Evelyn
Emy me ajudou a me arrumar, mas a ansiedade estava me corroendo. Minutos atrás, Brandon tentou brincar com a minha mente. Pensamentos intrusivos... sabe aqueles que a gente j**a para debaixo do tapete, mas sabe que, em algum momento, vai ter que limpar? Só que não será hoje.
Essa noite é sobre mim e Alexander. Sobre espera, paciência, acolhimento e o carinho que ele me deu nos últimos meses. E, claro, sobre o meu desejo por ele. Meu corpo grita por cada parte dele, cada toque…
Ele quis manter em segredo o destino do nosso voo, mesmo eu tentando de todas as formas descobrir. Dessa vez, ele não cedeu.
Mas quando ouvi:
“Bem-vindos a Chicago”,
eu queria pular em cima dele e enchê-lo de beijos até minha boca travar, tamanha era minha felicidade. Alexander é o cara dos detalhes, observador. Bastou uma única conversa, um comentário bobo meu, e foi o suficiente para ele simplesmente fazer acontecer.
Quando descemos do avião, eu ainda estava extasiada com a ideia de estar em Chicago. Meu namorado se aproximou de mim e sussurrou ao meu ouvido, com uma voz que refletia exatamente o que eu sentia: um desejo arrebatador por ele.
— Se prepare, Evelyn Parker… porque hoje, eu vou te fazer minha de verdade.
Com aquelas palavras ainda ecoando na minha mente, ele me conduziu até uma limusine que nos aguardava.
— Alex…
Mas antes que eu terminasse a frase, a boca dele encontrou a minha. O beijo foi apaixonado, intenso, como se estivéssemos nos fundindo um no outro. Quando nos separamos, eu nem conseguia abrir os olhos. Sentia meus lábios inchados, tamanha a ferocidade com que ele tomou minha boca.
Senti seus dedos em meu rosto, e quando abri os olhos… suspirei. Eu nunca vou me cansar de dizer o quanto Alexander é lindo. E o quanto eu estou perdidamente apaixonada por ele.
— Te amo… — sussurrei.
— Te amei primeiro… — ele respondeu, e rimos juntos.
Entramos no carro, e eu ainda estava encantada com tudo. Nunca tinha estado em uma limusine antes. Mexi em tudo, passei por todos os bancos e espaços ali dentro. Alex só me observava, com aquele olhar que me deixava quente. Quando meu deslumbramento passou, ele me puxou para o seu colo. Envolvi meus braços ao redor do seu pescoço, e ele me deu um beijo suave.
— O que mais preparou para essa noite, senhor Sterling?
Perguntei, passando meu nariz pelo seu rosto, sentindo sua barba sempre bem feita.
— Logo verá, senhorita Parker.
Ficamos ali, agarrados um ao outro. Eu já tinha retocado minha maquiagem duas vezes no avião, porque Alex e eu simplesmente não conseguíamos manter distância. E em breve, teria que fazer isso de novo.
O carro parou. Ele saiu primeiro e, logo em seguida, estendeu a mão para mim.
Quando meus olhos alcançaram a entrada… o ar escapou dos meus pulmões.
Estávamos em frente ao The Langham.
Entramos, e eu ainda estava deslumbrada com tudo. Um homem bem vestido se aproximou de nós.
— Senhor Sterling, é sempre um prazer recebê-lo.
Alex estava com aquela máscara de sempre: a imponência gritando por cada poro. Nem parecia o homem que me segurava com tanta delicadeza, como se eu fosse de vidro, minutos atrás.
— Agradeço. Gostaria de seguir com o roteiro.
O homem apenas assentiu e nos conduziu até o elevador. Subimos alguns andares e, quando a porta se abriu…
Deus do céu.
Eu ia precisar de oxigênio, porque até de respirar eu esqueci.
A visão era linda. Janelas enormes nos davam uma vista perfeita da cidade. Uma mesa arrumada para dois, candelabros que brilhavam tanto que quase ofuscavam a visão.
Assim que sentamos, começaram a nos servir, e havia tudo exatamente como eu gostava. A cada prato, um suspiro. E Alexander apenas me olhava… e só o olhar dele já destruiria a minha calcinha, se eu estivesse usando uma.
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