Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 44

Alexander

Os paramédicos chegaram, e Evelyn ainda estava desacordada. Eles a colocaram na maca e correram com ela até a ambulância. O médico sugeriu que eu fosse junto, como se eu aceitasse algo diferente.

No caminho até o hospital, acariciava seu rosto, agora pálido e levemente gelado. O vestido dela estava encharcado de sangue, e o médico tentava estancar o ferimento, pressionando com força.

Quando chegamos, a levaram imediatamente para dentro. Não me deixaram acompanhá-la. Eu sabia que era protocolo, mas isso não tornava a espera menos insuportável.

Olhei para minhas mãos, ainda sujas com o sangue dela. Me lembrei de uma conversa que tivemos, quando disse a ela que eu não me importava com sangue. Talvez isso tenha mudado.

Vi muita gente morrer na guerra. Perdi parceiros, amigos... Mas vê-la assim, baleada, indefesa, foi diferente. Eu não estava preparado para isso, e muito menos... para perdê-la.

A morte sempre esteve presente na minha vida, não apenas pelo meu trabalho, mas pelas pessoas que já se foram: minha mãe, minhas irmãs...

— Onde ela está?

Jordan chegou ofegante, se aproximando apressada.

— A levaram, mas ainda não tenho notícias. — respondi.

— Você tá machucado?

Ela apontou para minhas mãos.

— Não. É o sangue dela.

Vi a tensão tomar conta de Jordan. Ela criou laços com Evelyn. Talvez o fato de ambas não terem família, de se sentirem sozinhas... isso as aproximou.

— Chefe.

Jackson me tirou dos devaneios.

— Morales me ligou. Mandaram outro detetive pra galeria, um novato. E parece que o cara tá dando trabalho pro Benjamin.

— Então mostre ao novato o que acontece com quem cruza meu caminho.

— O que me sugere?

— Ligue para o prefeito. E mande ele colocar a coleira nos cães que ainda não foram adestrados.

Jackson entendeu bem o recado. Assentiu e saiu.

As horas passaram sem notícias. A impaciência corroía cada segundo. Jordan não saiu do hospital. Ficou ali comigo, em silêncio, esperando.

A porta se abriu e, de lá, saiu um homem de uniforme azul, touca e máscara. Aparentemente, era o médico.

— Senhor Sterling — disse ao se aproximar. A voz era grave, controlada. — Sou o Doutor Brown, responsável pela senhorita Parker.

Por um instante, fiquei paralisado. O medo de ouvir o que eu não estava pronto para escutar me travou. Mas o doutor foi direto ao ponto.

— A situação era grave. Tivemos que levá-la imediatamente ao centro cirúrgico. A bala atingiu o quadrante inferior esquerdo do abdômen, uma região delicada. Ela perdeu muito sangue, e a pressão estava instável. Fizemos a cirurgia para estancar a hemorragia e reparar os danos internos. Foi um procedimento complexo, mas correu tudo bem.

— Puta merda, doutor, podia ter começado por essa parte — Jordan interrompeu.

Lancei um olhar sério para ela, embora, no fundo, eu tivesse pensado a mesma coisa.

— Peço desculpas por isso — o médico respondeu, com um leve sorriso. Apesar disso, dava para notar o cansaço em seu semblante. A cirurgia não foi fácil, mas minha garota estava viva.

— Posso vê-la? — perguntei com esperança.

— Infelizmente, não.

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