Capítulo 306 – Não é uma competição.
Alexander
O alívio de saber que minhas meninas estão bem não se explica. No caminho de Berna para Zurique, pedi para que Benjamin encontrasse um lugar para ficarmos. Ainda estava avaliando se o ideal era uma casa ou fechar dois andares de um hotel.
Precisamos levar em consideração que somos trinta pessoas, dois bebês e uma criança. Ainda estou perdido em como cheguei a isso. Há um ano atrás, éramos somente Jack, Ben e eu, e minha elite à disposição.
Decidi mandar Eva, Arthur e Vicente de volta a Houston. Não preciso ter dois Boeings aqui, pois a partir de hoje minha mulher e minha filha vão aonde eu for, e isso está decidido. E claro que a senhora Sterling não comprou um avião simples, ela comprou o melhor dos melhores. E, pelo visto, contratou uma tripulação melhor ainda.
Chegamos ao aeroporto, e a sensação de ver as duas, tocá-las, era como um bálsamo para a alma. Agora só precisava tirá-las dali, e como o dinheiro abre portas, Ben conseguiu uma vila, como eles chamam por aqui. Tem área de bem-estar, vista do Lago de Zurique, doze quartos com tudo que precisamos e máxima privacidade.
Coloquei duas secundárias para fazer nossa segurança, e ainda exigi que melhorassem as tecnologias da casa: câmeras, alarmes e tudo que fosse necessário.
Hugo, Jo e Elo fizeram isso em apenas algumas horas. Podíamos respirar, pelo menos até amanhã.
— Você quer contratar pessoas para cuidar da casa? — perguntei a Evie enquanto acariciava sua cabeça que estava em cima do meu peito.
— Não, posso fazer isso, e as meninas não irão se opor em me ajudar.
— Tem certeza? — Ela levantou a cabeça para me encarar.
— Sim, não quero correr riscos em colocar a pessoa errada aqui dentro. E não pretendo trazer Amélia para essa maluquice — levei meus lábios até os dela em um beijo rápido.
— É você quem manda, senhora Sterling — Evie sorriu e voltou a deitar sobre mim. E ficamos em silêncio por uns minutos.
— Depois do Robert, achei que tinha visto de tudo — ela começou. — Mas Lorenzo Mancini se superou.
— Preciso concordar, amor. Saber que está com terroristas eleva o nível aqui.
— A Lena disse que um dos homens falou sobre ele fazer isso por dois motivos. Um atentado terrorista, e atingir os dois homens — ela disse.
— Chen me falou isso.
— Quem serão os homens? Um eu imagino que seja o Enzo, e o outro? Você? — Evelyn perguntou.
Respirei fundo, não queria deixá-la mais preocupada do que já estava. Mas sabia que era Enzo e eu, os homens que o maldito queria atingir. Matar minhas meninas, a neta e a mulher do Enzo, não nos deixaria furiosos em busca de vingança. Isso nos destruiria.
— Alex… — Evie me chamou.
— Sim, tenho certeza de que sou eu e Enzo — respondi.
Mais uma vez, ela se levantou, inclinou-se sobre mim e colou sua boca na minha, e o beijo veio como uma urgência. Uma necessidade de me sentir, e a minha era de gravar em sua pele o quanto ela era minha.
Segurei sua nuca, aprofundei o beijo até nossas línguas brigarem por espaço. Senti seu corpo tremer sobre o meu e meu autocontrole evaporar.
— Evelyn Sterling… — murmurei contra seus lábios, roçando meu nariz no dela. — Você é minha vida. E o medo que senti hoje de te perder.
Uma lágrima escorreu pelo rosto dela, e quando vi, uma escorria do meu. Ela me beijou novamente. Deslizei minhas mãos pela curva da sua cintura, puxando-a para cima de mim, e senti sua respiração falhar quando meu corpo reagiu ao dela. A camisola leve era uma maldição, porque não escondia nada e, ao mesmo tempo, me dava a visão perfeita da mulher que quase perdi.
Beijei seu pescoço com fome, mordi sua pele e suguei até deixar a marca.
— Uma marca para você guardar e lembrar de mim — sussurrei, minha voz grave e possessiva.
— Como se fosse possível te esquecer, senhor Sterling — ela disse com a voz carregada de desejo.
Ela arqueou o corpo contra o meu e gemeu meu nome, e naquele instante eu soube que não existia nada além da gente.
Abaixei a alça da camisola com os dentes, revelando sua pele, e quando meus lábios tocaram seus seios, ela se contorceu nos meus braços. Cada reação dela, cada gemido, cada olhar vidrado em mim, me alimentava mais do que o ar que eu respirava.
— Alex… por favor… — ela implorou, mas não era por piedade. Era para eu ir além. Para eu tomar o que já era meu.
Me ergui sobre ela, olhando fundo em seus olhos mel, e lhe dei um sorriso malicioso. Minha mulher ansiava por mim, e eu daria exatamente o que queria.
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