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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 97

Jackson

Evie me convenceu a esperar na sala, porque a conversa deles podia demorar.

Eu aceitei, mas minha mente só conseguia pensar nela.

Se iria me perdoar... ou me rejeitar.

Meu coração estava apertado.

Evelyn e Amélia conversavam, enquanto eu só encarava o corredor, esperando Alexander aparecer.

Se ela o perdoasse… talvez também me perdoasse.

Os dois surgiram abraçados.

Eu estava sentado, mas levantei num pulo.

Ela não me olhou.

Seu olhar foi direto para Amélia.

Sem dizer nada, se soltou do Alex e caminhou até a mulher, que já chorava, e a abraçou forte.

— Obrigada, Amélia. Por ter cuidado de mim depois que minha mãe morreu.

Se afastou apenas o suficiente para encará-la.

— E por sempre fazer minha torta de maçã.

Todos riram.

Quer dizer… exceto eu.

Que estava com o coração na mão.

Evelyn foi até elas, abraçando-as de lado.

— E seu irmão fez questão que tivesse torta de maçã com sorvete de baunilha pra comemorar seu retorno oficial.

Jordan sorriu.

E foi aí que seus olhos encontraram os meus.

Cara… o jeito que ela me olhou me fez engolir seco.

Ela caminhou até mim. Todos observavam.

Quando parou na minha frente, eu não sabia o que dizer.

Então deixei sair a única coisa que me veio à cabeça:

— Como você tá se sentindo, marrenta?

Antes que ela respondesse, a voz da Evie ecoou pela sala:

— Eu adoraria um pedaço da torta da Jo. Vem, amor, vamos comer.

Ela esticou a mão para Alexander.

Amélia, que já tinha entendido o recado, comentou algo e saiu.

— Quero esperar a Jo — disse Alex.

Evelyn foi até ele, pegou sua mão e começou a puxá-lo.

— E vamos esperar… lá na mesa.

Alexander relutou, resmungou, mas cedeu.

Ele sempre cedia à Evie.

Assim que todos saíram e só restamos nós dois, peguei sua mão.

Ela não recuou.

E só isso já me deu um certo alívio.

— Você não respondeu — minha voz saiu num sussurro.

— Estou me sentindo bem.

As lembranças vieram todas de uma vez.

Foi como um filme… só que em ritmo acelerado.

— Você lembra de tudo agora?

Ela assentiu.

— Até de mim?

— Principalmente de você.

— E o que isso quer dizer? — perguntei, sentindo o coração acelerar.

— Posso te fazer uma pergunta? — Ela desviou, ao invés de responder.

Assenti.

Mas confesso… tive medo.

De não saber o que viria.

Ou de não conseguir responder como ela espera.

— Quando você se aproximou de mim… foi por eu lembrar a Sophia?

Olhei pra ela, confuso.

— O Alex disse que eu já trazia algo familiar. Foi assim com você também?

— Eu comecei a notar a semelhança com o tempo, conforme fomos convivendo.

Mas não foi isso que me atraiu em você.

Até porque… você tinha oito anos quando sumiu.

Eu te via como minha irmãzinha.

Ela arqueou uma sobrancelha pra mim.

Passei a mão no cabelo, tentando me acalmar e encontrar as palavras certas.

— Olha, Jo…

Eu sempre amei a Sophia.

Ela era minha pequena.

Eu a vi nascer, crescer… cuidei dela até o dia em que foi tirada de nós.

Criei coragem.

Envolvi um dos braços em sua cintura, puxando-a pra mim.

— Mas foi por você que eu me apaixonei.

Pela Jordan.

Não pela lembrança da criança que você foi. — Envolvi também o outro braço, colando nossos corpos.

— Pela minha marrenta… que nunca abaixa a guarda e sempre tem uma resposta.

E era.

Minha língua invadiu sua boca com fome, não pedindo permissão — exigindo.

Ela soltou um gemido baixo, e minhas mãos apertaram ainda mais sua cintura.

Desci uma delas até suas costas, a outra subiu para seu cabelo, inclinando sua cabeça no ângulo exato que eu precisava.

Eu queria mais.

Queria tudo.

Ela tentou respirar — e eu a segurei com ainda mais força, aprofundando o beijo, como se com isso pudesse mostrar o quanto eu sou louco por ela.

Louco.

Viciado.

Perdidamente rendido.

A boca dela se abriu por completo, e nossa língua dançava como se já se conhecessem há vidas.

Minhas mãos não paravam, o corpo dela tremia, e eu sentia: estava deixando ela de perna mole.

E se ela desabasse, eu a seguraria.

Porque era isso o que eu queria.

Deixá-la sem fôlego.

Sem resistência.

Sem dúvida.

Quando finalmente me afastei, sua respiração estava descompassada, os olhos semicerrados e a boca entreaberta, ainda sentindo o gosto da minha.

Me aproximei de novo, encostando minha testa na dela.

— Agora você sabe — sussurrei contra seus lábios.

— Que eu sou completamente louco por você.

— Nunca vai ter outra, amor — dei um beijo suave em seus lábios.

— Só você.

Ela suspirou, como se estivesse absorvendo minhas palavras.

Mas nosso momento foi interrompido por Alexander.

— Espero que tenham acabado aí — disse, no tom habitual.

— Porque temos um problema.

Os olhos dele encontraram os meus.

Foi naquele olhar que eu soube.

Era sobre o Brandon.

Sobre ela.

Sobre esse maldito que a quer.

Mas ele pode vir com tudo o que tiver.

Porque dessa vez…

Ninguém a tira de mim.

Nunca mais vão tirá-la de mim.

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