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Romance Proibido romance Capítulo 53

Eu o olho, em completo silêncio, enquanto meu coração pulsa com um misto de emoções. Okan me observa como se pudesse enxergar minha alma: o desapontamento esmagador, a dor lancinante, e o emaranhado de sentimentos que nutro por ele. Sinto como se cada escolha minha me puxasse para um abismo. O peso das minhas decisões recai sobre mim com uma intensidade quase insuportável. Como posso esperar que alguém confie em mim, se nem eu mesma consigo?

Se ele realmente gostar de mim, vai desfazer o noivado. Ele precisa escolher. Essa decisão não é minha para tomar!

— Não! A resposta é não. Quer me conhecer melhor, como diz? Termine com sua noiva e me procure.

Ele balança a cabeça, desapontado, e seus olhos brilham com algo entre dor e cansaço.

— Não posso fazer isso, Emily. O que me pede é impossível. Se eu te assumir agora, meu pai não entenderá. Nos conhecemos muito pouco. Eu estaria lutando por algo que nem sei se vai dar certo.

— Tudo bem, concordo que não nos conhecemos muito. Mas você acha justo deixá-la como uma substituta caso nossa relação não funcione?

— Eu não a iludirei, como disse. Enquanto estivermos juntos, arranjarei desculpas para não vê-la. Nesse meio tempo, nos conheceremos melhor.

— Mas se não sente nada por ela, por que continua noivo?

Ele inspira profundamente, desviando o olhar por um instante antes de responder:

— Ela é turca, de boa família. Parece ser inteligente, sensata.

Deus! Eu ouvi isso mesmo? Ele vê a outra como a parceira perfeita para um casamento, mas quer “testar” algo comigo, a imperfeita? A raiva brota em mim como um vulcão prestes a explodir. Fuzilo Okan com o olhar, e ele me encara de volta com uma expressão de confusão.

— O que foi?— seu olhar parece perguntar.

Meneio a cabeça em negativa. É demais para mim.

— Não daríamos certo, Okan. É muito claro que seus costumes estão profundamente enraizados em você.

Um pequeno músculo se contrai em seu rosto, realçando sua beleza, mesmo em meio à tensão.

— Podemos fazer isso dar certo, Emily! — Ele diz, quase ofegante.

Sinto meus lábios tremerem. Nunca fui de chorar, mas Okan tem o poder de me desarmar completamente, de me deixar vulnerável.

— É? Então use essa mesma fé que tenta me convencer e termine com sua noiva.

Seu olhar se endurece. Ele me encara com firmeza, como se suas próprias palavras fossem dolorosas.

— Já disse, não posso fazer isso. Fiz uma promessa ao meu pai: me casaria com uma mulher que preservasse nossos costumes. Quebrar isso o arrasaria. Preciso de fundamentos para mostrar a ele que podemos dar certo juntos. Preciso entender esses sentimentos que me fizeram perseguir você, sabotar seu carro e fazer essa proposta. Preciso ter certeza do que você sente por mim.

Não quero ouvir mais nada. A dor no peito é como uma faca sendo torcida. Sem olhar para sua expressão aborrecida, me afasto dele. Cada passo é um esforço monumental.

Foco, Emily!

Vou até a porta e a abro. Encaro-o uma última vez antes de dizer:

— Adeus, Okan. Seja feliz.

Ele me olha por um longo momento, como se houvesse um conflito interno em curso, mas, finalmente, gira nos calcanhares e sai do meu quarto.

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