Capítulo 340 – Façam alguma coisa
Benjamin
Deixei a Rosa no quarto com o coração na mão. Eu sabia que tinha mais do que ela estava me falando. Ela não podia se deixar abater pelo simples fato de estar passando mal, a não ser que seus sintomas fossem tão graves que causassem esse medo nela.
Desci as escadas de dois em dois e logo encontrei os caras na entrada da sala de jantar. Jack foi o primeiro a me ver, e claro que notou que havia algo errado de imediato.
— Qual o problema? — ele disse, já vindo em minha direção.
— Rosa não está bem, mas não são contrações.
— Vocês brigaram? — Brady perguntou, e é claro que todos pensariam isso. Minha chica e eu vivemos como cão e gata.
— Não, ela teve esse desconforto a noite inteira. Assim que acordou reclamou, me disse umas coisas que me deixaram preocupado, coisas que nem mesmo combinam com ela.
— Que coisas? — Alex perguntou.
— Várias… uma delas foi que a minha opção deveria ser Aurora.
— Que porra é essa? — Brady perguntou.
— Não faço ideia, irmão. Mas agora não tenho muito tempo, preciso levá-la ao hospital.
— Hospital?! — uma voz surgiu atrás de nós, e era Aline. — Onde está Rosa? — ela perguntou se aproximando, com Thomas ao seu lado.
— No quarto. Ela não quis te incomodar. Sabíamos sobre o pedido. — respondi.
— Claro que sabiam. — ela disse, revirando os olhos. — Mas meu interesse agora é em Rosa, vou subir vê-la.
Eu assenti, e logo estávamos os seis subindo, porque meus irmãos fizeram questão de irem comigo.
Entramos no quarto e encontrei minha chica deitada, olhos semicerrados, uma mão apoiada na barriga e a outra sobre a testa. Corri até ela, ajoelhando ao lado da cama e segurando sua mão.
— Amor, estamos aqui… vai ficar tudo bem.
Aline se aproximou com seriedade, os olhos azuis avaliando cada detalhe.
— Rosa, quero que me diga o que está sentindo agora.
— É como se minha cabeça estivesse pesada… e minha visão… turva. — ela falou baixo, a respiração entrecortada.
Aline ajeitou o travesseiro atrás dela com calma, mas o tom era firme.
— Preciso que tragam o kit de pressão e o sonar portátil para ouvir o coração do bebê. — disse sem tirar os olhos da minha mulher.
— E onde fica isso? — Tom perguntou.
— No kit médico, deixei uma maletinha com essas coisas lá na despensa. — ela respondeu.
— Eu busco! — Jack disse, já saindo correndo porta afora.
— E chama também a Catharina e o Andrew! — Aline gritou, a voz ecoando pelo quarto.
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