apertei meu celular entre as mãos e saí da sala onde estava para correr até a de reuniões. No corredor, fui vendo minha família chorando, se despedindo, e aquilo era combustível para eu ir ainda mais rápido.
Hoje minha família não iria morrer!
Cheguei à sala e estava vazia. Tentei conectar a chamada de vídeo novamente, mas ninguém a atendia. Comecei a mexer no computador, bater nele, gritar, xingar. Meus olhos foram direto para a bomba. Ela agora marcava nove minutos.
— Você não vai explodir hoje, sua maldita — murmurei, e voltei a tentar me comunicar com o avião dos meninos.
— Lena?! — a voz da minha irmã soou atrás de mim, corri até ela.
— Elo, preciso do Ethan — eu disse, desesperada.
— Lena… — ela começou, mas eu não queria ouvir nada.
— AGORA, ELOISA!! CONECTA A CHAMADA COM O ETHAN!!! A.GO.RA!!
— Meninas, o que está acontecendo? — Iris perguntou, entrando na sala ao lado de Asher.
— Preciso falar com o outro avião — respondi rápido.
— Garota… — Asher começou.
— PELO AMOR DE DEUS, NÃO TEMOS TEMPO! EU PRECISO DO ETHAN.
Meus gritos começaram a chamar a atenção, e os caras começaram a entrar na sala.
— Quem aqui está em ligação com o outro avião? — perguntei com urgência.
— Minha ligação com Hugo caiu — Elo disse.
— Desliguei com Brady, ele começou a quebrar tudo, e aquilo me dilacerou, não aguentei ver.
— O mesmo com meu ogro… — Rosario disse, entre as lágrimas.
Olhei para a bomba, oito minutos agora.
— Elo, me coloca em chamada com Ethan. AGORA!!! — eu disse.
— Mas Lena, você quer que eles estejam com a gente quando...
— Eloisa, não discute comigo. Só faz o que tô mandando!! — disse a ela irritada.
— Aqui, Lena… — a voz da Sara tomou conta do ambiente, e ela veio em minha direção com o telefone nas mãos e Ethan na linha.
— Pode falar, garota — ele me disse.
— Ethan, não me ache louca, mas perguntei a uma IA se uma bomba dessas podia ser desarmada.
— Lena… — Ethan começou.
— Eu sei!! — exclamei, irritada. — Mas ela me deu uma solução. — Por uma fração de segundos, vi os olhos dele brilharem, e era de dor, talvez pena pela minha tentativa de algo impossível.
— E qual foi? — ele me perguntou. — Porque eu já quebrei a cabeça e nada — me disse com desânimo.
— Ela disse que essas bombas têm um segundo disparador.
— Isso é verdade, mas são raros, pois essas são bombas criadas para realmente explodir, a não ser… — ele disse, parando por um minuto.

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