— O que foi? — Marco perguntou imediatamente, sua voz carregada de urgência. — Zoey, o que você viu?
— Este adesivo — disse, apontando para o canto do para-brisa traseiro onde o pequeno adesivo estava claramente visível. — Eu reconheço este adesivo.
Anne se aproximou da tela, franzindo o cenho enquanto estudava a imagem.
— Espera... é aquele adesivo do clube de surfe de Búzios — disse ela lentamente, e então seus olhos se arregalaram. — Foi você quem colou aquele adesivo lá, não foi? Lembra? Você disse que o para-brisa estava muito liso e que precisava de alguma personalidade.
A memória voltou como uma bofetada: um final de semana em Búzios, quando Alex e eu ainda estávamos juntos. Ele havia reclamado que o carro novo estava muito "sem graça" e eu, brincando, havia colado o adesivo que comprei numa barraquinha na praia. Ele brigou comigo na época por “estragar o carro”, mas depois acabou rindo e nunca o removeu.
— Peraí, peraí — Marco levantou as mãos, claramente perdido. — De quem vocês estão falando? De quem é esse carro?
— É do Alex — murmurei, quase sem conseguir acreditar nas próprias palavras.
— Alex quem? — Marco insistiu.
— Meu ex-noivo — respondi, sentindo náusea subir pela garganta.
— Seu ex...? — Marco olhou entre mim e Anne, processando a informação. — O cara que te traiu?
— Mas isso não faz sentido — disse rapidamente, balançando a cabeça. — No dia seguinte do acidente, mesmo antes de eu ficar sabendo o que tinha acontecido, Alex apareceu na minha porta.
— Ele foi na sua casa? — Marco franziu o cenho.
— Sim, no sábado quando voltei do escritório do Eduardo, ele estava lá me esperando. Disse que estava se arrependendo de tudo, que queria pedir perdão... — Minha voz falhou quando percebi como isso soava suspeito. — Ele parecia genuinamente... não sei, chateado.
— Claro que parecia — Marco disse, sua voz ficando mais dura. — Provavelmente foi verificar pessoalmente se você já sabia de alguma coisa. Ver como estava reagindo, se havia suspeitas.
— Ou se você tinha descoberto alguma evidência — Anne acrescentou, começando a andar pelo escritório. — Tipo, sei lá, se havia alguma coisa na sua casa que pudesse incriminá-lo.
— Mas por quê? — perguntei, ainda lutando para aceitar o que estávamos sugerindo. — Por que Alex faria isso? O que ele ganharia tentando matar Christian?
Anne parou de andar e me encarou.
— Sério, Zoey? Você realmente não consegue imaginar?
— Não — respondi firmemente. — Ele se casou com Elise. Tem uma vida nova. Por que...?
— Porque talvez ele tenha percebido que fez a escolha errada — Anne interrompeu. — Você disse que ele apareceu falando que se arrependia de tudo.
— Isso não significa que ele ia tentar matar meu marido!
— Não? — Marco se aproximou, sua expressão cética. — Zoey, pensa bem. Se Christian morresse no acidente, o que aconteceria?
— Eu... — comecei, mas as palavras morreram na minha garganta quando percebi onde ele queria chegar.
— Você ficaria viúva, vulnerável, devastada — continuou Marco implacavelmente. — E quem apareceria para te consolar? Para estar ao seu lado na hora mais difícil?
— Alex — sussurrei, horror se espalhando pelo meu peito.
— Gente! — gritei, fazendo ambos pararem. — Podemos focar no problema real aqui?
Mas enquanto eles me olhavam, algo dentro de mim insistia que estávamos perdendo alguma coisa importante. A teoria sobre Alex fazia sentido superficialmente, mas havia nuances que não se encaixavam.
— Eu sinto que não é só sobre Alex — disse finalmente. — Quer dizer, pode ser o carro dele, mas... tem algo mais aqui. Algo que ainda não estamos vendo.
— Como o quê? — Marco perguntou, sua irritação com Anne ainda evidente na voz.
— Não sei. Mas a complexidade da sabotagem, os e-mails técnicos, a precisão do timing... — Passei as mãos pelos cabelos. — Alex não tem acesso às informações da Bellucci.
— Ele poderia ter ajuda — sugeriu Anne, mais calma agora.
— De quem?
— Essa é a pergunta de um milhão — disse Marco. — E o quê nosso informante ganharia com a morte do meu primo.
— A única forma de descobrir... — comecei, uma ideia perigosa se formando em minha mente.
— A única forma de descobrir o quê, Zoey? — Anne perguntou, me estudando com cuidado.
Respirei fundo, sabendo que eles não iam gostar do que eu estava prestes a sugerir.
— Só tem um jeito de descobrir: fingindo que caí na dele e chamando Alex para um café.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...