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Romance Proibido romance Capítulo 65

Durante o trajeto ao hotel, um leve m@l-estar me consome pela falta de um almoço decente. Decido não subir para o meu escritório. Em vez disso, caminho em direção ao restaurante, onde peço uma farta salada com carne vermelha e um pouco de arroz. Minha fome é real, mas meu estômago se revira com a inquietação causada pelos próximos capítulos dessa história que insiste em não acabar. O pior é que eu desconheço o desfecho.

Minha vida sempre foi regida pelo controle: controle dos negócios, da praticidade, do poder. Era isso que me fazia levantar todas as manhãs. A adrenalina do trabalho pulsava em mim como um rio caudaloso, preenchendo os vácuos do meu existir. Nunca me preocupei com quem dividiria minha vida. Casar, para mim, foi apenas um acordo vantajoso arquitetado por meu pai. Na época, eu era jovem demais para compreender o que aquilo realmente significava.

Graças a Allah, tudo mudou. Algo em mim despertou. Sinto-me mais humano, mais emocional, como se o mundo tivesse ganhado novas cores que nunca antes percebi.

Sim, estou apaixonado.

Emily

Mais uma vez, me vejo neste lugar. A energia furiosa que me consumia lentamente se transforma em nervosismo conforme me aproximo do balcão da recepção. Posso ouvir as recepcionistas cochichando antes que me notem.

— A noiva dele fez um escândalo. Pegou o copo e jogou todo o conteúdo nele. Não duvido que tenha terminado com o senhor Krishnan. Isso me cheira a traição. Foi engraçado ver o todo-poderoso Okan Krishnan com o rosto banhado pelo suco.

Uma delas percebe minha presença e se aproxima. Meu coração dispara, e sinto o tremor em meu corpo à medida que as palavras ainda ressoam em minha mente. Reforço minha voz ao máximo para dizer:

— Boa tarde, gostaria de falar com o senhor Krishnan.

A recepcionista me avalia com um olhar ligeiramente curioso.

— Quem deseja?

— Emily Woody.

Ela sorri para mim, mas logo o sorriso se fecha. Sua postura se apruma ao ver alguém. Antes que eu possa me virar, ouço:

— Procurando-me?

A voz de Okan atrás de mim é suficiente para fazer meu corpo inteiro estremecer. Endireito-me e me viro lentamente. A luz forte do ambiente reflete em seus cabelos negros, deixando-os ainda mais brilhantes. Seu rosto perfeito está fixo em mim, atento. Seus olhos intensos me atravessam, e por um instante, esqueço o motivo de estar aqui. Como se isso não bastasse, seu perfume inebriante invade meu olfato, enviando arrepios por todo o meu corpo.

Com raiva de me sentir tão vulnerável diante dele, adoto uma expressão séria e enterro meu nervosismo no fundo de mim.

— Vim porque precisamos conversar. É um assunto sério.

Desvio meu olhar de seus traços marcantes por um momento. Quando ele não responde, volto a encarar seus olhos. Faço o máximo para controlar minha respiração enquanto Okan me observa atentamente, como se tentasse desvendar o motivo de minha presença. Ele, então, esboça um leve sorriso, que para mim parece arrogante, e balança a cabeça ligeiramente.

— Venha, vamos até meu escritório.

Seus dedos tocam levemente minhas costas, guiando-me. Estremeço novamente.

Ah, como detesto isso!

Cada passo meu é acompanhado por uma raiva crescente. Reparo em tudo ao meu redor: os quadros abstratos espalhados pelas paredes, os tapetes orientais cobrindo o carpete vermelho, os aparadores sustentando buquês de rosas vermelhas. Todo esse luxo me oprime, lembrando-me de quão diferentes são nossas realidades. Sila, a noiva dele, certamente combina com essa vida. Uma mulher de posses, filha de algum grande empresário. Com certeza mais um ponto ao favor dela.

Quem sou eu? Emily Woody. Para ele, apenas uma jovem de classe média baixa, inconsequente e vulgar.

Emily Woody. 1

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