Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 65

Evelyn

Ainda sentia meu corpo tremer; tudo era tão surreal. Alex aparecer no exato momento em que aqueles homens surgiram... E se ele não tivesse chegado?

Minha mente não conseguia conectar um pensamento concreto; tudo pipocava de formas aleatórias. A aparição de Victória, minha conversa com Tom, esses homens surgindo, e pior, provavelmente pelo mesmo motivo que o senhor Schmidt: por algo que eu não faço ideia do que seja.

Algo que Brandon me deixou... como prova do seu amor inexistente por mim. Porque, se ele realmente tivesse me amado, nem que fosse por uma fração de segundo, não teria me deixado nessa confusão. Teria me protegido. Teria me poupado de tudo isso.

Comecei a sentir meu corpo tremer novamente, minha respiração falhar.

Oh, Deus... Eu só queria ser forte. Mas eu não sou.

Brandon me achava fraca, e logo Alexander vai perceber isso também. Vai me abandonar. Vai se cansar de viver me protegendo. Vai perceber o problema que eu sou.

Por que minha vida é assim?

Por que tudo isso acontece comigo?

Quando isso vai acabar?

Quando vou conseguir me livrar da confusão em que Brandon me colocou?

Quando vou deixar de ser essa bagunça que eu sou?

Eu já não conseguia respirar mais; o ar havia ido embora dos meus pulmões. Eu não enxergava nada pelas lágrimas ainda presas, pois me recusava a chorar. Mais uma vez.

Essa dor, essa confusão... Elas sempre voltavam. Sempre me faziam chorar.

De novo, de novo... e de novo.

Não tinha notado que o carro havia parado, muito menos que já estávamos na garagem da cobertura.

Alexander tinha soltado meu cinto, me colocado em seu colo, me abraçava apertado e beijava o topo da minha cabeça, provavelmente tentando me tirar da minha própria cabeça e me trazer de volta à realidade.

E deu certo!

— Amor, fala comigo. — A voz dele era firme, como sempre; nunca vacilava.

Levantei o rosto e, dessa vez, deixei as lágrimas caírem.

— Me desculpe... Eu tento controlar, mas... — minha voz falhou.E ele não me deixou terminar.

Como sempre fazia, ele me calou com um dos seus beijos, daqueles que não apenas me traziam de volta para a realidade, mas me acalmavam, me faziam se sentir viva. Me faziam me sentir dele.

Quando nos separamos, ele segurou meu rosto em suas mãos.

— Não se desculpe por mostrar seus sentimentos. — Ele passou o nariz pelo meu rosto, me fazendo fechar os olhos e suspirar com a carícia. — Preciso te confessar uma coisa: o medo que senti hoje, de não conseguir te proteger, de algo como o que aconteceu com Schmidt se repetir... Se eu não tivesse que acabar com a raça daqueles filhos da puta, eu teria tido a mesma reação que você, amor. — Ele beijou meus lábios. — Porque só de imaginar passar por tudo aquilo de novo, me tira do sério. Me dá vontade de te colocar numa caixinha onde ninguém pudesse te tocar. Só eu.

Ah, esse homem...