A mansão dos Vellardi repousava sob a penumbra da noite, mas dentro dela, o inferno queimava.
Lorenzo estava imóvel diante da lareira, o fogo estalando em faíscas tímidas, incapazes de rivalizar com o que incendiava dentro dele. O peito arfava, as mãos estavam cerradas. A camisa semiaberta denunciava a pele quente, úmida, marcada pelos rastros da lembrança mais maldita e mais desejada de todas.
Isabella.
A imagem dela encostada contra a parede daquele corredor ainda vivia na sua retina. Os olhos verdes arregalados, os lábios entreabertos, o peito arfando.
E o corpo dele… respondeu. A calça estava apertada demais. Seu sexo, rijo, dolorido, pulsava em agonia. Não havia sido saciado, só provocado. Ela não o tocou, mas o olhar dela… aquele maldito olhar fez mais do que mil mãos.
Ele odiava aquilo. Odiava o fato de ela ter apenas dezenove anos. Odiava mais ainda o fato de ser a babá da sua filha. Mas o que mais odiava era o desejo implacável e obsessivo.
Porque ela não saía da sua pele.
Era um veneno que se arrastava pelas veias, queimando tudo, e ainda assim… ele queria mais.
Sem pensar, Lorenzo pegou as chaves do carro. Saiu da mansão como um animal em fuga. O som da porta batendo foi um trovão no silêncio. Ele entrou no carro como quem se atira em guerra.
Não queria pensar, queria foder. Pura e simplesmente. Descarregar o desejo em outro corpo. Qualquer um, contanto que não fosse ela.
Dirigiu rápido demais, sem destino, até que o instinto o levou. Um prédio discreto, elegante. Ele conhecia o número, conhecia a mulher.
Valentina…
Uma amiga de longa data. Uma amante ocasional. Uma mulher de corpo quente e sentimentos frios. Ela sabia, sempre soube e nunca pediu mais.
Era disso que ele precisava.
Subiu os andares como uma tempestade. Quando tocou a campainha, o peito ainda subia e descia. A calça marcava sua excitação e ele não fazia esforço algum para esconder.
A porta se abriu.
— Lorenzo…?
Valentina estava descalça. O robe de seda preta caía com preguiça sobre os ombros. Os cabelos soltos negros como a noite e um batom vermelho brilhava sob a luz amarelada da sala. Mas Lorenzo não respondeu, apenas avançou como um predador.
A boca colidiu com a dela com brutalidade. O beijo era voluptuoso, intenso, selvagem. Não existia carinho ou afeto ali, apenas desejo bruto.
Valentina soltou a taça de vinho que estava na sua mão, que espatifou no chão, espalhando o líquido rubro sobre o tapete.
— Que porra… — ela tentou dizer.
— Cala a porra da boca — rosnou ele, entre os beijos, com a mão já agarrando a nuca dela.
Lorenzo empurrou o corpo dela contra a parede da sala cobrindo-o com o seu corpo grande. Sua ereção pressionava sua barriga, fazendo-a arfar.
— Então é uma daquelas noites, hein? — sussurrou já sentindo o corpo arder de desejo pelo toque bruto e violento dele.
Ele respondeu com os lábios. Beijando, mordendo, sugando. As mãos já subiam pelas coxas nuas dela, afastando o robe com impaciência, fazendo Valentina gemer alto.
O corpo dela já conhecia o dele, e ardia de desejo todas as vezes que ele a tocava. Valentina gostava de um sexo mais intenso, selvagem, bruto… tudo o que Lorenzo sabia fazer.
Ele a levantou com facilidade fazendo-a enlaçar a cintura dele com as pernas. Enquanto ele a levava até o sofá, a beijando como se quisesse arrancar a memória de Isabella da sua mente, mas não conseguia.
Lorenzo jogou Valentina no estofado, rasgando o robe com um puxão violento, a deixando completamente nua.
— Porra, Lorenzo… — ela sussurrou, já excitada. — Você me enlouquece.
Ele não ouviu, ou não ligou.
Ajoelhou-se entre as pernas dela, com os dedos firmes já apertando as coxas salientes e bem feitas. E se abaixou beijando sua intimidade com luxúria, violência, desejo.
— Lorenzo, Ann… que delícia!
Valentina levantou o quadril de encontro a ele, mas ele segurou seu corpo a deixando imovel enquanto a explorava e a devorava com a língua. As mãos dela puxavam seus cabelos. As palavras viravam gemidos e quando ela estava perto de gozar ele se afastou se despindo com pressa. Abriu a camisa, o cinto e a calça.
O seu membro pulsava, grosso, ereto, úmido na ponta.
Ela o olhou com luxúria e sorriu.



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