Kayra, que até agora estava calada, dá um gritinho de comemoração atrás de mim. A reação de Okan é se aproximar mais de mim, com um sorriso débil. Ele me olha, como se tivesse dificuldade em acreditar que aceitei. Meu coração parece saltar do peito ao ver a felicidade em seus olhos. Conforme percebe que falo sério, seus olhos ficam quentes, e ele passa a me olhar com adoração.
Voltamos os olhos para seu pai, que nos encara com um sorriso. Okan diz:
— Isso merece uma comemoração! Chamaremos seus pais amanhã para um jantar e anunciaremos nosso noivado, já marcando a data.
Deus! Meus pais...
Bem, com certeza minha mãe achará prematuro. Meu pai aceitará, mas sentirá uma tristeza muito grande pelo caminho que segui. Ele já anda triste pelos cantos. Só o tempo provará que Okan é o homem certo para mim. A cada minuto que passo com ele, tenho mais certeza disso.
— Ela sabe que não poderá vestir-se de noiva? Faremos sem ritos? — O senhorzinho questiona.
Okan acena negativamente para o pai com a cabeça.
— Ainda não expliquei como será o casamento, baba.
Ele olha para mim. Quando está prestes a dizer algo, adianto-me:
— Não precisa se preocupar com isso. Entendo. Sei que agora não condiz um casamento que celebre a virgindade, a pureza. Seria hipocrisia nossa.
Okan sorri levemente para mim. Seus olhos transbordam admiração. Ele pega minha mão, a beija e fecha os olhos, antes de me olhar novamente, com amor.
— O almoço está servido. — Ouço Odila anunciar, mas um momento de comunicação silenciosa passa entre nós e não nos movemos.
— Amanhã, então, faremos as trocas de alianças. Hoje mesmo providencie a compra delas, Okan. — Diz o senhor.
Depois do almoço, seguimos até uma joalheria e escolhemos as alianças. Okan, com seu olhar sério e decidido, fez questão de envolver-me em cada detalhe. Era como se aquele gesto selasse algo mais profundo entre nós.
Após a compra, fomos à minha casa. Fiquei nervosa no caminho, imaginando como meus pais reagiriam. Ao chegar, minha mãe recebeu Okan com simpatia, tentando esconder a preocupação evidente em seus olhos. Já meu pai... Ele não foi rude, mas o tom frio e calculado de suas palavras criava uma barreira quase palpável.
O contraste entre os dois pais era gritante. O pai de Okan, mesmo com toda a tradição e rigidez, havia me aceitado de forma calorosa. Já o meu parecia perdido entre a razão e a emoção.
Na sala, após o café da tarde, Okan anunciou nosso noivado.
Minha mãe empalideceu imediatamente, e meu pai manteve a expressão rígida, analisando cada palavra dita. O silêncio que se seguiu foi denso, quase insuportável. Então, meu pai rompeu o momento:
— Você está certa disso, Emily? Vocês não precisam apressar o casamento por causa da criança.
Respirei fundo, buscando força no olhar de Okan, que me observava com atenção e ternura.
— Pai, eu amo o Okan. — Disse com firmeza, minhas palavras carregadas de sinceridade. — Não me sinto forçada de forma alguma. Não é pela criança que faço isso.
Meu pai franziu o cenho, relutante.
— Como não, Emily?
Okan interveio, sua voz firme e respeitosa:
— Senhor Woody, eu amo sua filha. Quando a pedi em casamento, foi por esse sentimento. Na minha cultura, casamos por muito menos que isso, e tenho todos os motivos do mundo para querer estar com Emily.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Romance Proibido
Fiz a compra e não desbloqueia para ler , falta de respeito com o leitor!!!...