Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 99

Alexander

Ainda estava atordoado com a ideia de que Brandon pudesse estar vivo — e, pior, que ele ainda quisesse a Evelyn. Mas minha irmã... ainda tinha mais a dizer.

— Vamos recapitular — começou Benjamin.

— Você descobriu o pendrive, desbloqueou, acessou tudo… e encontrou os esquemas dele.

Ela assentiu.

— Então é certo dizer que ele está vivo? — Ben perguntou.

Fechei as mãos em punho ao lado do corpo.

— O esquema era forjar a própria morte… e fugir com a Evie.

Aquilo foi a gota d’água.

— O que você acabou de dizer? — minha voz saiu como uma lâmina.

— Ele planejava forjar a morte dos dois.

Mas, ao que tudo indica, foi traído antes disso.

Ela ajeitou o cabelo e cravou os olhos nos meus, antes de continuar:

— Hugo acredita nisso. Que Brandon foi traído. Que mudou o plano inicial, mas ainda está vivo. Ele era cretino demais pra morrer tão fácil.

Ela deu um sorriso debochado.

— Na porta de casa? Com um tiro certeiro, à queima-roupa? Quem em sã consciência acreditaria que um demônio como ele morreria assim, de forma tão conveniente?

— Vocês acham mesmo que alguém como ele morreria sem nem se defender?

Jackson e eu nos entreolhamos.

O que Jordan dizia fazia sentido.

E era isso que mais me irritava.

— Vamos lá, pequena. Preciso de mais informações pra trabalhar — Benjamin insistiu.

— Quando vocês me conheceram, comentaram sobre alguém ter entrado na sua empresa, certo? — ela me perguntou.

Assenti.

— Alex, sinto muito. Mas tem alguém lá dentro da Sterling.

Não tenho dúvidas.

E estou começando a acreditar que o próprio Brandon foi até lá buscar os documentos.

Ou os dele estavam perdidos… ou ainda estão no cofre.

— Amor, isso é impossível — Jackson, até então calado, interferiu.

— Precisa de identificação. Eu e o Ben sempre o chamávamos pra serviços externos, como Alex mandava. Pra vigiar. Mas nunca demos acesso à Sterling.

— Controlamos todos os acessos. Isso não faz sentido — completou Benjamin.

— Brandon tinha um cartão. — A voz da Evelyn ecoou atrás de mim.

— Evelyn? O que tá fazendo fora da cama? — fui até ela, preocupado.

— O médico avisou que não conseguiria vir. E, sinceramente? Vocês fizeram um ótimo trabalho. — Ela levantou o braço com o curativo.

— Eu vi o cartão. No dia em que Emily me levou até a empresa, eu o reconheci.

Achei normal na época... achei que era por trabalhar pra você.

A abracei de lado. E olhei para Benjamin, sentindo o sangue ferver.

— Que porra é essa?! — rosnei. — Como aquele maldito tinha acesso à minha empresa?

— Alex, eu tô tão surpreso quanto você! — ele disse, levantando as mãos em rendição.

— Ok… então vamos ter que concordar com o tal Hugo — disse Jackson.

— O maldito está mesmo vivo.

E nos fez de palhaços esse tempo todo — falou com deboche.

— Os melhores Rangers da história… levaram rasteira do pior deles.

Senti Evelyn estremecer em meus braços.

— Amor, quer ir deitar? Eu vou com você — perguntei, preocupado não só com sua saúde… mas com o que essa notícia poderia causar nela.

Evelyn vem melhorando.

Suas crises e surtos diminuíram.

Mas eu sei…

As marcas ainda estão ali.

— Eu tô bem — ela sussurrou pra mim, com um sorriso.

Mas eu vi.

Bem no fundo dos seus olhos... havia um brilho diferente. Um que não estava ali antes.

— Precisamos tentar pensar como ele, pra descobrir qual vai ser o próximo passo — Jackson disse, se aproximando da minha irmã.

Todos ficaram em silêncio.

Até que eu resolvi quebrar.

— Ele vai vir atrás da Evie.

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