Capítulo 305 – Sempre cumpre suas promessas.
Evelyn
Depois da minha despedida com Alex, eu só queria ficar ali quietinha, curtindo minha princesa, esperando acontecer o pior.
Repassei a minha vida, as lembranças de tudo de bom e ruim que aconteceu ao longo dos meus vinte e seis anos. Bem… faria vinte e sete na próxima semana. Acho que isso não vai acontecer.
Ouvi batidas na porta, e eram minhas amigas. Minhas melhores amigas. Minhas irmãs. A família que a vida me deu. Ou melhor… que Alexander Sterling me deu, porque sem ele, nada dessas coisas boas teriam acontecido.
Alex… eu te amo tanto.
Senti as lágrimas, e Alessa veio até mim, me abraçando. Seguida de Aline, Rosario e minha menina... Jo.
— Faltam poucos minutos, vamos ficar todos juntos — Jo me disse, e eu só assenti, pegando minha menina no colo. Antes de irmos deu um beijo no nosso pequeno Jack. Que dor seria saber que eles tão amados, e desejados, não teriam nenhuma chance.
Começamos a caminhar até a sala, o sentimento que me corroía por dentro, nem o melhor linguista conseguiria colocar em palavras.
Será que foi assim que Jesus se sentiu, enquanto caminhava para a crucificação? A certeza da morte, do caminho sem volta. Bem, no caso dele… ressuscitou em três dias. No nosso…
Só espero que ao menos ele nos receba.
Chegamos na sala, e havia um caos. Não que eu não esperasse por isso, ninguém quer morrer. Mas no instante que entendi tudo aquilo. Algo se ascendeu dentro de mim.
A determinação estampada nos olhos de Elena, chegava a ser contagiante. E quando todos os meninos apareceram na tela, meus olhos foram diretos ao Alex, e os dele, em mim.
Fiquei parada só o encarando, quando os lábios dele se moveram em um “eu te amo”. E com um sorriso, murmurei em resposta: “Te amo mais”.
Estava próxima de Elena, quando ouvi:
— As nossas vidas! — ela disse, e, sem hesitar, puxou a tal placa. Por reflexo, apertei Rachel sobre meu peito. E sabia que as meninas, assim como os caras, estavam agarrados uns nos outros. E foi aí que a voz de uma das pessoas que todos nós mais amamos ecoou do outro lado:
— VOCÊS ESTÃO VIVOS, PORRA!!! — Jack gritou. Abri os olhos e a sala irrompeu em alívio e lágrimas, mas essas eram de alegria.
— Por que estão chorando? Essa é a hora de gritar de alegria — disse Jack, fazendo todos nós rirmos.
— Jack… — Jo o repreendeu, entre as lágrimas.
— Te amo, marrentinha…
— Também te amo, amor — ela respondeu.
Mia correu de volta para a cabine junto de Chloe. E nossos celulares começaram a apitar como uns loucos. Olhando para a tela grande, sabíamos que eram nossos homens.
Eles precisavam nos ver e nos ouvir, assim como nós também precisávamos deles.
Corri de volta para meu quarto e atendi o Alex, que estava em lágrimas, assim como eu. Por alguns segundos, não falamos uma única palavra, só nos olhamos. Acho que precisávamos daquele momento para ter certeza de que era real.
— Eu te amo… — ele me disse, ainda chorando.

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