Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 45

Alexander

Lucas foi nos buscar no hospital. Quis que Jordan fosse para casa, mas ela se recusou. Fez questão de me acompanhar até a empresa. Chegamos e fomos direto para o subsolo, para uma das minhas salas de interrogatório. Benjamin e Jackson já nos aguardava na porta.

— Como ela está? — perguntou.

Passei a mão pelos cabelos. A imagem dela naquela cama me atingiu em cheio.

— A cirurgia foi bem-sucedida. Ela está na UTI, se recuperando.

Minha resposta foi técnica. Eu não conseguiria descrever como ela realmente estava: em uma cama, sedada, ligada a aparelhos que a ajudavam a respirar... e a viver. Tudo por culpa de um maldito que eu deveria ter matado quando tive a chance, e que agora a deixou no meio dessa bagunça.

A raiva voltou. Mas não aquela momentânea, impulsiva. Era uma ira fria, controlada. Eu sabia exatamente onde o culpado estava, e o que ia fazer com ele.

— Vamos entrar.

Fiz sinal para Benjamin, e Jackson, mas ao ver Jordan se aproximando, a impedi.

— Você fica. — Minha voz foi autoritária.

— Por quê? — questionou, incrédula.

— Eu quero vê-lo sangrar por tudo que a fez passar na galeria — disse, com os olhos refletindo pura fúria.

— E quero vê-lo implorar pela vida, só pelo fato de ela ainda estar lutando pela dela.

Suas palavras foram firmes, sem hesitação. Mas, no fundo daqueles olhos tão familiares, havia dor, angústia... e a necessidade de fazê-lo sofrer. Como eu sabia disso? Porque via nos olhos dela o reflexo dos meus.

Hoje, aquele interrogatório era mais do que trabalho. Era pessoal. E Jordan via exatamente assim.

— Tudo bem — cedi.

— Mas vai se manter longe. E calada.

Ela assentiu. Jackson me segurou pelo braço, tentando me parar no caminho.

— Alex, não permita isso. Ela é uma criança!

A voz dele era dura, mas havia medo da minha reação.

— Já decidi — respondi, entrando.

Assim que passei pela porta, meus olhos varreram o lugar. Treinei bons homens, a sala estava exatamente como eu gostava. Maximilian estava amarrado a uma cadeira, bem no centro. Mordaçado, olhos arregalados, o peito subia e descia rápido demais. Ofegante. Mas aquilo não era falta de ar.

Era medo.

Medo da certeza de que não sairia mais daquela sala.

Pelo menos, não inteiro.

Caminhei em silêncio. Minha ordem havia sido clara: só participariam eu, Benjamin, Jackson e, agora, Jordan. Os três estavam no canto, em um ponto estratégico para gerar mais terror.

Passei o dedo pelos instrumentos. Peguei uma das facas. Levei ao meu dedo e a lâmina rasgou minha pele com um único toque. Sorri para Maximilian.

Capítulo 45 – Significado de ceifar 1

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