Alexander
A história de Jordan ainda estava viva em nossas mentes.
Minha discussão com Jackson não começou bem, mas terminou com a lembrança da nossa promessa de treze anos atrás:
“Cuidar delas. Pro resto da vida.”
E era exatamente isso que eu faria.
Quando Jordan e Evelyn apareceram, Jack não conseguiu se controlar.
Mesmo não gostando dele, deixar a emoção tomar conta, ainda mais em missão.
Eu não o questionei.
Eu o treinei pra inibir sentimentos.
Mas não cobraria isso dele.
Não hoje.
Ele saiu.
E, claro, Jordan foi atrás.
Me sentei no sofá, encostei a cabeça no encosto e fechei os olhos por alguns segundos.
Até sentir minha garota sentar no meu colo.
— Quer me falar sobre esse sentimento que está te sufocando? — disse ela, envolvendo meu pescoço e beijando meus lábios.
Sorri com suas palavras, abri os olhos e encontrei os dela.
— Precisamos encontrar esse cofre, amor. Tem muito mais que um mapa pro dinheiro, que os os homens do Brandon querem. Não são só os esquemas dele que estão lá — suspirei, a abraçando.
Enterrei o rosto em seus cabelos.
— Brandon guardou o nosso passado lá.
Estava agarrado nela, recebndo suas caricias. E esperando Jack e Jordan retornarem…
Quando senti.
Eu Não vi.
Eu Senti.
O ar mudou.
O silêncio ficou denso.
Algo não batia.
Me separei da Evelyn, puxei a cortina atrás de mim.
Dois homens atravessavam a rua.
Um terceiro estava do lado de cá. Estático.
Procurei por Jackson e Jordan.
Nada.
Tirei Evelyn do meu colo. Ela me olhou confusa, já percebendo a mudança no meu comportamento.
Me levantei e fui até a janela.
— Evie. Tranca a porta. Agora. — minha voz saiu firme. Seca.
E ela fez exatamente o que mandei.
Foi então que vi Jackson.
Estava com Jordan.
Vi quando ele jogou o braço por sobre os ombros dela e sussurrou algo.
Sabia exatamente o que ele devia ter dito.
Mandei Evelyn ficar dentro de casa e saí, indo ao encontro deles.
— Corre! — Jackson gritou para Jordan.
Mas ela...
Desobedeceu.
Se soltou dele e correu em direção ao homem que vinha pelo caminho.
Antes que ele pudesse reagir, ela o agarrou pela camisa e o usou como escudo humano.
E, com um chute certeiro no meio das pernas, o homem dobrou de dor, mas não caiu.
Sorri. Marrenta até o fim.
Mas não era hora de se orgulhar.
— MERDA, JORDAN! — ouvi Jackson gritar.
Corri em direção a ela, arma levantada.
Atirei no homem. Ele caiu.
Jackson disparou duas vezes, espantando os dois que atravessavam a rua.
Foi quando ouvi.
O ronco das motos.
Duas.
Quatro homens.
Eles começaram a atirar.
Me joguei sobre Jordan, protegendo seu corpo com o meu.
Vi Jackson ser atingido. Ele cambaleou, mas conseguiu se abaixar.
— JACK! — gritei, mas ele não respondeu.
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