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Romance Proibido romance Capítulo 15

O semblante de Okan endurece, e ele toma o uísque em um gole só, como se quisesse dissolver algo dentro de si.

—Com você? —Ele diz demonstrando surpresa novamente. Seus olhos estreitados se voltam para mim e depois para ele novamente.

—Sim, ficamos ensaiando hoje à tarde.

Kayra aproveita o momento para segurar meu braço.

— Dá uma licencinha, meu irmão. Vou levar Emily para apresentar aos tios.

— Com sua licença. — Digo com uma leve mesura antes de me afastar com Kayra.

Antes que nos distanciemos, lanço um último olhar para Okan e capto algo nos olhos dele — um brilho maquiavélico que me arrepia.

— Amiga, o que foi aquilo? — Kayra pergunta entre risos, enquanto caminhamos. — Você nem parecia a garota insegura de hoje à tarde, quando falamos sobre você tocar piano.

Dou de ombros, sorrindo.

— É verdade, eu estava insegura. Mas tocar piano é como andar de bicicleta. Assim que toquei aquelas teclas, foi como acessar um arquivo antigo na minha memória e recuperar tudo o que aprendi.

— Realmente. Você tocou superbem hoje à tarde. Meu pai vai adorar te ouvir. E, por falar nisso, sabia que o Okan também toca muito bem?

— Acredito. — Respondo, tentando parecer indiferente, mas algo no meu tom me denuncia.

Sorrio para minha amiga. Nossa amizade nunca passou dos portões da universidade, mas ela é real e tangível, uma ligação forte. Sei que Kayra gosta de mim de verdade e por isso não me arrependo de estar aqui. E nenhum irmãozinho preconceituoso destruirá isso.

Sinto o preconceito na pele quando Kayra inocentemente se aproxima comigo do casal de meia-idade. O homem me estuda com os olhos duros e a mulher me olha com um aperto de lábios.

—Tio, tia essa é Emily. Ela estuda comigo administração. Emily, esses são Osman Krishnan, irmão de meu pai e Samia Krishnan.

Eles não dizem nada apenas acenam com a cabeça para mim. O pai de Kayra, o senhor Ibraim Mustafá Krishnan, fala algo no ouvido do senhor, como se se desculpasse pela minha presença na festa. Isso me incomoda.

—O jantar está servido. — Uma empregada anuncia com uma leve mesura na sala.

O senhor Krishnan imediatamente os afasta da minha presença. Kayra olha para mim sem graça.

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