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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 73

Alexander

Por um momento, achei que tinha estragado tudo. Que, dessa vez, Evelyn me veria como um cretino maldito. Como Brandon.

Mas ela me ouviu.

Sem me julgar.

Ninguém sabia da minha história — só aqueles que cresceram comigo. Nunca confiei em alguém o bastante pra me abrir daquele jeito.

E já tinha aceitado que viveria sozinho pro resto da vida.

Sem vínculos.

Sem esposa.

Sem filhos.

Essa ideia já estava enraizada em mim.

Até ela aparecer.

Evelyn não virou só a minha cabeça de ponta-cabeça. Ela virou o meu mundo inteiro.

Hoje, conheci um pouco mais dos sentimentos dela. Consegui entender algumas das suas motivações.

Mas o que mais marcou o meu dia… foi ela me acolher.

Depois de desabar, permaneci em seus braços. Ela, ajoelhada à minha frente.

E eu, completamente rendido.

— Obrigado… e, de verdade, me perdoa — sussurrei em seu ouvido.

Nos separamos, e seus olhos encontraram os meus. Travei diante da intensidade com que me olhava.

— Eu disse que meu coração já tinha te perdoado — ela passou a mão no meu rosto, com delicadeza.

— E ainda está disposta a ficar comigo? — perguntei.

Evelyn saiu do chão e se sentou no meu colo. Envolveu os braços ao redor do meu pescoço e começou a passar as unhas suavemente na minha nuca, uma carícia que arrepiava até a minha alma.

— Seu medo… é o meu medo, senhor Sterling.

Olhei para ela, confuso. Evelyn roçou o nariz no meu rosto, e fechei os olhos, me permitindo sentir aquele carinho.

Então, ela disse:

— Não quero te perder, Alex. Nem agora. Nem nunca.

Abri os olhos e a encarei por alguns segundos antes de beijá-la. Um beijo que refletia nossa cumplicidade, nosso amor… e o desejo de estarmos juntos para sempre.

Com ela ainda no meu colo, me levantei e caminhei até a cama.

Deitei-a com cuidado, ficando por cima dela. Apoiei meus braços ao lado do seu rosto e deixei que minhas mãos acariciassem seus cabelos, enquanto meus olhos continuavam presos aos dela.

— Eu te amo — sussurrei.

Ela levou uma das mãos ao meu rosto e, sem desviar os olhos de mim, respondeu:

— Também te amo.

Então, me puxou para um beijo. Um beijo que começou lento, carinhoso… mas logo ganhou a intensidade que ela tanto gostava.

Seu beijo foi ficando mais profundo, mais urgente. E eu me entreguei, sem medo. Porque eu sabia que ela ia ficar.

Abaixo de mim, Evelyn suspirava entre um beijo e outro, e suas mãos deslizavam pelo meu corpo como se me memorizasse. E talvez fosse isso mesmo… uma despedida do passado. Um recomeço silencioso.

Ou melhor…

Nosso começo.

Ela arqueou o corpo, buscando mais de mim, e aquele gesto, simples e instintivo, foi mais poderoso do que qualquer palavra. Seus olhos diziam tudo. Estavam úmidos, entregues.

Havia um brilho ali… que parecia me implorar para não ir embora nunca mais.

— Você é tudo pra mim — murmurei contra sua boca.

Senti sua respiração prender por um segundo. Ela apertou minha nuca com uma das mãos, como se precisasse de mim ainda mais perto.

Quando nossas roupas foram se perdendo entre os lençóis, não houve pressa. Cada toque era uma promessa. Cada beijo, um lembrete de que o que tínhamos era mais do que carne… era alma.

A pele dela era quente e suave sob minhas mãos, e sua respiração acelerava cada vez que eu explorava um novo caminho. Evelyn fechava os olhos e mordia o lábio, tentando conter os sons que escapavam involuntariamente.

Mas eu ouvia… cada suspiro, cada gemido contido, cada tremor.

Ela era poesia viva.

E, naquele momento, eu a li com o corpo inteiro.

Quando finalmente me uni a ela, Evelyn prendeu a respiração. E então, soltou um suspiro quebrado que me fez perder o controle por um instante.

— Olha pra mim — pedi, com a voz rouca, colando minha testa à dela. — Quero olhar pra você enquanto se perde em mim.

Ela abriu os olhos. E os manteve em mim, como pedi.

O ritmo entre nós foi crescendo aos poucos, guiado pelo que sentíamos, não por impulso. O quarto parecia respirar conosco.

Evelyn envolveu minha cintura com as pernas, me puxando mais. Seus olhos se encheram d’água, mas ela sorriu…

E foi naquele instante que eu percebi: ela estava inteira ali.

Corpo, alma, coração.

E eu também.

Fizemos amor como quem reencontra o lar. Como quem sabe que, depois de tanto caos, dor e medo… finalmente encontrou paz.

Nos perdemos um no outro.

E, quando o fim chegou, silencioso e arrebatador, nos abraçamos como se o mundo lá fora não existisse.

Porque, naquele instante, só existia nós dois.

— No que está pensando? — Evie perguntou, me tirando dos meus devaneios.

Evelyn estava sentada no sofá, alheia, aguardando enquanto Jack e eu arrumávamos as armas que levaríamos.

Jordan entrou na sala, com uma mochila e um laptop nas mãos. Sem dizer nada, se sentou ao lado de Evelyn, que se aproximou, sussurrando algo no ouvido dela, fazendo a menina corar.

— Bem, estamos prontos, chefe — disse Jack. Peguei minha maleta. Evie e Jordan se levantaram.

— Vamos. Jordan, você vem comigo — falei, indo em direção ao elevador.

— Eu vou com o Jack — ela retrucou, me fazendo virar para encará-la.

— Eu disse que você vem comigo — lancei um olhar duro para ela. Mas a garota não abaixava pra ninguém, muito menos pra mim.

— Cara, qual o seu problema? — Jack chamou minha atenção.

Levei os olhos até ele, mas antes que eu pudesse responder, senti pequenas mãos nas minhas. Olhei para Evie, que me encarava com aqueles olhos que sempre me hipnotizavam.

— Amor, é melhor assim — ela se virou para Jordan. — Te encontro em casa em algumas horas.

Vi quando piscou para Jordan, e aquilo me irritou.

Evie já tinha percebido o mesmo que eu.

Ela não tinha que incentivar…

Pelo contrário, devia era colocar juízo na cabeça da menina.

Como combinado, saímos na frente.

Fui da cobertura até o subsolo calado.

Evie não soltou minha mão, mas também não disse nada.

Ela já me conhecia bem demais… e sabia o quanto eu odiava ser contrariado. Principalmente por ela.

Quando chegamos no carro, ela se ajeitou e colocou o cinto.

Se virou pra mim e puxou minha camisa, me fazendo dividir o mesmo ar que ela.

— Sabia que acho sexy quando você fica todo nervosinho assim?

Sorri pra ela e disse:

— O que eu faço com você, senhorita Parker?

— Tenho algumas ideias. E, em todas elas… estamos nus — respondeu, me fazendo gargalhar.

Eu nunca tinha vivido um relacionamento…

Mas gostava do que Evelyn me proporcionava. Seus toques, suas conversas, suas brincadeiras. Até suas provocações.

Somos dois quebrados, dispostos a consertar um ao outro.

Juntos.

De corpo e alma.

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