Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 153

~CHRISTIAN~

Com Zoey entrando nas vinte e quatro semanas de gestação - metade do sexto mês - e sob ordens médicas rigorosas para evitar qualquer tipo de estresse, eu havia tomado a decisão de mantê-la o mais distante possível de nossas questões investigativas. E, sinceramente, ela mal parecia sentir falta. Estava completamente absorvida nos preparativos para o lançamento da nossa nova linha orgânica, que havíamos batizado de "Épure" - um nome que encapsulava tanto nossa tradição familiar quanto nossa inovação sustentável.

Observar Zoey em ação com sua equipe de relações públicas era como ver uma artista em seu elemento. Ela havia conseguido reunir profissionais excepcionais que trabalhavam incansavelmente, criando conceitos que uniam perfeitamente o jovem e atual com as tradições seculares da família Bellucci. Suas ideias eram brilhantes e criativas.

— Christian, imagina só — disse ela animadamente durante o café da manhã, seus olhos brilhando com entusiasmo. — Vamos recriar a experiência da pisa das uvas que tivemos na Itália. Os influenciadores vão poder fazer a pisa tradicional, sentir a conexão com a terra, com o processo ancestral.

Ela gesticulava entusiasticamente enquanto falava, sua paixão pelo projeto sendo contagiante.

— E teremos degustações criativas, harmonizações inesperadas, contação de histórias sobre as origens da nossa família — continuou, tocando a barriga que já mostrava claramente a presença do nosso filho. — Quero que as pessoas sintam que não estão apenas comprando vinho, mas se conectando com uma história real, autêntica.

Eu adorava vê-la assim. Feliz, realizada, usando toda sua criatividade e competência profissional para algo que realmente importava para nossa família. Era exatamente assim que ela deveria estar - focada em coisas positivas, construtivas, longe do estresse e da negatividade.

Mas, por outro lado, eu tinha assuntos bem menos divertidos e muito mais sombrios para resolver.

Foi por isso que, em uma manhã de quinta-feira, peguei o jato para o Rio de Janeiro, carregando uma pasta com todas as evidências que havíamos meticulosamente reunido contra Eduardo e a Vale do Sol. Era hora de acabar com essa farsa de uma vez por todas.

O escritório de Eduardo ficava em um prédio empresarial moderno em Copacabana. Entrei sem cerimônia, passando pela secretária que tentou me impedir, e encontrei Eduardo ao telefone, gesticulando nervosamente para alguém do outro lado da linha.

Quando me viu, ele empalideceu visivelmente, desligou o telefone rapidamente e tentou recuperar a compostura.

— Christian — disse, forçando um sorriso falso. — Que surpresa! O que te traz ao Rio?

Sem responder, coloquei a pasta na mesa dele e a abri, espalhando documentos, fotos e relatórios laboratoriais detalhados. Eduardo olhou para o material com crescente horror.

— Laudos laboratoriais comprovando o uso de fertilizantes sintéticos — comecei calmamente, apontando para os documentos. — E-mails seus admitindo a fraude. Documentos falsificados para certificação orgânica. Amostras de solo coletadas diretamente dos seus vinhedos.

Eduardo tentou manter a fachada, mas eu podia ver o pânico crescendo em seus olhos.

— Você está louco, Christian — disse, tentando soar indignado. — Não sei do que está falando. Isso não é nada do que parece.

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