O beijo entre eles foi apenas o começo. Como se todos os sentimentos sufocados finalmente tivessem encontrado saída, queimando, pulsando, exigindo mais. O coração de Isabella batia descompassado contra o peito de Lorenzo, e a cada toque, cada roçar de pele, parecia implorar para que ele não parasse.
Foi um reencontro, um pedido de perdão, uma promessa. A ponte entre tudo o que ainda doía e tudo o que começava, finalmente, a florescer.
Sob a luz da lua, Lorenzo sentia como se cada parte dele fosse chamada de volta à vida pelas mãos de Isabella. E ela… ela já não tinha medo. Havia dor ali, sim, havia feridas que ainda latejavam, mas também havia amor. Um amor bruto, silencioso, teimoso. O tipo que não se escolhe, apenas se entrega.
A noite estava silenciosa, exceto pelo murmúrio suave do riacho correndo logo ao lado. A lua cheia brilhava com força, iluminando os contornos dos corpos, criando uma atmosfera quase mágica. O campo ao redor parecia ter desaparecido. Só existiam eles dois e o som do riacho sussurrando segredos à terra.
Lorenzo a envolveu com os braços e a beijou de novo, agora mais lento, mas profundo, com o desespero de quem passou tempo demais tentando sufocar um sentimento que sempre gritou dentro do peito. Isabella se apertou contra ele, as mãos passeando por sua nuca, pelos ombros, como quem tenta decorar o corpo de um homem que já morava nos seus sonhos.
Lorenzo afastou o rosto apenas o suficiente para olhar nos olhos dela. Os olhos azuis dele estavam escuros, como um céu de tempestade.
— Isa… — ele sussurrou, rouco, tocando a linha de seu rosto com os dedos. — Me deixa te amar. Agora, aqui.
Ela assentiu, com os olhos marejados de desejo. E então, sem dizer uma palavra, entrelaçou os dedos aos dele e o guiou até a beira do riacho.
As pedras estavam mornas sob seus pés. A água corria preguiçosa, refletindo a lua como um espelho partido. A brisa trazia o cheiro de mato e terra úmida, e o céu estrelado parecia conter o fôlego.
Em um movimento firme, Lorenzo a deitou sobre a grama macia, ao lado do riacho. A água refletia o luar, criando desenhos prateados ao redor deles. A cada beijo, a cada carícia, o desejo se tornava mais intenso. Isabella sentiu os dedos dele subirem por suas costas, explorando a pele com uma reverência que fez seu corpo estremecer. Quando Lorenzo desceu os lábios pelo seu pescoço, mordiscando levemente, um suspiro escapou de seus lábios.
— Você me deixa louco. — ele murmurou contra a pele dela.
Isabella passou os dedos pelos cabelos loiros dele, puxando-o para mais perto.
— Então, se renda, Lorenzo.
O vestido de Isabella se amarrotou sob o toque urgente das mãos dele, que a acariciavam como se quisesse memorizar cada centímetro da sua pele.
Ela fechou os olhos quando ele desceu os beijos por sua clavícula, sentindo os lábios quentes e famintos explorarem cada curva. O som da água, o vento leve entre as árvores, tudo parecia desaparecer, restando apenas os dois, o calor crescente e a conexão que queimava.
Lorenzo parou por um instante, com os olhos fixos nela.
— Você é tão linda… — disse, quase sem voz. — Não sei se consigo te merecer.
Isabella acariciou o rosto dele, sorrindo de forma terna.
— Eu não quero que me mereça. Eu só quero que me ame.
Ali, sob o céu aberto e cúmplice, Isabella começou a desabotoar a camisa de Lorenzo. Um a um, seus dedos percorriam os botões com reverência. Quando a peça caiu, ela passou as mãos por seu peito nu, sentindo o calor, a firmeza e a vulnerabilidade.
Lorenzo a olhava como se fosse a primeira vez. Como se cada gesto dela fosse sagrado. Quando seus dedos alcançaram o vestido, ele deslizou as alças pelos ombros dela com uma lentidão deliberada. O tecido caiu como uma pétala, revelando seu corpo nu à luz do luar. A pele alva parecia feita de prata, cintilando sob o céu.
— Meu Deus… — ele murmurou, tocando-a com os olhos e com as mãos. — Você é… um milagre.
Ela sorriu, tímida, mas firme.
— E você é o homem que quase não acreditei que existia.
Ele se inclinou para beijá-la novamente, um beijo intenso e faminto, enquanto suas mãos percorriam seu corpo com uma mistura de força e cuidado. Isabella arqueou as costas ao sentir os dedos dele deslizarem por sua pele nua , e um gemido suave escapou de seus lábios.
Ele a cobriu com o próprio corpo, beijando-a com uma fome contida por tempo demais. As mãos dele exploravam cada detalhe, cada curva, como se ela fosse um território precioso e único. O toque dele era intenso, mas ao mesmo tempo cheio de ternura.
Isabella levou a mão até a calça dele fazendo Lorenzo gemer ao sentir o toque delicado de sua mão sobre seu membro ereto, ele a ajudou a retirar a última barreira que existia entre eles.
Quando ele finalmente a penetrou, foi como se o mundo inteiro tivesse se silenciado para eles. Isabella prendeu a respiração, sentindo cada movimento, cada estocada lenta e profunda. O corpo dela se moldava ao dele como se tivesse sido feito para isso, para aquele momento.
— Assim… — ele murmurou, beijando o pescoço dela. — Fica comigo, Isabella…
Os gemidos dela se misturavam ao som da água corrente. Cada vez que ele se movia, ela sentia o corpo ser consumido por uma onda de prazer. As mãos dele seguravam sua cintura com firmeza, como se não quisesse deixá-la escapar nunca mais.
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