Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 33

Alexander

Quando acho que já sei tudo sobre o Anderson, surge mais essa. Sempre soube que ele era um maldito, vi o que fez com a Rachel, comigo e com a Evelyn. Mas isso aqui… isso é de um nível de crueldade que ultrapassa até o meu.

Sou letal com os caras maus, com os que merecem... mas com uma criança?

Assim como eu, os caras estavam em choque. Mas alguém precisava dizer a verdade à menina. Brandon está morto.

— Há quanto tempo você não vê o Brandon?

Minha pergunta foi direta. Aquilo a pegou de surpresa.

— Você o conhece?

Ela me perguntou, e vi algo brilhar naqueles olhos tão familiares.

— Nos documentos que me entregou, ele aparece como parte do esquema. Isso responde à sua pergunta?

Ela me olhou desconfiada.

— Sabe de uma coisa que eu sou boa, senhor Sterling? — apoiou os cotovelos nas pernas, o olhar fixo em mim.

— Ler pessoas. E isso desde cedo. Brandon odiava isso em mim.

Ela fez um gesto com os dedos, como se me chamasse. Essa garota era abusada. E, confesso, eu estava gostando disso.

— Fala logo o que está me escondendo.

Sorri para ela.

— Para uma garota de dezessete anos, você é bem esperta.

— Dezoito em alguns dias, como eu disse.

Retrucou na hora.

— Brandon está morto.

Assim que as palavras saíram da minha boca, senti o peso que carregavam para ela.

Ela se levantou de repente, pegou a cadeira e a lançou contra uma das janelas.

Seus gritos não eram de lamento pela morte de Brandon, mas de raiva. Pela frustração de não conseguir o que queria. Pelas informações que o cretino levou com ele. Pela dor de não ter o prazer de vê-lo sangrar pela marca que deixou.

Tive pena da garota. Mas ela parecia forte... assim como eu.

O tipo de pessoa que, como o aço, é forjado no fogo.

Nós somos forjados na dor.

— Menina, vai se machucar — Jackson tentou se aproximar, mas me levantei a tempo de impedi-lo.

— Deixe-a.

Olhei para ele, e sabia que não ousaria ir contra uma ordem minha.

— Ela é uma menina, Alex!

Ele exclamou, mas não avançou. Deixou que ela extravasasse.

Ela se jogou no chão, de joelhos, ofegante e chorando de forma silenciosa. Não queria nos mostrar sua fraqueza.

Me aproximei devagar, agachei ao seu lado e falei próximo ao ouvido:

— Use isso como combustível.

Seus olhos encontraram os meus.

— Pra quê? Ele me tirou tudo... até o prazer de vê-lo sangrar.

Me levantei e estendi a mão para ela. Por um momento, ela hesitou... mas depois cedeu.

— Brandon estava envolvido em algo grande. Temos lacunas nessa história. Eu preciso descobrir... e quero você na minha equipe.

— Alex!

Jackson me chamou. Sabia que ele não concordava. Pra ele, ela era só uma menina.

Mas eu o ignorei e continuei:

— Em troca, eu te ajudo com sua família.

Como eu esperava, ela aceitou. Na verdade, não tinha opção. Dei algumas ordens a Chen e seguimos de volta para o hotel. Jordan veio conosco em silêncio. Jackson estava inquieto, e aquilo começou a me incomodar. Para minha surpresa, Jordan também percebeu.

— É Jackson, não é? — perguntou, se inclinando entre os bancos para encará-lo.

Benjamin, que até então estava concentrado nos documentos, parou para observar a interação.

— Sim — respondeu ele, seco.

— O que está te incomodando?

Ouvi Benjamin rir discretamente.

— O que te faz pensar isso?

— Sou boa nisso. Acho que é a minha presença que te deixa nervoso.

Jackson bufou. Ela riu e voltou a se recostar no banco, se perdendo em pensamentos.

Chegando ao hotel, pedi para Benjamin instalá-la e avisar Arthur que viajaríamos pela manhã. Ele assentiu e seguiu com Jordan. Antes de partir, ela estendeu a mão para mim.

— Obrigada, Senhor Sterling.

Segurei firme sua mão.

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