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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 98

Alexander

Estava feliz por ter minha irmã de volta.

Mais feliz ainda por ela ser a Jordan.

Alguém que me cativou desde o primeiro instante.

Mas não podia esquecer dos problemas que nos rondavam.

Eu precisava destruir os esquemas do Brandon.

Fui contratado pra isso.

Tinha que afastar qualquer suspeita de que a Evelyn tivesse ligação com aquela chave de cofre.

E, principalmente, encontrar o desgraçado que quer minha irmã a qualquer custo.

— Pode me dizer exatamente o que está acontecendo? — a pergunta veio do Jackson.

— Chen me ligou. E não tem jeito. Precisamos ir para a Espanha.

— Preciso contar uma coisa pra vocês antes. — Jordan chamou nossa atenção.

Olhei para ela, sentindo o estômago virar com o que viria…

Mas, ao mesmo tempo, já sabia do que se tratava.

— Não tem imagens do dia que o Brandon “morreu”. Nem das ruas, nem do ambulatório.

Os arquivos foram corrompidos.

Mas… eu os copiei mesmo assim.

— E o que você pode fazer com arquivos assim? — Jack perguntou, cético.

— Acredita em mim: muita coisa. Até mesmo descobrir o IP de quem fez isso.

— E do que você precisa pra tentar? — perguntei.

— De um bom computador, internet… e tempo.

— Podemos ir até a Sterling. Você trabalha de lá. — Jackson sugeriu. Eu concordei.

Mas minha irmã… não.

— Lá é impossível.

Eu não contei a vocês, mas… encontrei um pendrive no quarto dos pais da Evie.

E ele era do Brandon.

Minha irmã respirou fundo.

Como se as próximas palavras fossem as mais difíceis de dizer.

— Nele tem detalhes sobre a morte dos pais da Evelyn.

Além de… um esquema bem detalhado de como forjar a própria morte.

— O que isso significa, amor? — Jack perguntou, a voz tensa.

— Que o Brandon…

Pode estar vivo.

A sala pareceu pequena demais para conter aquele impacto.

Mas o que aconteceu logo atrás de mim…

Foi o que me destruiu.

O barulho de algo quebrando.

E, logo em seguida…

Evie indo ao chão.

— Evie! — Jordan gritou, correndo até ela ao mesmo tempo que eu.

Me agachei ao seu lado, levantando seu rosto com cuidado.

Notei o sangue em seu braço — ela havia caído sobre os cacos do copo.

A peguei no colo no mesmo instante. Amélia veio até nós, assustada.

— Alex, o que aconteceu?

— Ela desmaiou, Amélia. Por favor, liga pro Augusto. Pede pra ele voltar.

Ela assentiu e correu.

Com Evelyn em meus braços, caminhei até o quarto. Jordan e Jack vinham logo atrás.

Minha irmã abriu a porta. Fui até a cama e coloquei Evie com cuidado sobre o colchão.

Sentei ao lado dela, e percebi que minha mão… tremia.

Ela ouviu.

Ela ouviu sobre o Brandon.

Mas por que desmaiou? Medo? Ou havia outro motivo?

— Alex — minha irmã me chamou — o braço dela tá sangrando. Melhor colocar alguma coisa até o médico chegar.

— Tem um kit no closet. Primeira prateleira.

Ela foi buscar.

Segurei a mão da Evelyn e a beijei várias vezes. Com a outra, acariciei seu rosto.

— Ei, querida… — chamei suavemente.

Ela abriu os olhos, me encarando com confusão. Tentou se levantar, mas não deixei.

— O que houve?

— Você desmaiou.

Ela bufou, frustrada.

— Está se sentindo melhor? Já mandei o Augusto voltar.

Ela olhou o braço, irritada:

— Ótimo. Ainda me machuquei.

Jordan voltou com o kit e me ajudou a fazer o curativo.

Ela e eu éramos bons nisso. Não nos abalávamos com sangue.

— Alex, o Ben está aqui — Amélia anunciou da porta.

Droga.

Tinha pedido pra ele vir e me esqueci completamente. A viagem à Espanha precisava ser organizada.

— Pode ir, amor. A Amélia fica aqui comigo — Evelyn acariciou minha mão.

Queria dizer não. Ficar até o médico chegar.

Mas se o Brandon estava mesmo vivo, eu precisava ir atrás disso.

Já tinha feito merda demais pelas minhas costas.

Se ele estiver mesmo respirando…

Vou ter o prazer de mandar esse maldito direto pro inferno com as minhas próprias mãos.

— Assim que o Augusto chegar, eu volto.

Ela assentiu. Dei um beijo nela e falei com a minha irmã:

— Você vem comigo.

Ela acenou, sem questionar.

— Amélia, qualquer coisa, me chame.

Os olhos de Jackson a fulminaram.

E os meus... refletiam orgulho.

Minha irmã sabia se impor.

— Segundo: a gente tá junto há dois dias. Antes disso, com quem eu falava não era da sua conta.

Ou quer que eu mencione as mensagens que você recebia?

Ela arqueou a sobrancelha pra ele.

É… meu amigo estava em sérios apuros.

— Vamos voltar ao assunto principal — ela continuou.

— Não é minha amizade com o Hugo… e sim o pendrive do Brandon.

Jackson não respondeu. Apenas caminhou até o aparador e se serviu de uma bebida.

— Hugo me contou que, quando o Brandon foi embora, levou o pendrive com ele.

Mas ele havia instalado um rastreador. Assim que o pendrive fosse conectado, ele ativaria o rastreador. E uma vez ativado…

— Mesmo sem estar conectado a um computador? — Benjamin perguntou, surpreso.

— Como eu disse... o Hugo é um gênio.

— Então ele te contou que o pendrive estava na casa da Evelyn?

Ela assentiu.

— Foi por isso que quis ir com vocês.

Também queria as imagens, claro. Brandon é previsível. Imaginei onde teria escondido — e acertei de primeira.

A senha também foi fácil.

— Você já sabia? — perguntei.

— Não.

Deduzi.

E acertei.

Notei um leve desconforto nela.

Como se não quisesse me contar como descobriu.

— Posso saber qual era? — questionei, seco.

Sem hesitar, ela respondeu:

— A data de nascimento da Evelyn.

Aquilo foi como um soco no estômago.

Ele realmente a amava.

Fez de tudo pra mostrar o contrário.

Mas ele amava.

E não sei dizer por que... mas isso me incomodou.

Espero, de verdade, que ele esteja morto.

Porque se estiver vivo…

E tentar se aproximar da minha mulher…

Vou fazer o que devia ter feito há oito anos.

Vou arrancar sua alma do corpo…

E fazê-lo implorar pelo descanso eterno.

Dessa vez, não vai ter misericórdia. Nem erro. Nem perdão.

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