Capítulo 339 – Duas opções
Benjamin
Emily nunca fez questão de estar comigo como Rosario, acho que é isso que torna minha chica especial. Porque ela não se importa onde estamos, como estamos, se é perigoso ou não. Tudo que importa é estarmos juntos.
E por mais que eu ame isso, não isenta o meu medo de algo acontecer a ela, e a nossa pequena que ela está carregando. O tempo da sua gestação passou tão depressa que quando penso que em breve minha garotinha virá ao mundo, me causa arrepios na espinha.
Mas não é de medo, é pela ansiedade em ver a cópia perfeita da mulher que eu amo, porque tenho certeza que minha Aurora, vai ser a cara da mãe.
— Diz pra mim chica, o que está sentindo? — perguntei a Rosa acariciando seu rosto.
— Não sei explicar, foi a noite inteira esse desconforto.
— Pode ser contrações?
— Não seria impossível, mas não acredito que seja porque as dores não são exclusivamente na barriga. — ela respondeu e vi nos seus olhos que ela sentia dor.
— Amor, acho melhor chamar a Aline. — eu disse já levantando da minha cama.
— Não ogro, hoje é o dia que Thomas ia fazer o pedido.
Droga, havia me esquecido disso. Meu irmão hoje daria um passo importante em sua vida, não podia atrapalhá-lo, mas também não posso deixar minha mulher passando mal.
— Então vamos a um hospital.
— Tudo bem. — Olhei para ela incrédulo.
— Tudo bem? Sem me questionar? — corri para o seu lado.
— Chica, fala pra mim exatamente o que está sentindo? — perguntei passando a mão em seu rosto e tirando uns fios de cabelo dali.
— Não sei dizer amor, é estranho. Minha cabeça parece doer, minha visão escurece e volta e tenho essa sensação de desconforto.
— Amor, não me lembro da pequena e Evie sentirem essas coisas. Talvez não seja da gravidez, você pode estar doente.
— Talvez… — ela sussurrou encostando a cabeça no meu ombro, e lhe dei um beijo.
— Vamos lá, vou te dar um banho, te trocar e seguimos ao hospital. — Rosa concordou com um aceno breve, eu a peguei no colo e com cuidado caminhei até o banheiro.
A sentei na beirada da banheira, e depois comecei preparar seu banho. A ajudei com sua roupa, e em segundos minha mulher já estava nua e dentro da água.
— Entre comigo, Ben… — a forma como me chamou mexeu comigo, Rosa nunca me chamava assim a não ser que o assunto fosse sério. Tirei minha roupa rapidamente, e me sentei com ela.
Rosa veio ao meu colo, e deitou a cabeça em meu ombro.
— Minha vida, está tão ruim assim? — perguntei acariciando seus cabelos.
— Sim, eu nem mesmo estou sentindo a bebê mexer.
Beijei sua têmpora, depois sua bochecha, seus lábios.
— Quer deixar o banho pra lá, para irmos logo?
— Quero ficar com você um pouco. — me respondeu manhosa
— Mas não vou sair do seu lado, nem aqui, nem mesmo quando chegarmos no hospital.
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