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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 95

Evelyn

Achei que não havia mais espaço dentro de mim para as crueldades do Brandon.

Depois de tudo o que ouvi do Alexander…

Achei que as coisas acabariam ali.

Mas não.

Ele ainda conseguiu ir além.

Forjar a morte da Jordan.

Fazer com que ela se sentisse esquecida…

Quando, na verdade, foi ele quem a arrancou de sua família.

Minha mente só conseguia ir até ela.

Minha menina.

A Jordan.

O amor que nasceu entre mim e a Jordan…

É tão forte quanto o que tenho pelo Alexander.

É eterno. Inquebrável.

Alex e eu estávamos na sala, aguardando o retorno dela com o Jackson.

Ele não conseguia conter a ansiedade.

Nunca o vi daquele jeito.

Até que o telefone dele tocou.

E sua expressão escureceu na mesma hora.

Tinha preocupação…

Mas também tinha medo.

Assim que encerrou a ligação, já chamou o médico.

E então me disse rapidamente o que havia acontecido.

Jackson chegou com a Jordan nos braços.

E a disputa de macho alfa me irritou.

Dois desesperados querendo proteger a mesma garota… brigando por quem a carregava.

Interrompi aquilo, e seguimos para o quarto.

O médico a examinou, nos explicou tudo.

E então…

Minha menina acordou.

Mas o alívio durou pouco.

Os olhos dela se abriram…

E imediatamente se encheram de mágoa.

Ela olhou para Jackson.

Depois para Alexander.

E então virou o rosto, sem dizer uma palavra.

— Marretinha… — disse Jackson, que estava sentado ao seu lado.

— Sai. — a voz dela saiu fraca, mas firme.

Ele travou.

Levantou da cama num pulo.

Alexander avançou um pouco, ignorando o aviso.

— Jordan… por favor. Só me deixa explicar…

— Sai você também. — ela disse, sem olhar.

Meu coração apertou.

Vi o choque nos olhos dos dois.

— Amor, por favor… — Jackson tentou mais uma vez.

Jordan olhou para ele.

Seu olhar estava firme.

Mas, no fundo, havia dor.

— Não me chame assim. — Jackson deu dois passos para trás, o sofrimento estampado no rosto.

— Ela acabou de acordar, está abalada. — tentei amenizar.

— Ela precisa entender que não foi por mal, que a gente… — Jackson insistiu.

— Jackson, saia. Vou conversar com ela. — Alexander pediu, mantendo a calma.

Ele olhou para Alexander, incrédulo.

— Ela disse para sairmos os dois. Então saia também! — retrucou, com raiva.

— Eu sou irmão dela. — Alexander disse, com autoridade.

— E eu, o namorado! — Jack respondeu, irritado.

— CHEGA! — minha voz cortou o ar com firmeza.

— Saiam os dois. Agora.

Eles me encararam como se eu tivesse perdido o juízo.

Mas estavam prestes a perder o coração da minha menina.

E isso… eu não ia permitir.

— Vocês dois acham que ela não tem o direito de estar magoada?

Acham mesmo que não doeu saber que tudo foi escondido?

Que ela não pode processar isso no tempo dela?

Eles se calaram.

— Alexander, você teve anos pra viver essa dor.

Jack, você desconfiou desde o começo e engoliu calado.

Mas ela?

Ela foi roubada da própria vida.

E acabou de lembrar disso.

Jackson desviou o olhar.

Alexander passou a mão pelos cabelos, frustrado.

— Agora saiam.

Ela pediu pra ficarem longe.

E vocês vão respeitar.

Ficaram mais alguns segundos em silêncio.

Mas, aos poucos, ambos recuaram.

Jackson foi o primeiro a sair.

Alex hesitou… mas acatou minha ordem.

E então… o quarto ficou em silêncio.

Me aproximei da cama com calma.

Ela ainda não me olhava.

Me sentei na beirada, devagar.

E com a voz mais suave que consegui encontrar dentro de mim, perguntei:

— E eu?

Você me quer aqui?

Os olhos dela finalmente encontraram os meus.

Havia dor ali.

Confusão.

Medo.

Mas… também havia algo mais.

Amor.

Ela assentiu com a cabeça.

Achei que fosse só a fama dele.

Ou aquele jeito prepotente e mandão.

Eu sorri.

— Ele faz esse efeito mesmo.

Ela sorriu também. De verdade, dessa vez.

— Com o Jackson foi a mesma coisa.

Mas eu pensava que era só eu me apaixonando por ele.

— E ela ainda está aí? A paixão?

— Sim — respondeu sem hesitar. — Tô magoada, mas eu amo ele.

Um sorriso quis brincar em seus lábios, e algo brilhou em seus olhos.

— Tudo é confuso desde o começo, eu não conseguia me encontrar. — Ela respirou fundo e continuou.

— Mas aí teve você.

— Eu? — repeti, surpresa.

— Você me olhou de um jeito que ninguém nunca tinha olhado.

Não de pena.

Não de julgamento.

Você me olhou como quem queria me ver por dentro.

Engoli o nó na garganta.

— Porque eu vi.

Desde o começo… eu vi a menina por trás da dor.

— Eu não queria me apegar.

— E se apegou. — completei.

Ela assentiu, uma lágrima escorrendo.

— Eu também.

Você virou meu lar quando tudo ainda era escombro.

Ela apertou minha mão com força.

— E agora? — perguntou num sussurro.

— Agora a gente reconstrói. Juntas.

Um pedaço por vez.

E, se algum dia tudo desabar de novo…

Eu vou estar aqui.

Sempre.

Ela fechou os olhos por um instante.

E, quando os abriu, eram outros olhos.

Ainda cansados, ainda machucados…

Mas com o brilho de quem quer viver.

Me levantei, ajeitei o travesseiro atrás dela com delicadeza e beijei sua testa.

— Descansa.

— Você vai sair? — ela perguntou, com a voz frágil.

— Vou só até o corredor.

Mas… se você me quiser aqui…

— Eu quero.

Sorri, emocionada.

— Então vou ficar.

Me sentei novamente ao seu lado, a abracei de lado.

Dei um beijo em seus cabelos, e ela se reclinou mais em mim.

— Porque… vou sempre estar aqui pra você.

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