Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 66

Alexander

Ela não fazia ideia.

Não tinha noção da força que carregava dentro do seu corpo frágil.

Ou do caos que causava dentro de mim.

Enquanto ainda a segurava nos braços, sentia sua respiração se acalmar contra o meu peito, seu cheiro suave impregnando cada parte do meu ser.

Mas nosso momento foi interrompido quando meu celular tocou.

Olhei para o visor: era Jackson.

— Jack.

— Alex, o problema no parque foi resolvido. Mas surgiu um ainda maior.

Desci os olhos para Evie. Ela havia adormecido. Seu rosto ainda estava marcado pelas lágrimas secas. Suspirei antes de responder:

— Estarei em casa em um minuto. Vou acomodar Evelyn, me trocar e sigo para a empresa.

Jackson assentiu, dizendo que iria ao encontro de Benjamin, Thomas e Morales.

Com certa dificuldade, saí do carro com Evelyn ainda nos braços e segui para o elevador.

Assim que entramos na cobertura, Amélia veio ao nosso encontro.

— Santo Deus, meu garoto... Vocês estão feridos? — ela se aproximou com o olhar preocupado.

Olhei para minha camisa suja de sangue. Só então me lembrei do corte na sobrancelha.

— Estou bem. Foi só um arranhão. Evie está esgotada... Vou levá-la para o quarto.

Ela nos acompanhou até a porta, a abriu para mim, e logo em seguida se retirou.

Deitei Evelyn com cuidado. Ela ainda estava agarrada à minha camisa.

Com delicadeza, soltei seus dedos do tecido e a acomodei em nossa cama.

Fui até o closet, peguei uma roupa e segui para o banheiro. Precisava de um banho, roupas limpas e um curativo.

Enquanto a água caía sobre mim, minha mente voltava para Evelyn.

A lembrança de sua dor, das lágrimas que ela derramou...

Apoiei o antebraço na parede do box, a água escorrendo pela minha cabeça, pela nuca.

E então, um sentimento me tomou.

Uma promessa silenciosa.

Nunca mais.

Nunca mais ela passaria por isso sozinha.

Nunca mais se sentiria fraca, pequena, perdida.

Eu seria o chão sob seus pés quando ela caísse.

Seria a espada nas suas guerras.

O fogo que queimaria quem ousasse tocá-la de novo.

Porque Evelyn não era apenas uma mulher para mim.

Ela era o motivo que eu nem sabia que estava procurando.

Era a cura em que eu nunca ousei acreditar.

Ela era tudo.

A beleza pura.

A vulnerabilidade mais linda e cruel que eu já conheci.

E agora... era minha.

Minha para proteger.

Minha para cuidar.

Minha para amar. Mesmo que ela ainda não acreditasse nisso.

Preso nas minhas promessas e convicções, não percebi que ela se aproximava.

Nem ouvi a porta do box se abrir.

Quando me dei conta... ela já estava ali.

Com os braços envoltos na minha cintura, as mãos acariciando meu abdômen.

Coloquei minhas mãos sobre as dela, a água ainda caindo sobre nós.

Senti quando seus lábios tocaram minhas costas, descendo devagar em beijos suaves.

Eram toques que iam além do prazer, que falavam de algo mais profundo, mais íntimo.

Me virei, ficando de frente para ela.

Suas mãos continuavam explorando meu corpo, os dedos deslizando pelas tatuagens, descendo pelo abdômen.

Ela não me olhava nos olhos.

Era como se quisesse decorar cada centímetro meu, absorver tudo em silêncio.

Envolvi sua nuca com uma das mãos e a puxei para um beijo.

Não era um beijo qualquer.

Era um daqueles beijos cheios de desejo, que bagunçam tudo por dentro, que acendem o que há de mais feroz e primitivo em nós.

Senti a mão dela descendo até o meu membro, que já estava pronto, pulsando por ela.

Mas sabia que ela não estava.

Tinha acabado de sair de mais um dos seus surtos.

Segurei seu pulso com firmeza, não para machucá-la, mas para trazê-la de volta.

Disse com os lábios ainda colados nos dela:

— Tá tudo bem, amor. Você não precisa fazer isso.

Ela se afastou de mim de forma abrupta.

Vi a dor nos seus olhos, o rubor subindo do pescoço às bochechas.

— Desculpa… — sussurrou, caminhando em direção à porta do box.

— Evie. — A chamei antes que saísse.

Ela não me olhou.

E eu me lembrei... da nossa primeira vez.

Do gatilho que a derrubou depois.

Ela me queria naquele dia, eu sabia, mas algo a prendia nas palavras não ditas.

A puxei para mim.

Encontrei sua boca com a minha.

Mas dessa vez, meu beijo não foi lento.

Não foi gentil.

Foi voraz.

Eu a devorava, e ela gostava.

Seus gemidos preencheram o ambiente, me enlouquecendo.

Afastei meus lábios dos dela e comecei a explorar seu corpo.

Beijei seu pescoço, desci pelo colo até alcançar seus seios.

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