~ANNELISE~
Nunca pensei que um dia estaria sentada em um café barato no centro da cidade discutindo tentativas de assassinato e conspiração empresarial. Mas com Zoey grávida e Christian ainda se recuperando do acidente, Marco e eu acabamos sendo os únicos capazes de ir atrás dessas informações. E, sinceramente, eu estava descobrindo que tinha jeito para isso.
— Anne, concentre-se — Marco disse secamente, empurrando uma pasta pela mesa. — Temos informações que podem salvar a vida do Christian.
— Calma, James Bond — brinquei, mas peguei a pasta mesmo assim. — Você está levando isso muito a sério. Daqui a pouco vai aparecer com óculos escuros e codinome.
Marco me olhou com impaciência, claramente sem humor para brincadeiras. Ele estava focado, profissional, muito diferente do cara descontraído que eu conhecia. A situação tinha mudado ele.
— Vamos ao que interessa — disse friamente. — Consegui reunir evidências substanciais. — Câmeras de segurança de três quarteirões diferentes mostrando o mesmo carro no dia do acidente.
Estudei as fotos granuladas em preto e branco. Mesmo com a qualidade ruim, dava para ver claramente o carro de Alex.
— Impressionante — admiti. — Para alguém que eu achava que só sabia fazer negócios e conquistar mulheres, você tem jeito para investigação.
— Eu sempre fui eficiente quando necessário — ele respondeu sem emoção, virando a página.
— Tá bom, tá bom — ri, virando a página. — O que mais você tem aí?
— Testemunhas — Marco apontou para uma lista de nomes. — Três pessoas que viram o carro acelerando propositalmente em direção ao Christian. E olha só isso aqui...
Ele me mostrou um relatório detalhado com o logo de uma oficina mecânica.
— O mecânico que cuidou do carro depois do acidente. Adivinha? Ele não trabalha sozinho.
Franzi o cenho, lendo o relatório por cima.
— Como assim não trabalha sozinho?
— Alguém levou o carro lá e disse para ele não fazer perguntas — Marco explicou, baixando a voz. — Pagaram ele em dinheiro para consertar rapidinho e fingir que nunca viu nada.
— E ele contou isso para você porque...?
— Porque ofereci compensação financeira em troca de cooperação — Marco respondeu objetivamente. — E porque deixei claro que a família Bellucci protege quem colabora e pune quem não colabora.
Continuei folheando os documentos, impressionada com o trabalho de investigação que Marco tinha feito. Quem diria que o primo playboy do Christian tinha essa competência escondida?
— Marco, isso está incrível — disse sinceramente. — Mas ainda precisamos de algo mais conclusivo. Tipo, alguém que realmente viu quem estava dirigindo, ou que pode conectar diretamente o carro com a Elise ou...
— É por isso que estamos aqui — Marco me interrompeu, olhando para o relógio.
— Como assim?
Antes que ele pudesse responder, vi Marco acenar discretamente para alguém próximo à entrada do café. Um homem baixo, magro, com roupas gastas e uma expressão extremamente nervosa caminhou em nossa direção. Ele olhava para os lados como se esperasse que alguém o estivesse seguindo.
— Anne — Marco murmurou —, quero que você conheça o Carlos.
O homem se sentou na cadeira vaga, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto pedia um café para a garçonete.
— Carlos — Marco disse, sua voz assumindo um tom que eu nunca tinha ouvido antes, mais sério e intimidador —, esta é Anne, a cunhada do Christian Bellucci.
— Eles me pagaram quinze mil reais — disse baixinho. — Disseram que era só para dar um susto, para tirar ele de cena por um tempo. Mas quando bati no carro dele... saiu do controle. A batida foi mais forte do que eu planejei.
— Tirar de cena para quê? — perguntei, sentindo um frio na barriga.
— Para lidar com a esposa dele — Carlos respondeu, encolhendo os ombros.
— Zoey? — minha voz saiu mais alta do que pretendia. — O que quer dizer com "lidar" com a Zoey?
— Olha, isso é tudo que sei — Carlos disse rapidamente, claramente desconfortável. — Eles não me contaram os detalhes.
Marco se inclinou para frente, sua voz ficando ainda mais intimidadora.
— Carlos, quem exatamente te contratou? Nomes. Descrições. Tudo.
— Foi uma mulher — Carlos engoliu em seco. — Não sei o nome dela. Ela que me procurou, ela que pagou. Disse que tinha uns problemas com esse Christian Bellucci.
Anne rapidamente pegou o celular e mostrou duas fotos para Carlos.
— Foi uma dessas duas?
Carlos mal olhou para as fotos, então apontou decisivamente para uma delas.
— Ela — disse com certeza. — Foi ela.
Era a foto de Elise.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...